Artigo, Luís Milman - Trump e Israel
O encontro recente de Donald Trmp e Bejamain Netanyau, em Washington, não foi puro cumprimento de formalidade. Houve discussões de fundo sobre a questão dos palestinos e sobre a ameaça iraniana. Assim, vamos por partes. Sobre o Irã, Israel considera que a expansão militar de Teerã cada vez mais acentua uma ameça à sua integridade. O Hezbolla, milícia xiita armada pelos iranianos, possuem milhares de mísseis prontos para disparar contra Israel. A Síria, apoiada pelo regime dos aiatolás, se fortalece na luta contra insurgentes e ainda recebe armamento russo, o que coloca em situação de alerta máximo a fronteira norte de Israel. E há ainda o ISIS, que pode, num lance de desespero, tentar lançar ataques contra os israelenses. para não falar de atos terroristas. A situação, como se vê, não é das mais tranquilas para Israel. Quando a questão palestina, há, sim, novidades, que na era Obama foram simplesmente colocadas para debaixo do tapete e nunca fizeram parte de negociações sérias. Com Trump será diferente: a solução de dois estados para por fim ao problema palestino está cada vez mais distante. Mas não se pense que os Israeleses estejam pensando em anexar pura e simplesmente a Cisjordânia, porque isto implicaria em colocar sob sua jurisdição mais de 2,5 milhões de árabes. Impossível porque isso descaracterisaria Israel como estado judeu. O que ganha espaço nos meios de governo e oposição israelense é uma solução regional para o problema. A solução envolveria o Egito e a Jordânia. O Egito cederia terras na Península do Sinal para o assentamento de palestinos. Israel construiria um porto em Gaza e um aeroporto na região, além de fazer compensações para os refugiados palestinos, que poderão se deslocar para o novo país.
O encontro recente de Donald Trmp e Bejamain Netanyau, em Washington, não foi puro cumprimento de formalidade. Houve discussões de fundo sobre a questão dos palestinos e sobre a ameaça iraniana. Assim, vamos por partes. Sobre o Irã, Israel considera que a expansão militar de Teerã cada vez mais acentua uma ameça à sua integridade. O Hezbolla, milícia xiita armada pelos iranianos, possuem milhares de mísseis prontos para disparar contra Israel. A Síria, apoiada pelo regime dos aiatolás, se fortalece na luta contra insurgentes e ainda recebe armamento russo, o que coloca em situação de alerta máximo a fronteira norte de Israel. E há ainda o ISIS, que pode, num lance de desespero, tentar lançar ataques contra os israelenses. para não falar de atos terroristas. A situação, como se vê, não é das mais tranquilas para Israel. Quando a questão palestina, há, sim, novidades, que na era Obama foram simplesmente colocadas para debaixo do tapete e nunca fizeram parte de negociações sérias. Com Trump será diferente: a solução de dois estados para por fim ao problema palestino está cada vez mais distante. Mas não se pense que os Israeleses estejam pensando em anexar pura e simplesmente a Cisjordânia, porque isto implicaria em colocar sob sua jurisdição mais de 2,5 milhões de árabes. Impossível porque isso descaracterisaria Israel como estado judeu. O que ganha espaço nos meios de governo e oposição israelense é uma solução regional para o problema. A solução envolveria o Egito e a Jordânia. O Egito cederia terras na Península do Sinal para o assentamento de palestinos. Israel construiria um porto em Gaza e um aeroporto na região, além de fazer compensações para os refugiados palestinos, que poderão se deslocar para o novo país.
O Egito, que vem estreitando suas relações com Israel,
está dando sinais que aceita. O deslocamento de parte da população árabe da
Cisjordânia para a Península do Sinal, praticamente despovoada, atenderia a
reivindicação da criação de um estado palestino. Israel anexaria as regiões
onde há assentamentos e a Jordânia estenderia sua soberanna sobre parte dos
territórios hoje nas mãos dos israelenses. Ao mesmo tempo, Israel teria sua
condição de estado judeu reconhecida não apenas pelos palestinos, mas por todo
o mundo árabe.A proposta é objetivamente plausível. Basta que se negocie um
acordo abrangente para ser posta em prática. Netanyhau, aliás, tratou
exaustivamente do assunto com Donald Trump.Se soluções como esta não forem
implementadas, permanecerá o status quo e os palestinos jamais obterão um estado
independente. porque suas reivindicações são delirantes, como aquela que exige
que Jerusalém oriental venha a ser sua capital.
Por algumas razões bem claras, se não for aceita uma
solução alternativa, alguns pontos decisivos continnuarão a prolongar o conflito:
a) os além palestinos se recusam a reconhecer Israel como um estado judeus; b)
Israel só aceitaria uma solução de autonomia na Cisjordânia, se esta permanecer
desmilitarizada, com Israel permanecendo com o controle militar das fronteiras
do território autônomo. Essa é uma condição vital e inegociável para a
segurança israelense; c) Jerusalém jamais será dividida e d) jamais haverá
retorno de refugiados árabes; Os palestinos podem obter o que desejam, um
estado, mas fora dos padrões clássicos do conflito..Se forem pragmáticos e
inteligentes, terão um estado viável para chamar de seu, na Pensínsula do
Sinai.
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