Alexandre de Moraes procurou Galípolo para pedir pelo Master junto ao Banco Central

Relatos sobre contatos de ministro com presidente do BC foram feitos por seis fontes diferentes; mulher de Moraes tinha contrato de R$ 130 milhões com o Master

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes procurou o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, pelo menos quatro vezes para fazer pressão em favor do Banco Master. Ao menos três dos contatos foram por telefone, mas pelo menos uma vez Moraes se encontrou presencialmente com Galípolo para conversar sobre os problemas do banco de Daniel Vorcaro.

Os relatos sobre as conversas foram feitos à equipe do blog por seis fontes diferentes nas últimas três semanas. Uma delas ouviu do próprio ministro sobre o encontro com Galípolo, e as outras cinco souberam dos contatos por integrantes do governo.

Relatos sobre contatos de ministro com presidente do BC foram feitos por seis fontes diferentes; mulher de Moraes tinha contrato de R$ 130 milhões com o Master

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Os relatos sobre as conversas foram feitos à equipe do blog por seis fontes diferentes nas últimas três semanas. Uma delas ouviu do próprio ministro sobre o encontro com Galípolo, e as outras cinco souberam dos contatos por integranEm comentário exibido na rádio CBN, os jornalistas Merval Pereira e Carlos Alberto Sardenberg classificaram como “gravíssima” a revelação de supostas relações do magistrado com o Banco Master, apontando uma crise de credibilidade no Supremo e defendendo o impeachment de Moraes.

Merval e Sardenberg repercutiram denúncia da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, segundo a qual Alexandre de Moraes teria mantido ao menos cinco contatos — incluindo telefonemas e um encontro presencial — com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para tratar de temas de interesse do Banco Master, controlado por Daniel Vorcaro. A mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, tem contrato de R$ 129 milhões para defender Vorcaro e Master. O caso é de evidente lobby, advocacia administrativa e infração funcional gravíssima.

O que disse Merval Pereira:

- É gravíssimo, é gravíssimo. É gravíssimo e isso tem que ter um limite, tem que ter um fim. Porque a cada revelação que aparece sobre interesses privados envolvendo decisões do Supremo perde-se a credibilidade, o Supremo vira um objeto de desconfiança do cidadão.

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 Na esteira das denúncias de reuniões sucessivas entre Moraes e Galípolo sobre o Banco Master, todas originadas pela Rede Globo (Malu Gaspar e Merval Pereira), a RBS também passou a rifar o ministro do STF.

No programa Time Line, Rádio Gaúcha, desta manhã, o jornalista Paulo Germano diz que vem aí um impeachment contra pelo menos um ministro do STF. Ele não falou em nomes - e nem precisava.

A jornalista Rosane Oliveira, editora de Política da RBS, foi mais fundo.Ela abriu seu comentário principal da página que tem no jornal Zero Hora, hoje, para espinafrar Moraes.

Eis o título da matéria da jornalista.

- Alexandre de Moraes cruzou a fronteira do aceitável.

Rosane Oliveira chama Moraes de lobista do Banco Master

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O ministro foi obrigado a vir a público para explicar as reuniões que teve com o presidente do Banco Central. Na nota, Moraes não se refere às denúncias da Rede Globo e de outros órgãos de imprensa, que o acusaram de reuniões para defender o Banco Master.

Eis a nota.

O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito

Esta tarde, Lauro Jardim, colunista de O Globo, escreveu aquilo que é verdade, mas que até agora os aliados do ministro omitiam: Moraes tergiversa, mistifica e não explica dois eventos incriminadores, um dos quais, a advocacia administrativa, é crime: 1) A conversa sobre o banco Master. 2) O contrato que sua mulhr tem com o banco, no valor de R$ 129 milhões, para defender o banco.

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Encorpa a Oposição toda esta saraivada de denúncias que a Rede Globo vem publicando diariamente contra o casal Alexandre de Moraes+Viviane Barci, com ênfase para a revelação de encontros seguidos e pouco republicanos de Moraes com Galípolo, presidente do Banco Central, visando a defesa dos interesses do Banco Master. O caso é de infrações gravíssimas, a começar por "advocacia administrativa", mas não só, porque tudo passa até mesmo por prevaricação.

Viviane tem contrato de R$ 129 milhões para defender o Master. Se o contrato era com Viviane, porque seu marido, o ministro, era quem fazia a defesa do banco junto ao BC, pergunta, hoje, a ONG Transparência Interncional. De fato.

A Oposição acha que o sistema quer se descartar de Moraes, que não quer reduzir o ritmo.

Há um racha no sistema e isto favorecerá a Oposição no caso de levar adiante a proposta de impeachment.

O que disse, ontem, o deputado Marcel Van Httem, usando suas redes sociais:

- Já recebemos manifestações de dezenas de colegas querendo assinar as peças a serem protocoladas e estamos considerando a possibilidade de abri-las para assinatura também de quaisquer cidadãos, direito preconizado pela Constituição que o ministro Gilmar Mendes tentou, na canetada monocrática, abolir antes de voltar atrás diante da pressão popular.

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Há cheiro de carniça no ar e isto não tem nada a ver com os kids pretos, mas de fogo amigo.

Alexandre de Moraes precisa ser descartado.





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