Balança comercial inspira cuidados


A despeito do bom número relevado em agosto – superávit de US$ 3,28 bilhões, melhor saldo para o mês desde 2017 –, a balança comercial brasileira vive um período que inspira cuidados.

A desaceleração da economia mundial, a lenta arrancada doméstica, os efeitos da guerra tarifária entre China e Estados Unidos e os problemas na Argentina estão sendo sentidos.

Nos primeiros oito meses de 2019, o saldo positivo entre vendas e compras externas somou US$ 31,7 bilhões – queda de 13,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.

Até agosto, as exportações caíram 5,2% pela média diária, e as importações tiveram retração de 2,8% também pelo mesmo critério.

O momento é único para quem observa a cena comercial e seus detalhes. Especialmente agora. O câmbio favorável para quem exporta não tem sido o bastante para compensar todo o conjunto de fatores que influencia o fluxo comercial. 

As exportações para o Mercosul são um bom exemplo. Houve queda de 34%. Esse mergulho foi puxado pela Argentina, que importou 39,7% menos que no mesmo período do ano passado – itens como automóveis, autopeças, veículos de carga e óleos combustíveis.

No ano, o Brasil exportou menos para a América Central e Caribe (-22,8%), União Europeia (-13,6%), África (-1,2%) e Ásia (-0,4%)

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