Assassinato de Reputações - O caso Tarso Genro (IV) - Tarso obstruiu as investigações sobre a conta suja do PT nas Ilhas Cayman

TUMA JÚNIOR DENUNCIA TARSO POR 
NÃO QUERER INVESTIGAR 
CONTA SUJA DO PT NAS ILHAS CAYMAN.

       Num dos seus mais disputados hangout, aquele que foi exibido dia 23 de dezembro de 2013, o cantor Lobão colocou nas telinhas uma conversa instigante que manteve com Romeu Tuma Júnior e Claudio Tognolli, o jornalista que tomou os depoimentos e escreveu o livro "Assassinato de reputação".
       No programa, descontraído mas incisivo, Tuma Júnior repetiu a mesma denúncia que fez no seu livro contra o ex-Ministro da Justiça, quando  detalhes surpreendentes:
       - Descobri a conta de Zé Dirceu para o Mensalão, nas Ilhas Cayman, levei tudo para o ministro da Justiça (Tarso) e ele simplesmente sentou em cima.
         Em seguida, diante de um Lobão estupefato, ele revelou outros detalhes do caso:
          - A conta nas Ilhas Cayman foi apenas uma das lavanderias montadas no exterior pelo PT, sempre para abrigar dinheiro sujo. Outras contas começam a ser descobertas, inclusive empresas de fachada, criadas para funcionar como antros de banditismo.
          O caso das contas e das off shores Panamá começou a ser investigado, mas pela imprensa, porque Polícia Federal e Ministério Público Federal não trataram do assunto na ocasião, só fazendo isto durante a Operação Lava Jato.
           Em Porto Alegre, o ex-Governador do PT não respondeu ao que ouviu no hjangout de Lobão e se fechou de novo em copas.
            Na verdade, Tarso Genro só reagiu com uma notinha escrita com clicados de diplomata, porque não sabia o que mais Tuma Júnior estaria disposto a revelar.
            Quando o livro e o hangout de Lobão foram para a Web em 2013, a patrulha chapa branca petista que sempre infestou a Internet com seus posts pagos, decidiu superlotar o Outlook e a seção de Opinião do blog do jornalista Políbio Braga, usando tom inquisitivo a respeito das denúncias feitas pelo Delegado Tuma Júnior contra seu antigo chefe na Polícia Federal, o ex- Governador Tarso Genro.
         “Isto não existe, porque Tuma Júnior não disse nada do que replicas na tua página”, repetiram várias vezes os membros da escória petista da web, replicando o que aprenderam no manual que receberam, referindo-se ao fato de que o ex-Governador nem sabia das contas sujas do PT nas Ilhas Cayman e que por isto não poderia ter sentado em cima das investigações.
          Acontece que ele sentou em cima do que sabia, sim, conforme conta Tuma Júnior no seu livro. O então Ministro da Justiça sentou em cima das investigações da Polícia Federal e não quis a ajuda oferecida pelo governo das Ilhas Cayman.
          A respeito do que conta Tuma Júnior no seu livro, leia a seguir trechos da reportagem da revista Veja, que conversou com o Delegado no início do mês de dezembro de 2013:
        “Eu descobri a conta do mensalão nas Ilhas Cayman mas o governo e a Polícia Federal não quiseram investigar”, afirmou Romeu Tuma Junior, na entrevista a VEJA. “Quando entrei no DRCI (Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional), encontrei engavetado um pedido de cooperação internacional do governo brasileiro às Ilhas Cayman para apurar a existência de uma conta do José Dirceu no Caribe. Nesse pedido, o governo solicitava informações sobre a conta não para investigar o mensalão, mas para provar que o Dirceu tinha sido vítima de calúnia, porque a VEJA tinha publicado uma lista do Daniel Dantas com contas dos petistas no exterior. O que o governo não esperava é que Cayman respondesse confirmando a possibilidade de existência da conta. Quer dizer: a autoridade de Cayman fala que está disposta a cooperar e aí o governo brasileiro recua?”

TUMA JÚNIOR DENUNCIA QUE
TARSO GENRO, EM PESSOA, COMANDOU A ELABORAÇÃO DO DOSSIÊ CONTRA RUTH CARDOSO, A MULHER DE FHC

         Na página 179 do seu livro "Assassinato de Reputação" o Delegado Romeu Tuma Júnior trata do Dossiê Ruth Cardoso:
          - O ministro Tarso Genro, da Justiça, tinha conversado com o ministro Jorge Hage, da CGU. Eles todos queriam trabalhar no laboratório anti-lavagem de dinheiro, os dados do escândalo de cartões corporativos do governo. Hage, Genro e Stopanovski desejavam minha autorização para fazer esse uso específico do laboratório. Eu disse que tudo bem, mas avisei que não toparia vazar nada para a imprensa, como queriam Genro e Hage para desmoralizar FHC e dona Ruth. O laboratório é cientificamente preciso. Se eu programar os computadores para verificar depósitos de R$ 1 feitos por mulheres, em São Paulo, às cinco da tarde, chega nos autores. Foi assim que descobrimos as mulheres que lavaram o dinheiro do PCC”.
             Tuma Júnior, Secretário Nacional da Justiça do então Ministro Tarso Genro, disse que demorou para descobrir que Tarso Genro usava o seu laboratório para fazer um dossiê contra a finada Ruth Cardoso, mulher do Presidente FHC. Queriam fazer e fizeram, usando para isto gente da Controladoria Geral da União.
           No livro, o delegado conta que ouviu do próprio Tarso Genro a assertiva de que fazer dossiê não era crime, e que a Polícia Federal não iria investigar a autoria daquele dossiê contra dona Ruth. Esta posição de Tarso Genro fica bem clara também no livro "Cabo de Guerra", do jornalista, porque nele são descritas cenas escabrosas do uso da Polícia Política do governo Lula contra o governo Yeda Crusius.
           No capítulo da página 179, Tuma Júnior conta toda a história:
          “Quero contar como o governo ia usar o meu sobrenome Tuma e a minha experiência de 35 anos para fazer dossiês contra Fernando Henrique e Ruth Cardoso. Tentaram me usar para lavar um vazamento”.
            Ele revela que o dossiê contra dona Ruth foi pedido em 2008 por Erenice Guerra, sucessora de Dilma Rousseff na Casa Civil. O arquivo foi montado para municiar congressistas aliados do governo na CPI dos Cartões Corporativos, destinada a investigar gastos perdulários do governo Lula.
             Em julho de 2012, a Justiça Federal inocentou Erenice por falta de provas, mas Tuma Júnior jura que foi ela a responsável pelo crime e assume a acusação.

             Na página 180 do livro, Tuma Júnior divulga extenso relatório, inédito, de tudo que foi contrabandeado do laboratório Lab-LD.

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