A hipocrisia do PI
O Brasil é o país da hipocrisia.
A exposição de uma criança apalpando publicamente o corpo
de homem nu, acompanhada e incentivada pela mãe é considerada arte e a sua
crítica é taxada de censura.
Exposições públicas de cenas de nudismo e incentivo a
perversões sexuais e morais como pedofilia, zoofilia e racismo encontram amparo
na mídia e arrebanham multidões de defensores em todas as classes sociais.
Novelas em horário nobre enobrecendo a infidelidade, a
sacanagem, o crime organizado e o reinado das drogas são aceitas como se nada
de estranho houvesse em desrespeitar a lei que criminaliza o racismo, a
pedofilia, o aborto e a apologia às drogas.
Até mesmo filme pornográfico apresentado no canal HBO no
horário da tarde somente foi retirado do ar devido à reação imediata pelas
redes sociais de pessoas que ainda prezam pela dignidade e pelos bons costumes.
Falo do filme “A festa das salsichas”.
Ensinar as crianças ainda na tenra idade que ninguém
nasce menino ou menina e que cabe a cada um decidir seu “gênero” faz parte do
currículo oficial da maior parte de nossas escolas de primeiro grau.
Fazer teatro em escola incentivando a indecência na
dança, fazendo meninos se vestirem de meninas e obrigando-os a usar até mesmo
batom já não provoca espanto.
Mas dizer “merda”, “foda-se”, bunda ou outras palavras
extremamente comuns do vocabulário quotidiano de todo mundo, não pode. Aí é
preciso deixar a palavra apenas no imaginário e substituí-la pelo irritante
“PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII”.
- Mas que “piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii” é este? Ora, vá se
“piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”! Vai tomar no “piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”!
Não consigo entender esta gigantesca hipocrisia.
Dizendo “piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii” parece que se está
protegendo alguém de alguma coisa extremamente obscena, enquanto que apresentar
no mesmo espaço um traficante ostentando riqueza e gozando as benesses da vida
conquistadas através de seus atos criminosos, ou mulher traindo marido, menina
mudando de sexo, adolescentes transando e engravidando, sócio roubando de
sócio, empresário agindo como carrasco de seus empregados não sofre qualquer
censura. Para isto não existe o “piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii”.
Só me resta dizer
“piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii” pra todo mundo.
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