Artigo, Marcus Vinicius Gravina - A maldição do Rolex

Alguém imaginou se a autoridade de outro país, doadora do relógio, por meios diplomáticos vier a pedir a devolução do presente dado ao ex-presidente Bolsonaro. 




Diante da inusitada repercussão causada pelo destino dado ao relógio - de enredo de filme policial - com operação da Polícia Federal, invadindo residências e prendendo suspeitos, pode fazer com que o Sheik pense nisso.   




Afinal, foi uma autoridade de um país árabe, quem entregou a pessoa de seu convidado, um presidente amigo o presente, que está servindo de motivo para levá-lo à cadeia.  




Nisso tudo há uma espécie de triângulo:  o doador da joia, o presenteado e a esquerda adversária com o reforço do STF, pronto para aplicar a penalidade.   




O inquérito, bombástico, da Polícia Federal está diante de um tripé. O doador deveria ser ouvido, também.  Cabe a ele dizer se o presente foi destinado à pessoa do ex-presidente ou ao Estado Brasileiro, que não tem pulso para usá-lo e só mão grande para saquear o seu povo.  




Tenho ouvido várias narrativas a respeito mas, nada parecida com esta hipótese. De que o presenteador tem o direito de escolher a quem presentear e de se ofender, mormente, quando sem claras restrições  previstas em lei brasileira, vê o seu convidado atingido por perseguições políticas, transformadas numa “maldição de um Rolex”, ofertado por ele.  




A sua vontade é a que deve preponderar. Fato a ser tratado diferentemente das condenáveis propinas depositadas diretamente em contas de paraísos fiscais, recebidas de empreiteiras ou de fornecedores de aviões transacionados em luxuosos hotéis no exterior.  




Estou curioso para saber, em caso de condenação, qual a lei será aplicada e a penalidade cabível.  Isto porque o que encontrei, dispõe sobre a preservação e proteção dos acervos documentais privados do presidente da República, que ficam a cargo de uma Comissão de Memória dos Presidentes da República.  O Decreto  n.4,344/2003, que regulamenta a Lei 8.394/91 é tão inconsistente quanto à própria Lei, que versa sobre acervos privados dos presidentes, isto é, do conjunto de documentos de natureza arquivista durante o seu mandato.  Nesta discussão, parece ter sido usado o Tribunal de Contas da União, como se tivesse poderes para escrever o seu entendimento sobre como o presidente da República deve agir, quando receber presentes.  




O TCU determinou, por decisão do Plenário, que o Bolsonaro entregue as joias/relógio, sob um fundamento pífio do ministro presidente Bruno Dantas, de que “um presente só pode ser incorporado ao patrimônio pessoal se atender o binômio de uso personalíssimo e baixo valor”.  




Trata-se de uma avaliação subjetiva, sem parâmetro constante em lei. O TCU não tem poderes para legislar e deve saber que sem lei anterior que autorize, não há irregularidade ou crime a ser punido. O TCU que se recolha, neste caso, a sua função de bedel do STF.   




O interessante é que descobri que o acervo dos presidentes pode ser vendido:  




“A venda de acervos documentais privados dos presidentes da República deverá ser precedida de comunicação por escrito à Comissão Memória dos Presidentes da República que se manifestará no prazo máximo de sessenta dias sobre o interesse da União na aquisição desses acervos”. Com maior razão a um relógio. 




Pois, se a lei recomenda a sua reavaliação, por lacunas ou falta de clareza, que seja substituída no Congresso Nacional. 




Alguns amigos, atentos aos meus artigos publicados no Blog do Políbio Braga, me perguntaram o que eu acho deste episódio do Rolex. 




Respondi, que ainda falta muito de aprendizagem ao Bolsonaro para chegar ao nível do seu mestre Lula. 




Caxias do Sul, 14.08.2023 

Artigo, Ricardo Hingel, Zero Hora - O desastre do RS e o foco na União

- O autor é CEO da Score Capital. Ele foi diretor do Banrisul e diretor regional do BTG Pactual. 

A enchente histórica que assolou o Rio Grande do Sul é inédita quanto a seus efeitos e não há estrutura pronta para atender todas as demandas de curto e longo prazo para recuperar o que se foi.

O total dos prejuízos são ainda desconhecidos e estimativas de perdas são precárias, pois não há inventário exato dos danos.

Mas é certo que caberá ao poder público o financiamento e o alcance majoritário de recursos, em especial pelo governo federal, pois o Estado e os municípios prejudicados não conseguirão arcar sozinhos com os prejuízos. 

Nesse sentido, deve ser entendido o pacto federativo, em especial porque anualmente arrecadamos recursos federais para a União na ordem de R$ 57,4 bilhões (2021) e recebemos de volta R$ 13,3 bilhões; são R$ 44,2 bilhões em um ano que a sociedade gaúcha remete para o custeio da máquina federal e para outros estados.

O princípio federativo pressupõe um mecanismo de solidariedade entre União, estados e municípios. Em momentos excepcionais, esse mecanismo poderia ser alterado e o RS deveria passar a receber recursos federais e não se dar ao luxo de continuar transferindo renda para outros entes. 

O pacto federativo deveria ser entendido como um seguro, onde pagamos um prêmio de R$ 44,2 bilhões anuais e quando necessário, poderíamos contar com a apólice para cobrir os prejuízos. Se a União não assumir o custeio excepcional da reconstrução, a recuperação levará um tempo inimaginável, pois o Estado e os municípios não terão recursos suficientes e no tempo necessário.

As compensações até o momento anunciadas pelo governo federal, de R$ 91,6 bilhões, são insuficientes, pois grande parte são empréstimos e antecipação de benefícios já programados, há pouco para habitação e não contempla a recuperação da infraestrutura, além de contabilizar a compra de arroz no valor de R$ 7,2 bilhões como auxílio, quando se sabe que essa ação é altamente prejudicial ao agronegócio gaúcho.

Depois da enchente, a tímida ação federal passa a ser nossa maior preocupação.


Ricardo R. Hingel

Economista

rrhingel@gmail.com


Governo sem povo-

 Dentro de dois dias, portanto no sábado, começará o Cpac, como é conhecido por esta sigla. O evento é uma versão brasileira do Conservative Political Action Conference (CPAC), que acontece anualmente, desde 1973, e reúne nomes do conservadorismo dos Estados Unidos com o objetivo de discutir estratégias eleitorais para a expansão do pensamento conservador no mundo.

Será em Balneário Camboriu, Santa Catarina e ocorrerá no sábado e no domingo.

O evento é amplamente controlado pelo PL mais bolsonarista que existe, a começar pelo seu maior líder no momento, o filho do ex-presidente, Eduardo Bols0onaro.

O prefeito de Balneário Camboriu também é do PL, como é do PL o governaor catarinense Jorginho Melo.

Eu quero destacar dois fatos relevantes que cercam este evento político de enorme importância:

1) A presença do presidente argentino Javier Milei, que neste final de semana deveria estar presente na reunião do Mercosul, marcada para segunda-feira em Assunção. O Mercosul está sob a presidência do Brasil. Milei deu de ombros e resolveu viajar para se encontrar com Bolsonaro.

2) A desistência da viagem que Lula faria a Santa Catarina, também neste final de semana, temendo ser hostilizado.

Sobre a presença de Milei, a mídia amiga e o próprio governo mandam recados oblíquos para intimidá-lo e evitar que ele volte a insultar - ou dizer as verdades, sobre o presidente nomeado Lula da Silva.

Em entrevista para a Rádio do jornal La Nación, Buenos Aires, na semana passada, um jornalista quis saber se ele iria se desculpar com Lula, que exigiu isto para concordar em recebe-lo. A resposta do argentino foi duríssima: "Eu menti: Lula é descondenado, ladrão e comunista.

Ontem, na CNN Brasil, a jornalista Fernanda Lima, que é uma espécie de assessora de imprensa informal do governo federal nomeado, pasou recados do Planalto para Milei:

1) Se passar do ponto em Camboriú e voltar a insultar o presidente, o governo brasileiro congelará suas relações diplomáticas com a Argentina.

2) O governo brasileiro já vem trabalhando com governadores argentinos da oposição.

É uma no ferro e outra também no ferro.

Claro que Javier Milei sabe que está em território estrangeiro e que é presidente de um País que mantém relações diplomáticas com outro, mas até aí poderia manter suas críticas, porém o problema é que ao contrário de Países como Espanha e Itália, visitados recentemente por Milei, o Brasil está sob um regime autoritário esquerdopata.

Esta é que é a verdade.

Quanto ao cancelamento da viagem de Lula a Santa Catarina, cancelada, vale a pena repetir o que avaliou o jornalista Gerson Camarotti, da Globonews:

- Um presidente que tem medo de viajar para os Estados, com receio de ser hostilizado, é um presidente fraco, que se fragiliza e fragiliza seus apoiadores.

Este governo nomeado e seu presidente nomeado, comprovam a cada dia que passa que foram parar ali contra a vontade do povo e governam sem o povo.

É simples assim.

Produtores gaúchos lotam ginásio da Fenarroz em protesto contra governo federal

Mais de dois meses após catástrofe climática que dizimou o agronegócio, socorro prometido por Brasília ficou apenas na promessa

Milhares de produtores rurais e lideranças do agronegócio gaúcho lotaram, nesta quinta-feira (4), o ginásio da Fenarroz, em Cahoeira do Sul (RS), para protestar contra a demora do governo federal em anunciar medidas de socorro ao setor. A mobilização fez parte do movimento SOS AGRO RS, organizado por diversas entidades representativas do setor produtivo. 


Mais de dois meses já se passaram desde a catástrofe climática que atingiu cerca de 470 municípios. Segundo dados da CNM, os prejuízos financeiros para o agronegócio gaúcho somam aproximadamente R$ 4,5 bilhões. Mais de 200 mil propriedades rurais foram afetadas, ou seja, um terço de todas as 600 mil propriedades registradas no último censo agropecuário. 


 Autor do Projeto de Lei 1536/2024, que concede perdão e adia o pagamento das dívidas agropecuárias, o deputado Luciano Zucco (PL-RS) participou do encontro e ressaltou que a situação no estado é de terra arrasada. “A força das águas arrancou os solos, deixando à mostra uma terra dura e pedregosa. Muitas lavouras foram cobertas com lama e areia que ficava no fundo dos rios. Rebanhos inteiros morreram afogados, galpões, maquinários e ferramentas foram totalmente destruídos. Precisamos de um plano estratégico para reerguer nosso agronegócio, mas até agora o que temos é muita promessa não cumprida”, criticou.  


Aprovado por unanimidade na Câmara, o PL 1536 contempla financiamentos de custeio agropecuário, de comercialização e de investimento rural, contratados por produtores naqueles municípios em estado de calamidade pública ou situação de emergência reconhecidos pelo governo federal. O texto ainda depende da análise dos senadores para ser encaminhado à sanção presidencial. “O que causa revolta é essa demora em aprovar medidas que já deveriam estar em vigor. Se o Palácio do Planto quisesse mesmo socorrer os produtores já tinha editado uma Medida Provisória”, destacou Zucco, lembrando que uma MP tem efeito legislativo imediato. 


Conheça as pautas do Movimento SOS AGRO


1 – Prorrogação de dívidas: 15 anos, com dois anos de carência e taxa de juros de 3% ao ano; 

2 – Crédito para reconstrução e capital de giro;

3 – Securitização e anistia de dívidas;

3.1) Pronaf e Pronamp com taxas de juros reduzidas (1% a 3% a.a.) e prazos de reembolso de até 15 anos; 

3.2) Anistia das parcelas do Programa Nacional de Crédito Fundiário e do Programa Nacional Habitação Rural com vencimento entre maio de 2024 e dezembro de 2025; 

4 – Linhas de crédito e assistência técnica;

4.1) Para reconstrução das propriedades e capital de giro para cooperativas de produção; 

4.2) Destinação de R$ 20 milhões para assistência técnica e extensão rural, Linhas de Crédito e Assistência Técnica No valor de um salário mínimo pelo período de seis meses para famílias rurais. Auxílio Emergencial

5 – Auxílio Emergencial no valor de um salário mínimo pelo período de seis meses para famílias rurais.

Exclusivo, Cláudia Woellner Pereira - Os entulhos da política brasileira

Cláudia Woellner Pereira é tradutora e redatora.

Três meninos brincam alegremente nos entulhos. O homem carrega vitorioso o violão de doze cordas que não soará mais na igreja. Duas mulheres levam um sofá estropiado num carrinho de mão. Outro sujeito levanta uma porta do monturo e diz que vai fazer uma mesa. As águas, ironicamente, arrancaram de uns e lançaram alguma possibilidade aos pés de outros. Sabe lá Deus se foi o otimismo ou a alienação o autor desses movimentos.

Não são só os otimistas, ou alienados, que circulam. Caminhões e escavadeiras. Carros de TV e Rádios farejam algum “furo”, como se o todo já não fosse uma enorme “bomba”. Rostos abatidos, olhares perdidos. A pergunta que ninguém transforma em grito, mas que é muito mais forte que o fôlego remanescente, está cravada em cada esquina. A normalidade vai encontrar o seu curso?

Cenário de guerra onde não houve sequer um estopim. Houve, sim. Nas urnas, quando os brasileiros transformaram o seu voto em moeda de troca. Nos gabinetes de vereadores, prefeitos, deputados, senadores, governadores, assessores, presidente, quando os seus ofícios descambam para o gozo de favores e campo de corrupção.  

Vamos responsabilizar as mudanças climáticas quando existem fatos antecedentes de ocorrência semelhante no mesmo espaço geográfico? Não é o que propõe o pensamento científico pós-moderno, o de usar o corpo de conhecimento produzido para benefício da humanidade? Não somos capazes de mapear as áreas de risco e, de forma inteligente, gerar políticas públicas de prevenção e proteção?

Quando estive em ruas de Canoas/RS com um grupo de voluntários para amenizar um pouco a dor daqueles que perderam tudo, o alvo da minha raiva não foi Deus, questionando onde Ele estava quando tudo isso aconteceu. Não foi o mundo capitalista que supostamente desequilibrou o clima. O alvo da minha indignação voltou-se para aqueles que têm a responsabilidade de desenvolver e executar planos diretores, de administrar o planejamento urbano e rural, de conhecer as áreas de risco de seus municípios e aplicar medidas de proteção.

Os meninos têm que seguir brincando alegremente. O violão precisa e deve ser tocado. O sofá tem que ser lugar de aconchego e tempo de família. Nunca, nunca em meio a entulhos gerados pelo descaso e a omissão.



A Ficção do Ministro Barroso

A Ficção do Ministro Barroso

J R Guzzo - Revista Oeste


“O Brasil não tem, há mais de cinco anos, um supremo tribunal de Justiça. O que tem continua sendo uma guarda suprema, mas deixou de ser um tribunal e, obviamente, não passa pela cabeça de ninguém ir até lá em busca de justiça. Em vez do STF que existia até a eleição de Bolsonaro para a Presidência da República, o que existe agora é um Comissariado de Segurança e Defesa do Regime. Sua única função efetiva é garantir, com o apoio da força armada, que as leis em vigor no Brasil nunca vão ser aplicadas em favor de quem discorda do governo, dos próprios ministros e dos interesses de ambos. A segunda parte de sua obra é assegurar que qualquer lei vai ser violada se estiver atrapalhando o regime Lula-STF. A grande inovação de tudo isso para a ciência política é a criação da vacina antidireita. Como a direita, que hoje só é disponível na embalagem “extrema direita”, passou a ameaçar a democracia porque também passou a ganhar eleições, o “Estado Democrático de Direito” só pode ser salvo abolindo-se os direitos dos direitistas.


“A democracia tem lugar para todos, menos para os que são contra a democracia”, determinou o presidente do STF em sua última encíclica, desta vez proclamada na Universidade de Oxford. É a alma soviética que hoje inspira a nossa “suprema corte”, como se costuma dizer. “Os que são contra a democracia” são os que discordam das decisões da junta de governo STF-Lula — não podem, portanto, ter a proteção da lei, pois, na doutrina oficial ora vigente, vão “usar” os seus direitos constitucionais para fazer política, ganhar eleições e acabar com a democracia quando chegarem ao governo. Há diversos casos, nos últimos anos, em que a direita ganhou a eleição e foi para o governo — inclusive aqui mesmo, no Brasil, em 2018. Não há nenhum caso em que tenha criado uma ditadura depois de eleita. Mas é aí que está: esse é um raciocínio de direita e, portanto, antidemocrático. Argumento, numa democracia-modelo como a que o STF inventou para o Brasil, só se for autorizado pelo ministro Barroso e seus pares no Comissariado.



O modo de operar do STF atual não tem similares em nenhuma democracia do planeta. Não se trata aqui da folha de pagamento com quase 3 mil funcionários (já houve até auxiliares de desenvolvimento infantil nesse mar de gente), nem do custo de R$ 1 bilhão por ano e outros sinais explícitos de subdesenvolvimento. Isso é a senzala geral do Brasil, para a qual não há cura conhecida. O que chama a atenção no Supremo de hoje é sua organização como chefatura nacional de polícia. Há o Centro de Enfrentamento aos Direitos Individuais e às Liberdades Públicas, chefiado pelo ministro Alexandre de Moraes — que acumula o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia no braço eleitoral do STF, o TSE. Há o Centro de Enfrentamento às Punições por Crimes de Corrupção, a cargo do ministro Dias Toffoli. Há o Centro de Enfrentamento às Leis Aprovadas Pelo Congresso e o Centro de Enfrentamento à Oposição, comandados em sistema de rodízio. Há o Centro de Enfrentamento à Verdade dos Fatos — esse sob a direção do ministro Barroso.


Em sua última operação, desfechada na Universidade de Oxford, Barroso se esforçou em globalizar a ficção de que o STF criou no Brasil um modelo de democracia sem rivais no mundo neste século 21. O ministro, que também é presidente vitalício do Centro de Enfrentamento ao Bolsonarismo, conta nessa missão com a parceria da ignorância invencível do Primeiro Mundo (dos outros mundos, então, nem se fale) em relação ao Brasil. Se alguém lá fora soubesse cinco por cento do que acontece de verdade aqui dentro, o presidente do STF não conseguiria falar de cima de um caixote no Hyde Park Corner. Os fatos mostram que em 1º de janeiro de 2019 o Brasil vivia perfeitamente de acordo com a sua Constituição — ou alguém é capaz de citar algum caso concreto de violação da lei por parte do Estado naquela época? Cinco anos e meio sob a administração do STF, pela primeira vez desde o fim da ditadura militar, o Brasil tem presos políticos. Tem exilados que fogem do país para escapar dos cárceres do ministro Alexandre de Moraes. Tem inquéritos policiais perpétuos.


A democracia que o ministro Barroso apresenta na Inglaterra tem censura oficial nas redes sociais, em veículos de imprensa e em produtoras de documentários. O brasileiro pode ser preso, interrogado pela polícia, ter suas contas bancárias bloqueadas, ter seu passaporte confiscado, ter o seu sigilo violado. Todas as provas contra a corrupção, mesmo incluindo confissões e devolução de dinheiro roubado, são anuladas pelo STF — o que faz do Brasil o único país do mundo com impunidade garantida por jurisprudência. 


Juízes que denunciam situações ou sentenças que consideram erradas são expulsos da magistratura. Num caso de flagrante violação da lei penal e dos direitos civis garantidos pela Constituição, um cidadão está preso há mais de quatro meses sem que o ministro Moraes e a Polícia Federal tenham conseguido até agora nenhuma prova das acusações que fazem a ele — e apesar de ter provado que não fez o que é acusado de ter feito.



 O presidente do STF e todos os seus colegas do circuito de palestras que fazem pelos países ricos não mencionam a nenhum dos auditórios que o político mais popular do Brasil não pode se candidatar a eleições até o ano de 2030 — por ter falado mal das urnas eletrônicas numa conferência a embaixadores estrangeiros. 


Ninguém sabe que o ministro Toffoli pagou com dinheiro público um guarda-costas pessoal quando foi assistir à final da Champions, em Londres. O mundo também não tem ideia de uma anomalia tão extravagante que ganhou o apelido de “Gilmarpalooza” — um festival de altos magistrados, ministros do governo e empresários com causas no alto Judiciário que vão discutir questões brasileiras em Portugal. (O animador é o ministro Gilmar Mendes, que acumula suas funções de ministro do STF com a propriedade de uma faculdade particular de Direito em Brasília.) Em matéria de conflito de interesses, por sinal, a democracia do ministro Barroso não acha nada de errado que mulheres dos ministros trabalhem em escritórios de advocacia com causas em apreciação no Supremo.


Isso tudo, no pensamento oficial, foi que salvou o Brasil do “populismo de direita” — o mal du siècleque no entendimento do presidente Barroso é a pior ameaça que a humanidade tem pela frente nos dias de hoje. Segundo ele, o mundo conseguiu nos últimos cem anos superar o nazismo, fascismo, comunismo, fundamentalismo religioso e outros males; no Brasil, em virtude das decisões do STF, superou o bolsonarismo. Precisaria, agora, exterminar essa extrema direita que ganha eleições livres e pretende, uma vez no governo, executar “agendas” que a maioria do eleitorado quer que sejam executadas — coisa que exigiu abertamente com o seu voto. Eis aí a essência dessa visão do mundo: o principal perigo para a democracia é a democracia. Ela pode levar o povo a escolher governos não autorizados pelo STF, e isso, para os ministros, é inegociável. Para simplificar as coisas, basta responder a uma pergunta: é possível a existência de um Toffoli num regime razoavelmente democrático? É possível ter os inquéritos sem fim do ministro Moraes? É possível haver o “Gilmarpalooza”? Não é — e o STF é o primeiro a saber que não é.


As palestras, os despachos e os comícios em circuito fechado feitos pelos ministros, quando se olha mais de perto, são um veredito político. É o que diz a linguagem que usam. Não pronunciam a palavra “liberdade”, por exemplo — a não ser para insistir que ela tem limites, está sendo abusada e precisa ser reduzida a rações de guerra. Não falam em “império da lei”. Não usam a expressão “direitos humanos”, nem “direito de defesa.” Não chamam de “baderna”, e sim de “golpe armado”, um quebra-quebra onde as armas mais pesadas, segundo a sua própria polícia, foram dois ou três estilingues. Acima de tudo, não dizem nem escrevem a palavra “justiça”.”


Microentrevista

Tiago Albrecht, vice-presidente da Comissão de Finanças da Capital, denuncia descaso do Governo Federal com ofícios da prefeitura

Então o governo federal nomeado do PT não atende pedidos de ajuda feitos pela prefeitura de Porto Alegre ?
Dos diversos pedidos realizados pela Prefeitura de Porto Alegre, em função da enchente de maio, ao Governo Federal, nenhum teve retorno. 

Pode dar exemplos ?
Até o pedido de R$ 12,3 bilhões para a reconstrução de Porto Alegre, entregue pelo prefeito Sebastião Melo para o presidente, em mãos, em 6 de junho, na Base Aérea de Canoas, não obteve resposta alguma.  

É má vontade ou incompetência ?
Negligência, como ficou claro em reunião da Comissão de Economia e Finanças (Cefor) da Câmara Municipal na manhã desta segunda-feira. Na ocasião, os membros da Cefor receberam o Secretário Municipal da Fazenda, Rodrigo Sartori Fantinel. Durante a prestação de contas do secretário, foram apresentadas as solicitações do Município à União e relatada a falta de retorno do ente.

Não é o que diz Pimenta e o governo de Lula da Silva.
Eles apenas soltam informações ao vento, mas não fornecem resposta formal alguma. Sem direção jurídica do que as prefeituras podem fazer. Me parece má-fé.

Novo Plano Safra oferece redução de 2% em impostos para produtores orgânicos

O projeto tem como objetivo ampliar o alcance da agricultura sustentável e democratizar acesso às produções

Nesta quarta-feira (03), o governo anunciou uma redução de 2% no valor dos impostos de produtores que utilizam recursos orgânicos. O Plano Safra 2024/2025 foi apresentado com foco na sustentabilidade, com o objetivo de amplificar o acesso da população à itens livres da ação de pesticidas e com maior qualidade.

O aporte contará com ajustes para a viabilização de uma linha de crédito com juros diferenciados, cujo intuito é incentivar e expandir a produção orgânica nacional. Para Francisco Carvalho, gerente comercial da Hydroplan, rede que atua há 25 anos com foco em uma agricultura benéfica ao ecossistema, essas mudanças trarão benefícios à longo prazo ao cenário nacional – "Essas medidas são essenciais para promover a sustentabilidade e fortalecer o mercado de orgânicos no Brasil. Com juros mais acessíveis, pequenos e médios produtores terão a oportunidade de investir em tecnologias e práticas agrícolas que respeitem o meio ambiente, resultando em um aumento significativo da produção e na qualidade dos alimentos oferecidos à população”, aponta.

Carvalho reforça que, além disso, a expansão da produção orgânica contribuirá para a preservação dos recursos naturais e para a saúde do solo, promovendo um ciclo de desenvolvimento sustentável nas áreas agrícolas. A importância desse movimento é refletida nos números do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, que contabiliza mais de 25,4 mil registros, com projeções de um aumento cada vez mais considerável.

 

Essa expansão se solidifica com o lançamento do Programa Ecoforte, que contará com R$ 100 milhões de receita para promover o fortalecimento e a ampliação das redes de agroecologia e produção orgânica. Com valor recorde para o ciclo entre 2024 e 2027, sua estrutura visa o fortalecimento e a ampliação de redes, cooperativas e organizações socioprodutivas e econômicas de agroecologia, extrativismo e produção orgânica. Desse modo, espera-se que a produção de alimentos saudáveis, aliada à sustentabilidade ambiental, dilate significativamente.

 

Sobre a Hydroplan-EB:

Com 25 anos de atuação no setor agrícola, a Hydroplan-EB se destaca por seu foco na preocupação ambiental. A marca foi fundada em 1999 e atualmente se consolida como referência no fornecimento de Polímeros, Óleos Essenciais e Fertilizantes Especiais para o plano agrícola.

A partir de fórmulas ecologicamente benéficas, o empreendimento se destaca por oferecer soluções no campo de forma não agressiva.


Cinco motivos para assinar um iPhone ao invés de comprar

Com o avanço da tecnologia e a rápida obsolescência dos dispositivos eletrônicos, a assinatura de bens de consumo tem se tornado uma opção cada vez mais popular. A economia está entre as prioridades do consumidor. Nove em cada dez pessoas estão adotando estratégias para reduzir custos, segundo pesquisa da McKinsey, divulgada em julho de 2023, sobre tendências de hábitos de compras do brasileiro para 2024. 

O levantamento ainda mostrou que cerca de 90% dos entrevistados já estavam reduzindo gastos em diferentes categorias de produtos, com destaque para vestuário, eletroeletrônicos e produtos para casa.

Assim, a posse tradicional de um bem pode custar caro e não ajudar em nada a redução requerida pelos brasileiros. É por isso que assinaturas desses gadgets entram na vida das pessoas como uma opção mais sustentável de se consumir, tanto financeira, quanto ambientalmente. Ou seja, em vez de desembolsar uma quantia significativa de uma só vez, muitos consumidores podem preferir assinar um iPhone, por exemplo, por um preço muito mais acessível, como os serviços por assinaturas da allu, que representam menos da metade do valor de compra. 

Aqui estão cinco motivos pelos quais a assinatura de produtos pode ser uma escolha vantajosa levando em consideração custo benefício, sustentabilidade e consciência de consumo:

1. Economia real

Assinar um iPhone elimina a necessidade de um grande pagamento inicial. Em vez de gastar milhares de reais em um novo aparelho, os consumidores podem pagar uma mensalidade acessível, facilitando o acesso aos modelos mais recentes sem comprometer o orçamento.

2. Atualizações Frequentes

A Apple lança novos modelos de iPhone, anualmente, e manter-se atualizado pode ser dispendioso. Com a assinatura, é possível trocar de aparelho regularmente, garantindo sempre o acesso à tecnologia mais recente sem o custo adicional de compra de um novo dispositivo a cada lançamento.

3. Manutenção e Suporte Incluídos

Planos de assinatura frequentemente – e esse é o caso da allu – incluem manutenção e suporte técnico, proporcionando tranquilidade ao usuário. Em caso de problemas com o aparelho, os custos de reparo ou substituição estão, geralmente, cobertos, evitando despesas inesperadas e inconvenientes.

4. Flexibilidade

Assinar um iPhone oferece flexibilidade que a compra não proporciona. Caso as necessidades do usuário mudem, é possível ajustar o plano de assinatura, optar por um modelo diferente ou até cancelar a assinatura sem as complicações de revender um aparelho usado.

5. Sustentabilidade

A assinatura promove a sustentabilidade, reduzindo o desperdício eletrônico. Ao devolver o aparelho ao final do período de assinatura, ele pode ser reutilizado ou reciclado de maneira responsável, minimizando o impacto ambiental e contribuindo para um consumo mais consciente.

Sobre a allu

A allu é a maior empresa de serviços de assinatura de eletrônicos da América Latina, com um modelo de negócio dividido em duas frentes. A primeira é a assinatura de eletrônicos, principalmente, da Apple, além de XBox e PS5, computadores gamers da Acer e máquinas de café NEO, da Nestlé. A segunda é a allu.invest, um título de renda fixa variável responsável por captar investimentos para a operação, ajudando a expandir o estoque de eletrônicos. A startup mineira fundada em 2016, é uma das que mais cresceram no país e visa levar para muitos o que é privilégio de poucos. Em 2021, por exemplo, tiveram um crescimento de 239% e ficaram três vezes seguidas entre as top 10 startups do país pelo prêmio da ABStartups (Associação Brasileira de Startups). 

 

MAIS INFORMAÇÕES PARA A IMPRENSA 

NR7 | Full Cycle Agency

allu@nr7.ag 

Carol Guerrero 

Malu Barbosa

Artigo, Bolsonaro

 Qualquer inocente sabe que o filho do sistema não está com suas faculdades mentais normais. Um indivíduo dominado pelo ódio, pela mentira e pela traição . Desejamos a ele, como ser humano, que melhore o mais rápido possível para o bem do Brasil. 

Enquanto isso a picanha que virou abóbora agora se transformou  em pé de galinha. 

O chefe da organização então taca imposto na cervejinha e na picanha, os principais produtos que fez campanha enganando o eleitor!

Toda a lógica governamental se inverteu: diminuíamos gradativamente o estado, fechávamos as contas com superávit, distribuímos mais recursos a estados e municípios, descentralizando o poder do Executivo Federal, reduzíamos impostos e aumentávamos a arrecadação, recordes históricos na apreensão de drogas que destroem famílias, dificultávamos e conscientizávamos sobre os males do aborto, jamais na história do país tantos títulos de propriedade foram entregues ao homem do campo, tirando o poder do MST, criamos o Programa de Escolas cívico-militares, algo desejado pela maioria dos pais, batemos o recorde de diminuição no número de homicídios, inclusive dentro das ditas minorias, retomamos de forma extraordinária os lucros das estatais, defendemos a soberania nacional frente os anseios dos globalistas, demos independência ao Banco Central, criamos o piso salarial da enfermagem, demos o aumento de mais de 33% aos professores do ensino básico, faixa primordial para iniciação da formação do cidadão, concluímos a transposição do Rio São Francisco que se arrastava por mais de uma década entre conclusão de centenas de obras inacabadas, passando pela construções de pontes iniciando o fim das indústrias das balsas e duplicações de BRs. 

Hoje, o sistema voltou.

Dívida com a União

A dívida pública com a União continua sendo o principal desafio das finanças estaduais. Em 2023, o passivo, que representa mais de 91% do endividamento total do Rio Grande do Sul, teve seu maior aumento desde 2016, alcançando R$ 92,8 bilhões, um incremento de 9% em relação ao ano anterior. 

O governador Eduardo Leite participou, nesta terça-feira, de reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O encontro, realizado na residência oficial do Senado, teve como pauta a discussão de uma proposta para alterar as regras de pagamento da dívida dos Estados com a União. Também participaram os governadores do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, de Minas Gerais, Romeu Zema, de Goiás, Ronaldo Caiado, e o vice-governador de São Paulo, Felicio Ramuth.

O tema da dívida para esses Estados é crítico. No caso do RS, consome até 15% da receita corrente líquida

A proposta sugere a possibilidade de eliminar os juros reais atualmente aplicados às parcelas da dívida, que são de 4% acrescidos do Coeficiente de Atualização Monetária (CAM), baseado na trajetória do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e da taxa Selic desde 2013. A intenção seria implantar redutores nesse percentual mediante a federalização de ativos dos Estados

O presidente Pacheco vai apresentar projeto com este conteúdo, contando com o ok do governo federal nomeado. 

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Delegados x Banrisul

  Delegados e policiais civis do RS protestaram publicamente quanto ao que chamam de "falta de clareza do Banrisul em relação aos empréstimos consignados". Acontece que o bancolançou, através do aplicativo, a possibilidade de suspensão do pagamento dos consignados por seis meses. Todavia, de acordo com cálculos da Associação dos Delegados de Polícia (ASDEP), um servidor público que tem um empréstimo consignado em que faltam 109 prestações, se suspender seis parcelas do empréstimo, irá pagar quase R$ 28 mil a mais de juros. 

Leia o que explica o delegado Guilherme Wondracek, presidente da Adesp, que ajuizou ação na 2a. Vara da Fazenda Pública, Porto Alegre,  contra o Banrisul:

- A principal reclamação é que o Banrisul e o Governo do Estado não têm cumprido com a promessa à época dos alagamentos. Agora, o banco lança uma armadilha no APP incitando os funcionários públicos detentores de consignados a aceitar um novo termo para suspender os pagamentos durante seis meses. Ocorre que nessa modalidade o saldo devedor aumentará. É um absurdo o que o Banrisul e o Governo estão fazendo.

Durante os alagamentos, em maio, o Banrisul e o Palácio Piratini anunciaram suspensão dos empréstimos consignados de servidores públicos estaduais e municipais por 120 dias, sem incidência de multa e juros. Depois, a proposta mudou. Pela nova regra, servidores estaduais ou municipais que tenham sido diretamente atingidos pela enchente terão quatro meses de carência na operação sem cobrança de juros e acréscimo nas parcelas. Todavia, para servidores que não foram atingidos diretamente, permanece valendo o formato anterior, com juros e as parcelas sendo pagas, diluídas nas prestações seguintes.

Diante desse cenário, a ASDEP ingressou com ação contestando a operação do Banrisul e solicitando que a instituição financeira cumpra a proposta anterior, que previa a suspensão de quatro parcelas (maio a agosto), sem cobrança de juros, com estas sendo incorporadas ao final do contrato de empréstimo. A ação exige também indenização por danos morais de R$ 3 mil para cada associado prejudicado pela medida.

O que você precisa saber sobre a Paquetá

 A Paquetá ao longo da sua história, construiu uma sólida reputação e foi um império  empresarial no Brasil e no exterior. O conglomerado tinha na indústria seu principal faturamento, seguido pelo braço do varejo - lojas Paquetá, Gaston e Esposende, além das marcas Ortopé,  Capodarte  e Dumond.                 

Além de fábricas no Brasil, com ênfase para o Nordeste, o grupo gaúcho mantinha parques industriais na Argentina e na República Dominicana, contando ainda com uma operação imobiliária forte e fazendas com centenas de milhares de cabeças de gado, além de outros negócios ligados a cadeia produtiva. 

                                                                                                                                                               PAQUETÁ INDUSTRIAL.                                                                                                                                        

Durante muitos anos o Grupo  Paquetá, foi um das maiores exportadores de calçados brasileiros, em especial, para a rede Nine West (americana). Posteriormente, com a redução de pedidos da Nine West, a Paquetá (divisão industrial) teve que  buscar novos clientes internacionais, o que tornou muito mais complexa e onerosa sua produção.

No segmento esportivo, o Grupo Paquetá deteve a marca DIADORA, no Brasil. Foi o primeiro grande insucesso. A época a direção da operação ficou a cargo de um dos genros do presidente do grupo gaúcho,  Adalberto Leist. Posteriormente, a operação foi descontinuada. Antes da Recuperação Judicial,  a Paquetá produzia tênis para a Adidas na sua fá\brica da Argentina.

OS PROBLEMAS

Os problemas tiveram diferentes origens na irrefletida decisão de abertura de várias frentes de negócios: investimentos mal feitos em aquisições e em valores superestimados, má condução do processo sucessório e gestão temerária.

Não foi pouco.

A Paquetá foi acumulando dividas, resultados negativos, somado a uma expansão mal feita no varejo. Comprando pontos a custo baixo de shoppings recém inaugurados, que não tinham fluxo de clientes. Com a aquisição da rede Esposende, no Nordeste, o grupo registrou um primeiro momento com um importante incremento no faturamento. Acontece que com a mudança de governo federal e o cancelamento de boa parte dos programas sociais, o mercado encolheu e o negócio sofreu duros golpes. 

O resultado deste coquetel de maus negócios foi prejuízos seguidos e a decisão de pedir Recuperação Judicial, algo bem contrário a qualquer ação de resgate da energia da empresa, embora mantendo-a viva, a pesar de extremamente fragilizada.

A Recuperação Judicial machucou e prejudicou centenas de fornecedores, e gerou milhares de desempregados.

ENCERRAMENTO DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Foi encerrado formalmente pela Justiça o processo de recuperação judicial do Grupo Paquetá, que começou em 2019 com dívida de R$ 428 milhões com 12.418 credores.

Ocorre que a Paquetá pagou apenas o sinal de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) aos seus credores, e nunca mais honrou as dívidas por completo. 

 Em analise feita na contabilidade da empresa, disponibilizada na Recuperação Judicial,  foram identificadas algumas questões que precisam ser esclarecidas.

Isto é o que este blog analisará em seguida.

A verdade

 Já são recorrentes, conhecidos de todos, os tremendos sucessos de público alcançados pelo ex-presidente Bols0onaro nas suas andanças pelo Brasil.

Isto tudo não passa desapercebido por quem o segue, mas também não são tolerados sem reação alguma por seus adversários políticos e inimigos pessoais.

E os há em grande quantidade.

Os adversários políticos estão todos naquele coletivo que eu chamo de Eixo do Mal, com ênfase para o consórcio STF+Governo do PT+Mídia Tradicional, sem que esqueçamos dos renegados sociais e políticos que estão incrustados nos umbrais das universidades, das artes e do empresariado patrimonialista, como também nos desvãos da baixa política. 

É o Sistema, que Bolsonaro derrotou ao assumir a presidência, quando foi empurrado pela força das ruas para o Planalto.

Seus adversários políticos, usando o STF e o TSE, querem impedi-lo legalmente de fazer política e de disputar eleições e já lhe tornaram inelegível, mas agora se ouriçam para impedir que o Congresso conceda-lhe anistia.

"A última palavra é nossa, do STF", avisa o onipotente ministro Alexandre de Moraes.

Não é.

No caso da anistia política, como já ficou comprovado pela história dos povos, a última plavra é do Congresso, do Legislativo.

Moraes e o STF que se atrevam, porque uma anistia deste tipo só costuma sair no âmbito de um enorme clamor popular, como se sabe.

E o poder, como diz a Constituição, emana do povo.

O povo é o Supremo.

Claro que Bolsonaro também enfrenta inimigos que não são apenas adversários políticos, mas raivosos criminosos, como é o caso do MST, braço ongueiro rural do PT, que nofinal da semana passada tentou impedir com paus e pedras a passagem do ex-presidente para o município de Paraupebas

O MST ateou fogo na rodovia.

E foi retirado dali à força, pela PM.

Um dia antes, num comício também no Pará, a luz foi desligada.

Bolsonaro passou o fim de semana no Pará, sendo recebido apoteoticamente por onde esteve.

Neste final de semana, o ex-presidente estará no Balneário Camboriu, Santa Catarina, participando de um congresso internacional conservador.

Santa Catrina é chão de Bolsonaro.

Valerá apena acompanhar sua trajetória por ali.

Ele estará em companhia de Javier Milei, que esnobará Lula e viajará direto para Santa Catarina.

Nem tudo está perdido como muita gente pensa, mas nem tudo será conquistado com facilidade, como poucos pensam.

A política é um processo e não uma construção de engenharia com começo, meio e fim.

A política tem 50 tons de cinza, mas Bolsonaro está sabendo jogar o jogo, usando uma ferramenta revolucionária, tão velha quando a existência do homem no mundo:

A verdade.

Como se sabe, só a verdade nos libertará.