A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária
do Banco Central (Copom), divulgada hoje, manteve a mensagem contida no
comunicado publicado após a reunião da semana passada, quando a Selic foi
mantida em 6,5%. A autoridade monetária ressaltou que as medidas de inflação
subjacente se encontram em níveis “apropriados ou confortáveis”, indicando
convergência da inflação em direção às metas em 2019 e 2020. As projeções de
inflação divulgadas no documento estão próximas, porém um pouco abaixo das
metas no médio prazo, sugerindo um quadro relativamente benigno. O Banco
Central apontou que o grau de assimetria dos riscos diminuiu desde a última
reunião, mas que os riscos altistas para a inflação permanecem relevantes e
seguem com maior peso no balanço de riscos. Os membros do colegiado reforçaram as
condicionalidades sobre os próximos passos da política monetária: a evolução da
atividade econômica, do balanço de riscos e das expectativas de inflação. Por
fim, ponderaram que a cautela, serenidade e perseverança têm sido úteis na
perseguição de seu objetivo de manter a trajetória da inflação em direção às
metas. Em suma, à luz do cenário básico com o qual trabalhamos, sem novos
choques que alterem o balanço de riscos prospectivo para a inflação, e da
sinalização apontada pelo Copom, o mercado avalia que a Selic ficará estável ao longo
de todo o primeiro semestre de 2019, com altas em ritmo gradual a partir do
segundo semestre, alcançando 7,25% no final do próximo ano.
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