Artigo, Dagoberto Lima Godoy - Caos com propósito

O autor é advogado, Caxias do Sul, RS.

A má condução econômica pode não ser apenas um erro de gestão, mas  uma estratégia para subverter a ordem constitucional e instalar um regime autoritário. Um dos caminhos mais insidiosos para isso é a dominância fiscal, um fenômeno que ocorre quando o governo prioriza seus próprios gastos acima da estabilidade econômica, levando ao descontrole inflacionário. O governo acumula déficits insustentáveis e recorre ao Banco Central para financiar suas despesas, geralmente por meio da emissão de moeda. Essa prática desvaloriza a moeda, reduz o poder de compra da população e destrói a confiança no sistema econômico. O resultado? Uma espiral inflacionária que desorganiza a economia, criando condições de caos social.

Historicamente, regimes autoritários se aproveitaram de crises econômicas para justificar ações extremas. Na Alemanha dos anos 1920, a hiperinflação abriu caminho para a ascensão do nazismo. Na Venezuela e no Zimbábue, políticas fiscais desastrosas desencadearam colapsos econômicos que fortaleceram líderes autoritários sob o pretexto de "restaurar a ordem".

No Brasil, esse alerta não é irrelevante. A instabilidade econômica, aliada à deslegitimação de instituições democráticas, pode ser usada como justificativa para medidas excepcionais que centralizem o poder, calem a oposição e controlem as massas. Sob o pretexto de combater o caos, controles econômicos rígidos e a supressão de liberdades individuais podem ser impostos.

Evitar essa armadilha exige vigilância institucional e políticas fiscais responsáveis, sendo a autonomia do Banco Central crucial para evitar interferências políticas que sabotem o controle inflacionário. 

Proteger a economia de abusos é proteger a própria democracia. O caos econômico manipulado, pode ser um caminho para a destruição das liberdades que tanto prezamos.


Flores fúnebres

 O decano do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, prestou solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes e sua família, nesta quinta-feira, ao citar suposto plano de golpe que teria sido orquestrado em 2022. Dentre os objetivos da trama, estaria a tentativa de matar Moraes, ministro que, segundo Gilmar, “enche de orgulho a nação brasileira”. 

“Vossa excelência, ministro Alexandre, enche de orgulho a nação brasileira demonstrando ao mesmo tempo ponderação e assertividade na condução dos múltiplos procedimentos adotados para a defesa da democracia em nossa pátria”, afirmou. alertas.

O ministro falou na sessão do encerramento do ano judiciário. Agora é tratar de prolongadas férias.

Gilmar Mendes é um magistrado milionário que não cansa de surpreender por falas e gestos patéticos do mais puro histrionismo.

No dia 23 de março de 2021, ele chorou no pleno do STF, ao relembrar os esforços do então advogado de Lula, Cristiano Zamin, para libertar seu corrupto cliente. Uma cena repugnante sob qualquer ponto de vista, indigna de qualquer magistrado sério, mesmo que fosse da nação mais atrasada da África. Depois disto, o Supremo libertou Lula e o elegeu presidente. Lula, claro, nomeou Zanin ministro do STF.

Esta homenagem a Moraes, surge no mesmo dia em que uma idosa de 76 anos, pensionista militar, Maria Cristina de Araújo Rocha, foi presa, ontem, ao tentar entregar uma coroa de flores fúnebres na casa do presidente nomeado Lula da Silva, que estava ali convalescendo. Maria Cristina estava com um cartaz no qual o ministro Alexandre de Moraes aparece com os chifres do demônio.

É assim que milhões de brasileiros enxergam Moraes e não com as asas de um anjinho, uma virgem lápida raptada pelo centauro.

A coroa de flores fúnebres levada por Maria Cristina foi considerada uma manifestação de que a idosa deseja a morte de Lula.

E é isto mesmo.

Mas não só de Lula. Lula, no caso, era apenas a síntese.. 

O carro de Maria Cristina foi apreendido porque continha cartazes com ameaças ao ministro Alexandre de Moraes.

Há um evidente mal estar da Nação enxovalhada com o Eixo do Mal, cujos protagonistas mais relevantes do momento são evidentemente Moraes e Lula.

Nem idosas escapam da fúria persecutória executada por Moraes, aplaudida e estimulada por Lula.

O inquérito do 8 de Janeiro, cavalgado por Moraes, acaba de ser prorrogado, mesmo 6 anos depois de tocado ilegalmente por ofício. Este inquérito também chamado de Inquérito do Fim do Mundo, não tem data para terminar.

Trata-se de um inquérito flagrantemente inconstitucional, portanto ilegal, implementado e mantido por força de uma ditadura inédita da cúpula do STF, que é no caso a primeira e última instância do Judiciário.

Tudo se assemelha às abomináveis perseguições e execuções de eventos negros da história humana, como foram os casos da Inquisição e dos Processos de Moscou.

O balanço que pode ser feito da repressão comandada por Moraes é de que foram presos 1.430 manifestantes , 243 dos quais no dia 8 e 1.152 no dia 9 e seguintes, dos quais 265 já foram julgados e condenados a penas de até 17 anos de cadeia. 476 fecharam acordos de não persecução penal.

Neste momento, 60 presos políticos estão presos na Papuda e nos Estados, sendo que 300 brasileiros encontram-se exilados na Argentina, na Espanha e nos Estados Unidos.

É isto que azeda as vida dos brasileiros neste final de ano, que demonstram a cada dia que passa uma Nação humilhada, submetida a uma inédita ditadura da toga e que merece com certeza coroas de flores fúnebres como esta que a idosa Maria Cristina tentou entregar ontem ao presidente nomeado Lula da Silva.

É isto.

Terra reage contra Casa do Governo Federal

Paulo Pimenta, ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, anunciou o que considera “mais uma ótima notícia”: o governo federal vai criar uma Casa de Governo no Rio Grande do Sul para coordenar as ações de todos os ministérios na reconstrução do nosso estado. “Compromisso total do presidente Lula  com o Rio Grande”, garante Pimenta.

O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) contesta a fala do ministro:

- Como assim? O Governo Federal vai criar uma Casa de Governo no Rio Grande do Sul!? Para quê ,mesmo? Não sei se o Lula sabe, mas o RS tem um governo eleito para governar o Estado. E é o único previsto pela Constituição

E avisou:

- O que não pode, e ninguém pediu, é o Rio Grande ter outro governo paralelo, comandado pelo Lula . É mais uma tentativa de intervenção no Estado, que terá o mesmo resultado do tal de Ministério Extraordinário, aquela fracassada tentativa intervencionista, que o próprio Lula houve por bem encerrar. Ou será que é mais um esforço para dar emprego aos companheiros petistas para fazer campanha política e aumentar o gasto público federal , justo no momento em que o déficit público ameaça quebrar o Brasil? – conclui o deputado. 


Real

 O real caminha para fechar o ano como a moeda que mais se desvalorizou frente ao dólar em 2024, conforme levantamento realizado pela consultoria Elos Ayta.A base de comparação para o ranking é constituída pelas 20 principais moedas do mundo.

Até ontem, na quarta, 18, quando o dólar fechou em nova alta recorde, a 6,26 reais, a desvalorização chegou a 24,30%.

Eis o ranking de valorização das moedas perante o dólar:

Real (-21%)

Peso Mexicano (-16%);

Lira turca (-16%);

Rublo (-15%);

Won sul-coreano (-10%);

Coroa norueguesa (-9%);

Dólar neozelandês (-9%);

Iene (-8%);

Dólar canadense (-8%);

Coroa sueca (-8%);

Dólar australiano (-7%);

Franco suíço (-6%);

Euro (-5%);

Coroa dinamarquesa (-5%);

Iuan (-3%);

Dólar de Singapura (-2%);

Rúpia (-2%);

Libra esterlina (0)

Dólar de Hong Kong (+0,6%);

Rand sul-africano (1%).

Sancionada lei que cria primeiro polo de tecnologia de data centers do Brasil

Segundo o protocolo de intenções assinado em novembro entre o governo do Estado, a prefeitura de Eldorado do Sul e a Scala, além do investimento e da instalação do complexo, a empresa promoverá treinamento e capacitação de mão de obra, dando preferência à contratação direta e indireta de empresas estabelecidas no município ou em outras cidades do Estado (desde que em condições compatíveis com as de mercado).

 O governo estadual gaúcho e a prefeitura de Eldorado do Sul assinaram, nesta quarta-feira, ato que sancionou a lei de criação do primeiro polo de tecnologia de data centers do país, viabilizando a construção da Scala AI City, empreendimento voltado ao processamento de dados de inteligência artificial da Scala Data Centers no município. 

A reportagem toda é da Secom, governo do RS. Leia mais:

Com investimento inicial de R$ 3 bilhões e previsão de gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos, o polo de Eldorado será o maior da América Latina.

A Lei Municipal 5.949/2024 foi aprovada em 3 de dezembro e amplia o perímetro urbano para incluir a área destinada à construção da nova infraestrutura digital, além de simplificar os trâmites burocráticos, criando um ambiente mais propício para a instalação de data centers.

Uma apresentação detalhada do projeto foi feita pelo vice-presidente sênior da Scala Data Centers, Luciano Fialho, ressaltando a presença internacional da empresa. Ele também falou sobre a visibilidade nacional deste projeto, em razão da sua grandiosidade, que coloca o Rio Grande do Sul como centro de referência em infraestrutura digital. “A Scala AI City é muito mais do que um investimento em tecnologia. É um exemplo de como a inovação pode transformar vidas gerando empregos, capacitando mão de obra local e promovendo práticas sustentáveis”, disse Fialho.

Protocolo de intenções

No dia 11 de setembro, o governo do Estado e a Scala Data Centers assinaram protocolo de intenções para viabilizar a construção de uma “cidade de data centers”, com investimento inicial de cerca de R$ 3 bilhões. A Scala AI City será a primeira cidade de data centers da América Latina, elaborada para atender às crescentes demandas de processamento de dados e cargas de trabalho de inteligência artificial de grandes empresas globais.

A estrutura está sendo projetada para ser um polo estratégico de inovação e sustentabilidade, com a implementação de práticas de economia circular e o uso de 100% de energia renovável e certificada. Além disso, serão firmadas parcerias educacionais e capacitação de mão de obra local.

Eldorado do Sul foi escolhida por conta de sua disponibilidade de energia elétrica e espaço para expansão, além da conexão estratégica com o data center SPOAPA01 da Scala, localizado em Porto Alegre, que conta com infraestrutura de conectividade de baixa latência e posição privilegiada para integração com grandes hubs globais. A futura conexão com o cabo submarino Malbec – que liga São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires e tem previsão de passagem pela capital gaúcha – garante vantagem competitiva.

O projeto prevê geração de mais de 3 mil empregos diretos e indiretos durante sua primeira fase, além de movimentar um vasto ecossistema envolvendo setores como energia, construção civil, telecomunicações, entre outros, com criação de mais postos de trabalho que impulsionarão o desenvolvimento econômico da região.


Investidores perderam confiança na capacidade do governo Lula de conter crise fiscal, diz Bloomberg

A agência de notícias americana Bloomberg publicou nesta quarta-feira um longo artigo onde explica as razões da desvalorização do real frente ao dólar e da queda da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Investidores perderam confiança na capacidade do governo Lula de conter crise fiscal, diz Bloomberg

“Primeiro foi um colapso na moeda. Agora, o resto dos mercados financeiros do Brasil estão na mira, pois os investidores perdem a fé na capacidade do governo de conter uma crise fiscal cada vez mais profunda” explicou a Bloomberg.

Segundo a agência, “analistas do mercado consideram as medidas extraordinárias adotadas na terça-feira pelo Banco Central para conter a queda da moeda pouco mais do que uma solução temporária, e alertam que as ações dos legisladores pra desidratar um pacote de austeridade de alto perfil provavelmente só aumentarão a turbulência dos mercados”.

A matéria da Bloomberg salienta também que muitos investidores estão acumulando papéis de hedges contra um possível calote da dívida soberana brasileira.

Investidores cada vez mais céticos 

“A debandada crescente mostra como os investidores estão cada vez mais céticos de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteja falando sério sobre conter um déficit fiscal crescente. O Brasil está com um déficit orçamentário anual de 10% — muito maior do que os vistos durante a primeira administração do presidente esquerdista. Sua recente cirurgia cerebral de emergência ocorreu no pior momento possível, complicando ainda mais os esforços para sustentar as contas públicas”, continua a matéria.

O real foi a moeda que registrou o pior desempenho no mundo nos últimos dias, alcançando uma queda de 21% somente neste ano em relação ao dólar.

O Ibovespa, por sua vez, caiu 3,8% no período.

À medida que o real perdia força ao longo desta semana, estrategistas do mercado financeiro se apressaram em abandonar apostas otimistas nos ativos brasileiros.

Por exemplo, os analistas do banco americano JPMorgan abandonaram sua visão positiva sobre a dívida em dólar do Brasil, enquanto o Credit Agricole SA saiu de sua posição tática overweight no real.

Os analistas estariam esperando uma taxa básica de juros (Selic) que alcance um pico de 16,25% ao ano em 2025. Algo que aumentaria o ônus do custo de juros do governo e ampliaria ainda mais o déficit.

Para muitos investidores, o risco de dominância fiscal, em que a política monetária se torna ineficaz, está começando a surgir no panorama econômico brasileiro.

 A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, com 48 votos favoráveis e dois contrários, nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei nº 547/2023, intitulado Acordo Gaúcho, de autoria do deputado estadual Marcus Vinícius (Progressistas). A proposta cria um programa de transação tributária que oferece condições especiais para a regularização de dívidas tributárias de empresas e pessoas físicas. Com a iniciativa, o parlamentar projeta a recuperação de até R$ 18 bilhões nos próximos anos para os cofres do Estado, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento econômico no Rio Grande do Sul.


Condições diferenciadas para adesão


O Acordo Gaúcho oferece descontos e prazos de parcelamento de acordo com o perfil do contribuinte. Para pequenas empresas e pessoas físicas, os abatimentos podem chegar a 70% do valor total da dívida, com parcelamentos em até 145 meses. Para grandes empresas, os descontos chegam a 65%, com a possibilidade de pagamento em até 120 parcelas. Dívidas menores, como até R$ 25 mil de ICMS e R$ 12 mil de outros tributos, terão abatimentos de até 50%, com parcelamento em até 60 vezes.


De acordo com Marcus Vinícius, a medida busca tornar viável a quitação de débitos para milhares de contribuintes que enfrentam dificuldades financeiras. “Estamos oferecendo uma oportunidade concreta para empresas e famílias regularizarem suas dívidas, ao mesmo tempo em que destravamos recursos importantes que estavam parados há anos. É um programa que promove justiça fiscal e dá fôlego para a retomada do desenvolvimento econômico”, explicou o parlamentar.


Impacto econômico esperado


O Acordo Gaúcho se inspira em programas bem-sucedidos já implementados em outros estados, como São Paulo, que conseguiu negociar mais de R$ 44 bilhões em dívidas e arrecadar R$ 3,3 bilhões em apenas nove meses.


No Rio Grande do Sul, a dívida ativa do Estado soma aproximadamente R$ 56 bilhões, dos quais R$ 40 bilhões estão em discussão judicial. Com a aprovação do programa, a expectativa é de que R$ 500 milhões possam ser recuperados já no primeiro ano de vigência


Durante a votação, Marcus Vinícius reforçou que a medida tem o potencial de impulsionar a economia do Estado e dar uma nova oportunidade a empresas afetadas por crises financeiras. “Esse programa não é apenas uma ferramenta de arrecadação. Ele representa uma chance real de recuperação financeira para milhares de empresas, principalmente para aquelas que sofreram com as crises econômicas e as enchentes recentes no Estado. Ao renegociar suas dívidas, essas empresas poderão retomar suas atividades, manter empregos e contribuir para o crescimento do Rio Grande do Sul”, afirmou.


O deputado também apresentou uma emenda específica para contemplar empresas diretamente atingidas pelas enchentes que ocorreram nos últimos meses. Segundo ele, essa medida é essencial para que os setores mais afetados possam se reerguer. “As enchentes trouxeram prejuízos enormes para muitas regiões do Estado. Com essa emenda, estamos oferecendo uma solução concreta para que esses empreendedores possam renegociar suas dívidas de forma diferenciada e continuar gerando emprego e renda”, complementou.


Segundo o deputado, a medida é considerada fundamental para o equilíbrio fiscal do Rio Grande do Sul, permitindo a redução do estoque de dívidas acumuladas ao longo dos anos e contribuindo para a recuperação das finanças públicas do Estado. “Hoje, o Rio Grande do Sul tem bilhões de reais parados em dívidas ativas, muitos desses recursos praticamente perdidos. Com esse programa, conseguimos transformar um problema em solução, trazendo recursos de volta para os cofres públicos e dando a oportunidade de regularização a quem deseja quitar seus débitos”, finalizou o parlamentar

Aprovado Acordo Gaúcho

  A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou, com 48 votos favoráveis e dois contrários, nesta terça-feira (17), o Projeto de Lei nº 547/2023, intitulado Acordo Gaúcho, de autoria do deputado estadual Marcus Vinícius (Progressistas). A proposta cria um programa de transação tributária que oferece condições especiais para a regularização de dívidas tributárias de empresas e pessoas físicas. Com a iniciativa, o parlamentar projeta a recuperação de até R$ 18 bilhões nos próximos anos para os cofres do Estado, contribuindo para o equilíbrio das contas públicas e a retomada do crescimento econômico no Rio Grande do Sul.


Condições diferenciadas para adesão


O Acordo Gaúcho oferece descontos e prazos de parcelamento de acordo com o perfil do contribuinte. Para pequenas empresas e pessoas físicas, os abatimentos podem chegar a 70% do valor total da dívida, com parcelamentos em até 145 meses. Para grandes empresas, os descontos chegam a 65%, com a possibilidade de pagamento em até 120 parcelas. Dívidas menores, como até R$ 25 mil de ICMS e R$ 12 mil de outros tributos, terão abatimentos de até 50%, com parcelamento em até 60 vezes.


De acordo com Marcus Vinícius, a medida busca tornar viável a quitação de débitos para milhares de contribuintes que enfrentam dificuldades financeiras. “Estamos oferecendo uma oportunidade concreta para empresas e famílias regularizarem suas dívidas, ao mesmo tempo em que destravamos recursos importantes que estavam parados há anos. É um programa que promove justiça fiscal e dá fôlego para a retomada do desenvolvimento econômico”, explicou o parlamentar.


Impacto econômico esperado

O Acordo Gaúcho se inspira em programas bem-sucedidos já implementados em outros estados, como São Paulo, que conseguiu negociar mais de R$ 44 bilhões em dívidas e arrecadar R$ 3,3 bilhões em apenas nove meses.


No Rio Grande do Sul, a dívida ativa do Estado soma aproximadamente R$ 56 bilhões, dos quais R$ 40 bilhões estão em discussão judicial. Com a aprovação do programa, a expectativa é de que R$ 500 milhões possam ser recuperados já no primeiro ano de vigência


Durante a votação, Marcus Vinícius reforçou que a medida tem o potencial de impulsionar a economia do Estado e dar uma nova oportunidade a empresas afetadas por crises financeiras. “Esse programa não é apenas uma ferramenta de arrecadação. Ele representa uma chance real de recuperação financeira para milhares de empresas, principalmente para aquelas que sofreram com as crises econômicas e as enchentes recentes no Estado. Ao renegociar suas dívidas, essas empresas poderão retomar suas atividades, manter empregos e contribuir para o crescimento do Rio Grande do Sul”, afirmou.


O deputado também apresentou uma emenda específica para contemplar empresas diretamente atingidas pelas enchentes que ocorreram nos últimos meses. Segundo ele, essa medida é essencial para que os setores mais afetados possam se reerguer. “As enchentes trouxeram prejuízos enormes para muitas regiões do Estado. Com essa emenda, estamos oferecendo uma solução concreta para que esses empreendedores possam renegociar suas dívidas de forma diferenciada e continuar gerando emprego e renda”, complementou.


Segundo o deputado, a medida é considerada fundamental para o equilíbrio fiscal do Rio Grande do Sul, permitindo a redução do estoque de dívidas acumuladas ao longo dos anos e contribuindo para a recuperação das finanças públicas do Estado. “Hoje, o Rio Grande do Sul tem bilhões de reais parados em dívidas ativas, muitos desses recursos praticamente perdidos. Com esse programa, conseguimos transformar um problema em solução, trazendo recursos de volta para os cofres públicos e dando a oportunidade de regularização a quem deseja quitar seus débitos”, finalizou o parlamentar

STF retoma julgamento sobre censura na internet

O Supremo Tribunal Federal retoma nesta quarta-feira  o julgamento sobre a responsabilização civil das redes sociais pelos conteúdos postados pelos usuários. Até o momento, o placar do caso é de 2 votos a 0 pela responsabilização das plataformas.

O julgamento começou no dia 27 de novembro e se estende por seis sessões consecutivas. Na sessão de hoje, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, vai ler seu voto sobre a questão.

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

De acordo com o Artigo 19, "com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura", as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

O material acima é da Agência Brasil de hoje. Leia toda a reportagem, que o editor recomenda:

Os ministros Dias Toffoli e Luiz Fux já votaram a favor da responsabilização. De acordo com os ministros, as plataformas devem retirar, após notificação extrajudicial, conteúdos considerados ilegais, como mensagens com ataques à democracia, incitação à violência, racismo, entre outras.

Se o entendimento prevalecer, as redes sociais deverão retirar os conteúdos após serem notificadas diretamente pelos citados nas postagens, ou seja, sem aguardar uma decisão da Justiça.

Faltam os votos de nove ministros. A expectativa é de que o julgamento não seja concluído neste ano. Devido ao período de recesso, que começa em 20 de dezembro, o julgamento deve ser retomado em 2025.

Nas primeiras sessões do julgamento, representantes das redes sociais defenderam a manutenção da responsabilidade somente após o descumprimento de decisão judicial, como ocorre atualmente. As redes socais sustentaram que já realizam a retirada de conteúdos ilegais de forma extrajudicial e que o eventual monitoramento prévio configuraria censura.

Entenda

O plenário do STF julga dois processos que discutem a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet.

Na ação relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.

No processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google. 

Braga Neto vai delatar ?

 O ministro da Defesa, José Múcio, que tem sido um verdadeiro algodão entre cristais no caso dos evidentes malestares que opõem os militares ao governo nomeado + seus aliados do STF, que neste caso inclui a PF e a PGR, viajou de Brasília para São Paulo, hoje, para falar com o prsidente nomeado Lula da Silva.

Com que objetivo ?

Para falar sobre a prisão do general 4 estrelas Braga Neto, ex-ministro da Defesa e ex-ministro da Casa Civil. É a primeira vez que um general 4 estrelas é preso no Brasil, e logo por ordem de um civil, no caso o ministro Alexandre de Moraes.

Uma prisão política, sem dúvida. No caso uma prisão que no dizer do senador e general Hamilton Mourão é decorrente de uma intriga constante, soez e criminosa, cuja única inten~]apo é macular as Forças Armadas, e em particular o Exército.

No contundente discurso que fez no Senado para defender Braga Neto, preso incomunicável, Mourão diz que o objetivo das vivandeiras dos quartéis é dividir os militares.

Voltando à vaca fria da visita do ministro da Defesa, José Múcio, ao presidente nomeado Lula da Silva.

Ora, se o ministro foi chamado a São Paulo, é porque o presidente nomeado Lula da Silva percebeu que a prisão do general 4 estrelas Braga Neto pode pegar fogo. Na entrevista que concedeu depois da reunião, José Múcio não foi tão longe, e nem poderia, mas deixou claro que a coisa passou do ponto e que há inquietação, incômodo e revolta na caserna.

"Exército, Marinha e Aeronáutica estão constrangidos", disse o ministro.

É para dizer o mínimo.

Esta tarde, a PFdisse que começou a periciar os celulares do general Braga Neto, preso incomunicável, certamente em outra das suas fishing expedition, ou seja, de fazer pescaria para encontrar pelo em cabeça de ovo, visando construir narrativas e atingir outras pessoas, forçando o general a se explicar e até a delatar.

Vão quebrar a cara, segundo o senador Hamilton Mourão, porque, disse hoje o senador, Braga Neto é um "Soldado, encanecido no serviço da Pátria, a quem não está sendo concedido o desenrolar do devido processo legal e que antes de qualquer sentença pronunciada está afastado do convívio familiar, como se fosse um perigoso meliante, capaz de atentar contra a ordem pública ou evadir-se do País. Braga 

E avisou ? "Netto não é um covarde.

Que assim seja.

Até agora, o úinico preso político de importância que se qacovardou e continua se aqdovardando é o tenente-coronel Mauro Cid, que já fez delação premiada e a todo momento deda mais alguém. Aliás, o general Braga Neto foi preso  depois que Moraes botou a mão em postagens de WhatsApp que Mauro Cid e seu pai, o geeneral .... entrgaram para o ministro.

Lula da Silva, seua aliados do STF, da PGR e do presidente do Senado, como seus instrumentos PF e mídia tradicional - aliás, todo o Eixo do Mal - estão cutucando a onça com vara curta.

Podem crer.

Isto não vai acabar bem.

Até lá, é de se perguntar como Cícero perguntou ao senador Catalina no Senado de Roma:

- Até quando abusarás da nossa paciência Alexandre de Moraes ?


Senador Mourão, que é general, denunciou STF pela prisão de Braga Neto: "É peça de intriga soez para macular o Exército"

O senador general Hamilton Mourão Mourão, usou a tribuna do Senado, hoje, para denunciar de modo contundente o que chamou de "abusos e desmandos do STF, que atacam os princípios do Estado Democrático de Direito". O que disse o senador:

O Estado de Direito, no Brasil, está em franca degeneração, pois vivemos sob a égide da "Ditadura da Toga".

O senador Mourão, que é general, denunciou com veemência incomum os ataques aos militares e contra as Forças Armadas, que segundo ele  "ocorrem de maneira orquestrada", mas advertiu:

O senador está particularmente contrariado contra a prisão do general Braga Netto, que considerou "indecorosa":

- Temos também a indecorosa prisão do Gen Braga Netto, um velho Soldado, encanecido no serviço da Pátria, a quem não está sendo concedido o desenrolar do devido processo legal e que antes de qualquer sentença pronunciada está afastado do convívio familiar, como se fosse um perigoso meliante, capaz de atentar contra a ordem pública ou evadir-se do País. Braga Netto não é um covarde e enfrentará de cabeça erguida o seu encontro com a verdadeira Justiça, pois ela há de triunfar.

Isto tudo, segundo Mourão, integram o que ele chama de  uma intriga constante, soez e criminosa, cuja única intenção é macular as Forças Armadas e, em particular o Exército, dividindo a ativa da reserva, atirando uns contra os outros, cindindo militares e civis.


Lula libera dinheiro das emendas parlamentares

 O governo do presidente nomeado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ignorou as decisões do ministro Flávio Dino, STF, com quem joga de mão neste caso, e tratou de pagar R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares em apenas dois dias para tentar comprar o apoio parlamentar e aprovar o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional.

A informação é do Infomoney de hoje. Leia todo o texto:

Com o repasse, o governo espera votar ainda nesta semana pelo menos dois projetos que envolvem o pacote fiscal e que reduzem o ganho do salário mínimo, mudam as regras de acesso ao Bolsa Família e ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e acionam gatilhos do arcabouço fiscal para contenção de despesas.

O pacote ainda tem uma terceira proposta, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que mexe no abono salarial, no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) e na regra que obriga o governo a executar o Orçamento aprovado pelo Congresso. Esta deve ficar para 2025, de acordo com as negociações atuais.

O Executivo também espera votar nesta semana a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que autoriza o governo a gastar cada centavo do caixa da União, e a Lei Orçamentária Anual (LOA), que determina para onde vai o dinheiro. O Congresso, no entanto, pressiona o Palácio do Planalto e quer mais. A Comissão Mista de Orçamento (CMO) pautou a análise da LDO para esta terça-feira, 17. Ainda há dúvidas, porém, sobre a votação da LOA.

Impositivas

As emendas pagas pelo governo foram liberadas na quinta-feira, 12, e na sexta-feira, 13. Os recursos contemplam emendas individuais (indicadas por cada deputado e senador no Orçamento para seus redutos eleitorais) e emendas de bancada (que contemplam o conjunto de parlamentares de cada Estado). Essas emendas são impositivas, ou seja, o governo é obrigado a liberar conforme a indicação dos congressistas.

Dentro do bolo, estão R$ 3,2 bilhões em emendas Pix, mecanismo revelado pelo Estadão, que consiste em transferências para Estados e municípios de uso livre e de difícil fiscalização. O Supremo exigiu que haja transparência a partir de agora, mas abriu uma exceção para os pagamentos de 2024. Na prática, o dinheiro caiu sem que a sociedade saiba exatamente o que vai ser feito com a verba.

No Congresso, contudo, o clima ainda é de desconfiança. O pagamento das emendas abre caminho para votação do pacote nesta semana, mas os parlamentares querem mais. O governo Lula ainda não efetuou o pagamento das emendas de comissão, herdeiras de orçamento secreto, revelado pelo Estadão, com exceção de alguns projetos específicos que já estavam em andamento e que não foram travados pelo STF.

HUB Aeronáutico de Eldorado do Suil

 Será amanhã, 11h30, no Aeroclube de Eldorado do Sul, RS,  o lançamento do HUB Aeronáutico Aero Eldorado. 

O empreendimento está a cargo de um consórcio de empresas gauchas,  num investimento total de R$ 500 milhões

Na primeira fase, em 2025, ocorrerá a pavimentação asfáltica da atual pista de saibro do aeroclube, de 1.600 metros de extensão e 30m de largura e sinalização noturna, bem como a construção de 6.000 m2 de hangares e  posto de abastecimento de combustíveis terra/ar. Ao final, o HUB Aeronáutico contará com 120.000m2 de galpões logísticos, 27 mil m2 de hangares, hotel com 120 habitações, mall com 3.500 m2 de Área Bruta Locavel - ABL, sendo mantida e incrementada a escola de aviação. Quando em operação o HUB vai gerar entre 1.000 e 1.500 empregos diretos, sendo criados 1.500 postos de trabalho diretos e mais 6.000 indiretos na fase de construção. Os empreendedores destacam a localização estratégica do projeto, próximo do Scala Data Center e a rodovias fundamentais do sistema logístico (BR-116, BR-290, BR- 101, BR-448, BR-470/RS e RS-401). Com acesso ao Norte, Sul, Leste e Oeste do Estado, do País e a países vizinhos. O consórcio é integrado pela RGS Engenharia, Construtora Pelotense, Ribas Splettstosser Arquitetura, IG Consultoria, Carvalho Netto Consultoria Empresarial e Fernando Manuel de Oliveira Estratégia e Desenvolvimento de Negócios. O lançamento do HUB é a assinatura do contrato com o Aeroclube contarão com as presenças do vice-governador Gabriel Souza , do Secretário de Desenvolvimento do RS Ernani Polo e de outras autoridades.

Artigo, Marcus Vinícius Gravina - Jornalismo – Código de ética conspurcado

A pauta da edição de 16 de dezembro da ZH foi de uma perfeita combinação de parcialidade explicita – pau no general Braga Netto.  

Aconteceu também na mídia irmã nacional, sustentada por escandalosa verba publicitária do governo federal e de suas estatais.  Sem falar em prováveis anistias fiscais da bondosa Receita Federal, de suas empresas concessionárias do serviço público de televisão. É só lembrar do episódio da renovação do contrato da TV Globo, mantida  em silêncio “ensurdecedor”. 

A página 18, com a Opinião da RBS foi a senha. O jornalista Rodrigo Lopes no Informe Especial deu sequência: “O cerco está se fechando, por pouco não foi eleito vice-presidente da República na chapa de Jair Bolsonaro em 2022.”

Foi além da simples informação como uma obrigação social com a verdade no relato dos fatos ao divulgar o envolvimento do general Braga Netto, com um suposto “plano para matar o então eleito Lula, seu vice, Geraldo Alckimin e o ministro do supremo, Alexandre de Moraes”. 

Empolgado pelo incentivo da Opinião da RBS, ou diretriz, assumiu o papel de julgador do inquérito da Polícia Federal. 

Sem respeitar o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que impõe a presunção da inocência como um dos fundamentos da atividade jornalística, foi logo chamando de traidor o general perseguido da vez - “Braga Netto,  envergonha a caserna ao se tornar o primeiro general quatro estrelas preso na redemocratização e porque traiu colegas de farda que se opuseram ao plano, o general Freire Gomes e o Brigadeiro Baptista Junior”. 

Foi além, ao instigar mais prisões. Vejam o que este jornalista disse, que haverá mais: “tudo indica para ex-titulares da Secretaria-Geral do Presidente e para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). 

No embalo do time da ZH, em sua influete coluna - que apreciei muito no passado – talvez sem ter lido o art.9º, do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que fixou como principio a presunção de inocência, não esperou que o general e outros do inquérito da Polícia Federal fossem tornados réus.  Logo  sentenciou a jornalista Rosane de Oliveira: “Braga Netto desonra o Exército com trama golpista. Braga Netto envergonha o Exército Brasileiro. Deixou suas digitais em vários capítulos da fracassada trama golpista que tentou impedir a posse do presidente eleito”.

“O general Freire Gomes, foi o primeiro a dizer não à trama golpista na alta cúpula das Forças Armadas. O Outro foi o comandante da Aeronáutica Baptista Junior. Só o chefe da Marinha, Almir Garnier ficou ao lado dos golpistas”. Declaração gravíssima. Por muito menos muitos foram presos, usam tornozeleiras ou tiveram seus bens sequestrados. O Ministério ficará calado. 

Esta foi uma reunião de comandantes das FFAA convocada pelo presidente Bolsonaro, para consulta de fazer valer ou não, um ato constitucional de Defesa da Lei e da Ordem, (art, 142, CF) em virtude da explosiva inconformidade, revolta popular face à negativa da auditoria das urnas eletrônicas com suspeitas de fraude na apuração dos votos. Isso não é crime. Não passou de uma cogitação. 

O que a esquerda chama de golpe é um artigo da Constituição Federal, que em situações anormais, de desordem pública, aciona tal dispositivo de lei meddiante iniciativa do presidente da República. 

Com a negativa de dois oficiais superiores presentes na reunião do Palácio do Governo, nada mais aconteceu. Deu-se a posse do Lula. A reunião com os chefes militares que estiveram presentes não pode ser acoimada de golpe. 

O golpe foi outro, do qual o general Braga Netto e o Bolsonaro suspeita-se por serem vítimas  na perda da eleição na contagem dos votos e que ministros do STF não admitem que se fale das suspeitas de irregularidades eleitorais. 

No mesmo diapasão a jornalista Kelly Matos, em sua coluna – Opinião. 

Muito infeliz e apelativa ao pretender associar o caso do crime cometido contra o deputado federal Rubens Paiva em 1971, que será lembrado por muitas gerações, ao nome de Braga Netto, assim como as mortes causadas por prisões de inocentes no campo de concentração da Papuda em Brasília em 9 de janeiro. 

Haverá logo outro filme contando a verdade sobre cilada do quebra-quebra instigado por políticos palacianos e a odiosa perfídia de um general do Exército, tido por herói pelos adeptos do regime de exceção, da ditadura.

Diante da existência de jornalistas convertidos em juízes de notável saber jurídico, pode-se propor a extinção do Superior Tribunal Militar, que não passa de um “Belo Antônio” (filme ítalo-francês de 1960, sobre um falso garanhão), de algumas fardas engalanadas.  

Enquanto isto, seremos distraídos pelas festas de fim de ano, férias de verão, recesso do Congresso Nacional e o carnaval.

Não se falará mais em:

Lava Jato, da suspeitíssima fraude nas eleições de 2022,  atentado à faca contra o Bolsonaro, ação dos Auditores Fiscais da Receita Federal sobre a fiscalização de dois ministros do STF, impedidos de cumprirem suas obrigações funcionais, da falta da declaração de bens no momento da posse dos ministros do STF, da anulação de decisões da Lava Jato e consequente devolução do dinheiro aos ladrões confessos, das urnas eletrônicas com comprovante dos votos ou de quem possa informar os detalhes do processo de renovação do contrato de concessão da TV Globo e do impeachment de ministros do STF. 

Caxias do Sul, 17,12,2024

  

Assembleia do RS concluirá, hoje, votação do pacote de 24 projetos do Poder Executivo

 Na última semana antes do recesso parlamentar, o plenário da Assembleia Legislativa deve concluir a apreciação do pacote de projetos do Poder Executivo. Estão previstas duas sessões deliberativas na terça-feira: uma extraordinária, a partir das 10h, e a ordinária, a partir das 14h.

 Ainda restam dez proposições do governo para serem deliberadas e todas elas trancam a pauta de votações por terem sido encaminhadas em regime de urgência. Na última terça-feira (10), também em duas sessões deliberativas, os parlamentares aprovaram 24 projetos do pacote: na sessão extraordinária da manhã, foram 13 matérias aprovadas e, na sessão ordinária da tarde, outras 11. O projeto que trata do reajuste do piso regional, que também fazia parte do pacote, já havia sido aprovado na sessão de 3 de dezembro.

 Além das proposições do Executivo, também constam na Ordem do Dia da sessão dois projetos de origem parlamentar, que não foram votados na última terça-feira por falta de quórum, e um da Defensoria Pública, incluído na pauta de votações por acordo de líderes.

 Antes da sessão extraordinária da manhã, às 9h30, haverá reunião do colégio de líderes. Os deputados poderão discutir e alterar a ordem de votação, além de, eventualmente, incluir outros projetos para serem apreciados nas duas últimas sessões deliberativas do ano legislativo.

 Confira as matérias que constam na Ordem do Dia das sessões desta terça-feira (17):

PLC 332 2024, do Poder Executivo, que institui a Política Estadual de Proteção e Defesa Civil - PEPDEC, dispõe sobre o Sistema Estadual de Proteção e Defesa Civil - SIEPDEC, e dá outras providências. Prazo fatal em 11/12

PL 362 2024, do Poder Executivo, que autoriza o Poder Executivo a destinar e utilizar recursos do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal – FPE para constituir mecanismos de garantia de pagamento de obrigações pecuniárias assumidas pelo Estado do Rio Grande do Sul em virtude de contratos de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Prazo fatal em 12/12

PL 363 2024, do Poder Executivo, que altera a Lei nº 14.791, de 15 de dezembro de 2015, que dispõe sobre o Fundo para Reconstituição de Bens Lesados – FRBL. Prazo fatal em 12/12

PL 364 2024, do Poder Executivo, que dispõe sobre a instalação de tomadas e pontos de energia em estabelecimentos prisionais do Estado. Prazo fatal em 12/12

PL 365 2024, do Poder Executivo, que dispõe sobre as atribuições e a estrutura da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul - Agergs e dá outras providências. Prazo fatal em 12/12

PL 366 2024, do Poder Executivo, que altera a Lei nº 15.108, de 11 de janeiro de 2018, que dispõe sobre o Programa “Mais Efetivo” e dá outras providências. Prazo fatal em 12/12

PL 367 2024, do Poder Executivo, que altera a Lei nº 15.109, de 11 de janeiro de 2018, que cria o Programa de Policiais Civis Aposentados para prestação de tarefa por tempo determinado e dá outras providências. Prazo fatal em 12/12

PL 368 2024, do Poder Executivo, que altera a Lei nº 8.821, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doação, de quaisquer bens ou direitos, e a Lei nº 12.200, de 29 de dezembro de 2004, que cria o Fundo de Modernização e Reaparelhamento da Secretaria da Fazenda do Estado do Rio Grande do Sul - FUNSEFAZ/RS, e dá outras providências. Prazo fatal em 12/12

PL 369 2024, do Poder Executivo, que dispõe sobre o subsídio mensal dos Procuradores do Estado do Rio Grande do Sul. Prazo fatal em 12/12

PL 370 2024, do Poder Executivo, que altera a Lei nº 16.165, de 31 de julho de 2024, que reorganiza os quadros, as carreiras e reajusta as remunerações dos servidores públicos do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, institui o Quadro das Carreiras Transversais de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul e cria as carreiras de Analista de Políticas Públicas e Gestão Governamental, de Especialista em Infraestrutura, de Especialista em Tecnologia da Informação e Comunicação, de Fiscal, de Pesquisador e de Médico; institui o Quadro das Carreiras Transversais de Nível Técnico e de Nível Médio do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul e cria as carreiras de Técnico de Políticas Públicas e Gestão Governamental, de Assistente de Políticas Públicas e Gestão Governamental e de Guarda Parque; institui o Quadro das Carreiras da Saúde e cria as carreiras de Analista em Saúde e de Técnico em Saúde; cria a Carreira de Analista de Planejamento e Orçamento; institui o Quadro de Apoio Escolar e cria as carreiras de Técnico Educacional, de Assistente Educacional e de Auxiliar Educacional; cria as Carreiras de Analista e de Técnico no Quadro dos Serviços Auxiliares da Procuradoria-Geral do Estado e dá outras providências, e a Lei nº 15.790, de 29 de dezembro de 2021, que extingue o Quadro de Pessoal da Superintendência do Porto do Rio Grande – SUPRG – de que trata a Lei nº 13.602, de 3 de janeiro de 2011, e dá outras providências. Prazo fatal em 12/12

PL 547 2023, do deputado Marcus Vinícius (PP), que autoriza a realização de transação tributária nas hipóteses que especifica, dispõe sobre a cobrança da dívida, instituindo o Programa “Acordo Gaúcho”, e dá providências correlatas.

PL 192 2023, do deputado Miguel Rossetto (PT), que altera a Lei n.º 8.821, de 27 de janeiro de 1989, que institui o Imposto sobre a Transmissão, ”Causa Mortis” e Doação, de quaisquer bens ou direitos.

PL 291 2024, da Defensoria Pública, que dispõe sobre a criação de Cargos de Servidores constantes do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares e do Quadro de Cargos em Comissão e Funções Gratificadas da Defensoria Pública do Estado, e dá outras providências.

Acompanhe as sessões

As duas sessões deliberativas desta terça-feira (17) serão transmitidas, ao vivo, a partir das 10h e das 14h, pela TVAL (canal aberto 11.2, canal 16 da Net/Claro, portal e YouTube); pela Rádio AL e pelo Facebook. Também é possível acompanhar o andamento da sessão pelo Twitter.

 



Livro 16/12/2024

Livro 16/12/2024

Atualizações/
26/09/20245
Anterior: Livro 11/9/24
Anterior: Livro 26/09/2024

Capítulo I
(examinar outro título mais impactante) 

 

Promotor Luciano Vaccaro
Gabriel, o que o senhor sabe sobre esses fatos que estão sendo imputados ao Jornalista Polibio Braga.

Gabriel Galli Arévalo, funcionário do gabinete da Deputada Federal do PSOL, Fernanda Melchionna, e representante da ONG Somos, testemunha do Promotor e um dos autores do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia.
Olha, eu sei que no dia 18 de maio de 2021, o jornalista Políbio Braga fez uma publicação no blog dele registrando a iluminação que o Palácio, que o Governo do Estado realizou no palácio Piratini, né, em relação à alusão a um dia de combate à LGBTfobia. Essa é uma data bastante importante para o movimento LGBT porque marca a saída da caracterização da homossexualidade como uma doença dos registros da Organização Mundial da Saúde. E, nesse texto opinativo que o senhor Políbio realizou nesse blog, ele utilizou uma serie de termos que, na minha compreensão e da organização a que eu faço parte, ONG Somos, que trabalha há 20 anos na defesa e na luta por direitos humanos, tem uma conotação LGBTfóbica. E essas conotações, elas aparecem de forma, na nossa interpretação, propositalmente camufladas, mas que ficam evidentes o teor homofóbico quando faz uma serie de brincadeiras de certa forma com a própria homossexualidade do governador do Estado de cunho vexatório e também quando relaciona a homossexualidade com outras práticas sexuais ou outras, até questões que vão para um cunho de patologia ou doença mental como a zoofilia, pedofilia, né. Fazendo uma associação que é bem clássica e bem conhecida do movimento LGBT, quando tentam nos caracterizar como pessoas sujas e perversas, né (A conceituação que ele concede ao termo “homossexualismo” é própria, pessoal, e não tem nada a ver com o sentido etimológico e legal do termo – veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade). Então esse texto ele passa dessa forma e, na nossa compreensão, enquanto jornalista o senhor Políbio Braga assume a posição de disseminar conteúdo discriminatório quando ele faz esse texto. Não é a primeira vez que ele se comporta dessa forma né, por isso também que eu me motivei a prestar essa denúncia, porque nós acreditamos que é de interesse público que esse tipo de comportamento seja pausado. Hoje mesmo houve comentários no blog dele a respeito de como mulheres trans tiram o lugar de pessoas, de outras mulheres no esporte, enfim, sei que não é o conteúdo, não é o caso aqui do que está sendo analisado por essa Vara. Mas eu cito aqui que é uma pessoa que é conhecida por disseminar conteúdos que, na nossa compreensão, podem ser entendidos enquanto discriminatórios e nós entendemos que a partir do momento que o STF define que a homofobia é um crime, nós entendemos que isso deveria ser classificado dessa forma então. 

Promotor Luciano Vaccaro
Só, desculpa te interromper, mas desculpa, eu posso ser ignorante, mas eu também uso a expressão homossexualismo. Eu não sabia que isso não é admitido pela associação de vocês. Me desculpa. Então é uma interpretação sua de que ele agiu dessa forma? Como é que o senhor pode dizer que o fato dele ter usado homossexualismo é de cunho discriminatório homofóbico? Porque eu mesmo uso essa expressão e confesso aqui minha total ignorância, eu estou surpreso. Desculpa.

 

                                                 ******************

Na época, 2021, este então servidor (CC ou Cargo em Comissão) do gabinete da Deputada Federal Fernanda Melchionna, Psol, no caso Gabriel Galli Arévalo, Diretor Operacional da ONG Somos, que é também Jornalista, foi a única testemunha arrolada pela Promotora Ivana Machado Moraes Battaglia ao acolher indiciamento pedido pela Delegada Andrea Matos e denunciar-me perante a 11a. Vara Criminal do Foro de Porto Alegre por crime de homofobia. 

Mais tarde,  Jornalista e Mestre em Comunicação, Galli Arévalo foi ouvido em audiência no dia 20 de junho de 2022 pela juíza Quelen Van Caneghan, que não só acolheu as acusações feitas no inquérito policial conduzido em tempo recorde pela Delegada Andrea Mattos, como ampliou os ataques e condenou o editor a 2 anos de cadeia, mais multa exorbitante.

Galli Arévalo e seu companheiro da ONG Somos, Carlos Cesar Klein, registraram BO, Boletim de Ocorrência, no dia 18 de maio de 2021, dois dias depois Mattos instaurou o inquérito, 5 dias mais tarde ouviu Carlos Klein e a mim mesmo, sendo que um mês depois concluiu sua tarefa com meu indiciamento, acolhido em seguida pelo Ministério Público Estadual, que sequer quis me ouvir.

A partir daí, o Ministério Público Estadual e o aparato oficial e oficioso do PSOL, com ênfase para as Deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, abriram um campanha pública de calúnias, injúrias e difamações contra mim, usando todo o arsenal conhecido de assassinatos de reputação que a esquerda costuma empunhar contra seus desafetos, inclusive com investida direta e bem sucedida de intimidação de anunciante do blog www.polibiobraga.com.br, levando a cancelamentos de contratos de publicidade, com ênfase para o cliente Assembleia do RS, causando-me graves prejuízos financeiros.

As duas representantes do PSOL, do mesmo Partido ao qual pertenceu Adélio Bispo antes de tentar assassinar o Presidente Jair Bolsonaro, não conseguiram e nem conseguem arranhar a reputação de ninguém, embora tentem isto de forma recorrente.

Desde a redemocratização, líderes e liderados de Governos e Partidos de corte ideológico comunista, como PT, PCdoB e PSOL, tentam sem sucesso na maioria esmagadora dos casos, mas com sucesso em outras situações de menor impacto, não apenas me meter na cadeia, como, sobretudo, retirar minhas condições de trabalho, meu patrimônio e minha reputação.

Esta é a escalada que as lideranças lulopetistas empreendem há 38 anos (ano base 1988 e ano examinado de 2024))contra mim:

1) Tirar meus empregos, o que conseguiram com sucesso em empresas como RBS, Band e Caldas Júnior.

2) Meter-me na cadeia, o que não conseguiram, apesar das inúmeras ações criminais movidas ao longo dos anos posteriores à redemocratização.

3) Tomar minha renda e meu patrimônio, o que conseguiram em valores muito importantes em alguns casos expressivos.

Tentaram a mordaça social, física ou financeira, por exemplo, entre dezenas de outros reclamantes, os ex-Governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, o ex-Prefeito Raul Pont e Deputados como a própria Luciana Genro e Manuela D'Ávila, o ex-Presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal, sem contar a arraia miúda ideologicamente comprometida com a vanguarda do atraso. 

Ajudei a contar parte desta história no livro "Vanguarda do Atraso", no qual 11 jornalistas e intelectuais narraram as perseguições políticas que sofreram ou registraram durante os Governos do PT.

No caso da ação movida pela Promotora Ivana Battaglia, meus advogados tentaram obter Direito de Respostas às  acusações públicas do Ministério Público Estadual, todas publicadas no site da própria instituição. Foi tudo em vão, porque os pedidos foram recusados administrativa e judicialmente, prevalecendo apenas a denúncia, sem qualquer contraditório. Nos demais casos, não houve busca por direito de resposta, já que as publicações foram consideradas, via de regra, irrelevante. 

Interpelações judiciais, com ênfase para os Deputados Luciana Genro e Gabriel Souza resultaram desertas.

Personagens que atuam nas sombras dos Deputados e que rechearam as redes sociais para repercutirem as falsas acusações, foram emparedados também por interpelações judiciais. Todos cessaram os ataques.

Ao longo dos 38 anos que vão da redemocratização até 2024, o pêndulo judicial não esteve apenas inclinado do lado dos falsos acusadores, porque em pelo menos dois casos memoráveis, foi preciso usá-lo para cobrar judicialmente a responsabilidade por campanhas difamatórias desfechadas contra mim em publicações de internet e que se consideravam fora do alcance dos longos braços da lei. Foram os casos de dois blogs, "Tomando na Cuia" e "Nova Corja", ambos editados por ativistas esquerdopatas. "Nova Corja" foi o capítulo mais complicado, porque mais amplo e tocado por um grupo organizado, coeso, de professores e alunos da PUC do Rio Grande do Sul

Depois de investigações completas, consegui identificar os editores, processei-os, todos foram condenados e ao final e ao cabo, "Nova Corja" e "Tomando na Cuia" resultaram fechados para sempre.

Estes dois casos exemplares serão narrados em detalhes neste livro.

...........

Depois que fui condenado a 2 anos de cadeia por sentença da Juíza da 11a. Vara Criminal de Porto Alegre, Quelen Van Caneghan, dia 16 de agosto de 2022, os advogados Rafael Nunes Leal, Taís Comasseto e Isabela Muller Rocha apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul no dia 3 de abril de 2023. 

No dia 23 de setembro, a 8a. Câmara Criminal  do Tribunal de Justiça concluiu inédito acórdão, anulando todo o processo e remetendo-o para a Justiça Federal, sob o elementar entendimento legal de que o suposto crime de homofobia, conforme o alegado, ocorreu de fato no âmbito da internet, rede mundial de computadores regulada por tratados internacionais dos quais o governo federal brasileiro é signatário. 

A Delegada Andrea Matos, a procuradora Ivana Bataglia e a juiza Quelen Van Caneghan tinham ignorado a letra fria da lei.

Mas não só.

No dia 26 de março de 2024, o Procurador Federal Felipe Souza, acionado pelo Juiz Federal Guilherme Beltrami, que recebeu o caso, ignorou a discussão sobre o foro adequado, considerando fato vencido, e foi diretamente ao ponto, fulminando o conteúdo e os termos do inquérito, da denúncia e da sentença. 

Souza pediu o arquivamento da ação. 

Simples assim.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami, no mesmo dia, arquivou o processo, que transitou em julgado.

Todos os atores que participaram da orquestração ilegal pagarão pelo que fizeram, menos a Delegada Andrea Mattos, que morreu antes de responder em juízo e fora dele pelas acusações infundadas.

Ao fim e ao cabo, prevaleceu esta manifestação inequívoca a favor da liberdade de expressão, portanto também de imprensa, traduzida em letra de forma pelo Procurador Federal Felipe Souza, tudo no dia 26 de março de 2024:

- Ouso divergir do Ministério Público Estadual do RS e não vislumbrar no texto indução ao pensamento discriminatório, tampouco incitação ao preconceito e discurso de ódio (....) O trecho não contém nenhum tipo de argumentação encadeada (...) Não me parece adequado, quando da formulação da denúncia, pretender emprestar a quaisquer manifestações públicas a pior interpretação possível, capaz de vislumbrar nelas intento criminoso (...) Pelo contrário, a liberdade de expressão é direito fundamental e deve ser ao máximo prestigiada (...) Sendo compatível com a Gramática e a Lógica, mais consentâneo com a dita liberdade, afigura-se-me tentar ler qualquer postagem pública de forma dar ao texto interpretação que não o leve a ser criminializado (...) Tendo sido feita in bonam partem, afasta o caráter criminoso que lhe irrogou o MP-RS).

Fundamentos legais

A acusação

A longo dos 3 anos de tramitação da ação criminal, a Delegada Andrea Matos, a Promotora Ivana Battaglia e a Juíza Quelen Van Caneghan, todas mulheres e operando na primeira instância da Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, esgrimiram reduzidíssimo arsenal de disposições legais, todo ele fulminado pelo juízo competente, que não era o delas, na fase final, na Justiça Federal:

- ADO 26, nos termos do artigo 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89.

Trata-se de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, que tornou efetiva a criminalização específica de todas as formas de homofobia e transfobia, como poderia tornar efetiva a criminalização de qualquer outro objeto, conforme o que bem entendesse a Corte, que, aliás, tem feito isto a partir de abril de abril de 2019, quando censurou a revista eletrônica Crusoé, primeira vítima do escabroso inquérito das fake news. O objeto direto da ação movida no STF foi declarar a inconstitucionalidade na falta de lei que punisse a ação discriminatória contra pessoas LGBTQIA+. A Corte acolheu a ação, desconsiderando o fato de que o constituinte de 1988 não incluiu a questão na Carta Magna porque não quis fazê-lo, por não considerar a existência de crime, o que também não quiseram fazer os legisladores federais a partir dali. O constituinte e o legislador ordinário, entenderam e entendem que ofensas de gênero estão suficientemente tipificadas no Código Penal, quando ele trata dos casos de calúnia, injúria e difamação.

A defesa

Os Advogados de Defesa invocaram proteção constitucional, inclusive jurisprudência e dispositivo do Código de Processo Penal, todos garantidores do livre direito de expressão:

- Artigo 220 da Constituição Federal  e tudo que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV, ADPF 1287 sobre livre pensamento, Artigos 395 e  396 e  do Código de Processo Penal.

Tudo começou a mudar, no entanto, apenas quando os Advogados de Defesa Taís Comasseto e Rafael Nunes Leal apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que decidiu por unanimidade fulminar todo o processo judicial, mantendo apenas os termos do inquérito policial, já que o caso era evidentemente de competência da Justiça Federal, tudo com base no artigo109, V, da Constituição Federal.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami mandou ouvir o Ministério Público Federal, que repeliu as acusações, defendeu a aplicação do Artigo 5o da Constituição Federal, já que foi caracterizada a garantia constitucional do princípio da liberdade de expressão, portanto também de imprensa. Além disto, o Procurador Federal Felipe de Souza não quis sequer levar o caso a julgamento, pedindo o arquivamento de tudo.

Na decisão final que aceitou o pedido de arquivamento, o Juiz Federal considerou que não teria outra alternativa senão basear a sentença final no acolhimento do disposto na Lei 13.964/19e  nos Artigo 18 e  28 do Código de Processo Penal, considerando que o Ministério Público Federal é o titular da ação penal em curso, reforçando assim o perfil acusatório do processo penal brasileiro.

 

CAPÍTULO II

A defesa da liberdade de expressão, mais especificamente a liberdade de imprensa, é uma das principais batalhas destes tenebrosos anos do Século XXI, como já foi antes, nos séculos anteriores, desde que Gutenberg, 1439, inventou sua galáxia de tipos móveis e que deu início à revolução da imprensa, fundamental no desenvolvimento da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica, tudo que lançou as bases materiais para a moderna civilização, baseada no conhecimento e na disseminação em massa da informação, o que inclui a aprendizagem em larga escala.

No século XXI, como no Século XV, os poderosos de plantão operam de modo sutil ou descaradamente para impor mordaças aos meios, às mensagens e até a eliminação dos mensageiros que os desagradam.

Foi em tudo que isto que pensei ao me dirigir ao interrogatório exigido pela jovem e bela Delegada Andrea de Melo da Rocha Mattos Reschke, a primeira ocupante da então novíssima Delegacia de Combate à Intolerância, inaugurada com grande pompa e circunstância pelo Governador Eduardo Leite no dia 10 de dezembro de 2020, quase ao final do seu primeiro mandato. Na ocasião, a nova Delegacia e Andrea foram imediatamente paparicados pela mídia tradicional e também por toda a vanguarda do atraso. Uma romaria de políticos comunistas foi prestigiar pessoalmente a Delegada. Dou ênfase para a visita da Deputada do PSOL, Luciana Genro. Ambas, sorridentes, tiraram foto na porta da Delegacia. O deputado estadual do PT, Leonel Radde, entregou-lhe a Medalha do Mérito Farroupilha. 

Aquele início da tarde do dia 25 de março de 2021, pareceu tão sombrio quanto os dias que o antecederam e sucederam, tudo porque Porto Alegre, o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo todo estavam acossados pela pandemia da Covid-15.

A Delegada Andrea Mattos morreu dois anos depois, de câncer.

Um ano antes, no dia 2 de setembro de 2022, morreu o pai de Andrea Mattos, no caso o ex-Delegado Federal, Ex-Procurador Federal e ex-Juiz Federal João Carlos da Rocha Mattos, que vivia em São Paulo. 

Pouca gente dentro e fora do governo sabia do parentesco.

Rocha Mattos deixou a magistratura depois de ter sido alvo de inquérito que apontou um esquema de venda de sentenças judiciais. Ele já havia sido condenado anteriormente por corrupção e formação de quadrilha. 

Em 2015, o ex-juiz foi condenado a 17 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo a denúncia, ele recebeu valores sem origem justificada e enviou ilegalmente quantias para uma conta bancária na Suíça com o auxílio da ex-mulher, Norma Regina Emílio Cunha.

Sua primeira condenação ocorreu em 2003, por formação de quadrilha, denunciação caluniosa e abuso de autoridade. Ele cumpriu oito dos 12 anos da sentença até ir para prisão domiciliar em abril de 2011. Voltou a ser preso em outubro de 2016 para cumprir pena pelo crime de peculato, pelo qual foi condenado, em junho de 2006, a quatro anos e seis meses de prisão. Em 2020, Rocha Mattos foi para prisão domiciliar por causa da crise sanitária imposta pela Covid-19 e, posteriormente, foi para o regime aberto. No mesmo ano, dois imóveis que pertenciam a ele foram a leilão.

.......

O Advogado Pedro Lagomarcino foi quem me acompanhou até o acanhado prédio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, instalada em enxutas, espartanas e novíssimas instalações no bairro São Geraldo, a poucos minutos do Centro Histórico de Porto Alegre.

Chegamos no horário, 14h.

A Delegada Andrea Mattos chegou mais tarde. Ela se desculpou. Na época, eu ainda não sabia que a Delegada já lutava contra um câncer que poucos anos depois a mataria.

Não houve troca de gentilezas, porque o escrivão de plantão já anotava os primeiros dados preparatórios ao interrogatório.

Na parede da sala onde eu e o Advogado Pedro Lagomarcino respondíamos ao questionamento da Delegada, percebemos uma placa com esta advertência ilegal e  canalha, colocada como aviso na parede:

- Seu silêncio pode ser interpretado como culpa.

O silêncio nesta fase de interrogatório policial é garantido por qualquer legislação penal de países civilizados, inclusive Brasil, e nem de longe pode ser tomado como confissão de culpa.

Mais tarde, representamos contra a ilegalidade.

Eu me apresentei propositadamente com uma máscara respiratória protetora semi-facial Epi com 2 filtros, não só pelo risco de contrair o vírus, mas também porque sempre considerei tóxicos os ambientes de delegacias policiais, salas de audiências e cárceres em geral, tudo por experiência própria.

Não chovia na Capital, naquele momento, 14h. Segundo o Inmet, os termômetros marcavam 12,4o e a pressão atmosférica batia em 1.015,7, mas nuvens negras ameaçavam a iminência de chuvas sobre Porto Alegre.

Era um dia sombrio.

Antes mesmo do interrogatório conduzido pela Delegada Andrea Matos, o escrivão fez algumas perguntas de praxe, avisando que  eu seria ouvido como suspeito e teria direito a permanecer calado. Em seguida, ele perguntou:

- O senhor já foi preso anteriormente ?

Claro que sim. E não foi apenas uma vez. Eu conto minhas prisões políticas durante o regime militar no livro "Ahú - Diários de Minhas Prisões Políticas"

Ainda sem a presença da Delegada, que parecia não chegar nunca, o Escrivão resolveu ler o histórico da ocorrência, começando pelo resumo do Boletim de Ocorrência, o BO protocolado pelos ativistas Gabriel Galli Arévalo e Carlos Krebs:

“ Houve ofensas a alguém, foram atribuídas ofensas reforçando a vítima no meio social em que ele vive, foram atribuídas qualidades negativas aos defeitos da vítima. Ofensas à vítima constitui na utilização de elementos discriminatórios referente a raça e etnia, a vítima não foi agredida fisicamente. A Delegacia de Polícia de combate à tolerância DPCI, conforme imagem anexada, o jornalista proferiu ofensas a todas as pessoas LGBT relacionando-as à prática de zoofilia. 

Eis a nota:

“ Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini” 

A foto é assunto em todo Brasil e também no exterior. O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como a opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia. Pelo menos no ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o dia internacional do universo LGBTQIA+ que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos e coxilhas pouco frequentadas. Rio Grande do Sul, a política estadual de atenção e integração de uma população LGBTQIA +  implantada com decisão por Eduardo Leite visa elaborar, estimular, apoiar, participar, e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA +. O relato mais recente do grupo gay da Bahia, GGB, divulgado no início de 2019 resultou que 2018 ocorreu 420 mortes de LGBTs no Brasil, 320 homicídios e 100 suicídios.

 O imbroglio todo começou com uma curta nota publicada no blog www.polibiobraga.com.br:

O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba nao apenas o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos de coxilhas do Rio Grande.No RS, a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBTQIA+, implantada com decisão por Eduardo Leite, visa laborar, estimular, apoiar, participar e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA+.  O relatório mais recente do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgado no início de 2019, registrou que em 2018 ocorreram 420 mortes de LGBTs no Brasil - entre 320 homicídios e 100 suicídios.

 

 

 

.....

 

INTERROGATÓRIO

De acordo com arts. 187, paragrafo 2o, 188, 189 e 190 do CPP

 

INQUÉRITO POLICIAL 134/2021, decorrente de BO  de Caio Cesar Klein e que gerou este inquérito

Em 2019 STF tornou homofobia, bifobia e transfobia equivalente a racismo, de acordo com resultado da ADO 26, nos termos das lei 7.716/89. 3 páginas.

 

Me indiciou como incurso no art. 20, p. 2o da lei 7.716/89.

 

No inquérito policial, falou Gabriel Galli Arevalo. FOI DISPENSADO DE COMPROMISSO PELO ART. 201 DO CPP.

 

AÇÃO MOVIDA PELO MPE

Incurso no art. 20, parágrafo 2o, lei 7716/89

6 páginaS

 

DEFESA DE POLIBIO BRAGA

Invoca art. 220 da CF e que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV

 

ADPF 1287 sobre livre penamento

 

VERIFICAR MAGISTRADA DIVERSA DA TITULAR QUE ACEITOU A DENÚNCIA

 

A decisão da magistrada violou art. 5o CF e 396 do CPP

 

PEDE REJEIÇÃO DE ACORDO COM ART. 395, INCISO III DO CPP

 

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ALEGAÇÕES FINAIS

 

53 páginas

 

....

 

ALEGAÇÕES FINAIS PB

 

Absolvição pelo asrt. 386, III dlo CPP

 

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SENTENÇA

 

Condena pelo art. 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89

 

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ACÓRDÃO

 

Base para enviar para a JF é artigo 109, V, da Constituição Federal

 

 

 

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JUIZ FEDERAL

 

Lei 13.964/19

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13964.htm

 

Art. 28 do CPP

 

O juiz não quis aplicar esta lei, considerando que o |MPF é o titular da ação penal, até porque a lei 13.l964 reforçou o perfil acusatório do processo penal brasileiro.

 

Ressalvfados disposto no art. 18 do CPP.

 

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Art.

 


2o Prêmio de Inovação de Porto Alegre

 O 2º Prêmio Inovação de Porto Alegre será entregue em cerimônia dia 16 de dezembro, no Auditório do Prédio 97 do Tecnopuc (avenida Ipiranga, 6.681), às 17h. Com mais de 200 inscrições, a edição 2023 do troféu tem 20 finalistas.


A iniciativa é do Gabinete da Inovação da Prefeitura de Porto Alegre e busca reconhecer aqueles que colaboram com a geração de conhecimento, processos, produtos e serviços de relevância pública. Além disso, destaca ações que promovam avanços na agenda de inovação e melhorias na articulação do ecossistema da Capital.


A novidade desta edição é a diversidade dos participantes refletida em hubs comunitários, tecnologia da informação, universidades, campus tecnológicos, banco, hubs universitários e startups de diversos segmentos.


Os finalistas já gravaram vídeos e podcasts para apresentação dos projetos. A próxima etapa será a premiação, com cinco destaques que serão conhecidos na cerimônia de 16 de dezembro. Na ocasião, também serão entregues comendas para três personalidades ou instituições com trajetória relevante na inovação de Porto Alegre.


2º Prêmio Inovação de Porto Alegre - finalistas


Ames Impulsiona

Associação Empreendedoras da Restinga

Associação Gaúcha de Startups (AGS)

Banritech

Co.nectar hub

Cootravipa

Débora Chagas

Hub Formô

Hub One Feevale

Impulsiona RS

Laboratório Resíduo Zero Porto Alegre

Letícia Batistela

Mais Pra Ti

Michel Couto - Hub Formô

Persepolis

Roberto Santos Donato

Projeto BRDE Labs RS

Senac Comunidade

Smart Policing Lab - Brigada Militar

Tecnopuc


Cabo de Guerra, 2a. edição. Compre o seu. Há uma quota pessoal de 40 exemplares.

O editor recebeu uma reserva de 40 exemplares do livro que era da quota pessoal da ex-governadora Yeda Crusius e coloca-os à venda por R$ 80,00 cada exemplar. O preço inclui frete para qualquer lugar do Brasil. Basta pedir pelo WhatsApp 51.99945.9810. O livro Cabo de Guerra tem 499 páginas e conta em detalhes inéditos todo o enfrentamento que a ex-governadora Yeda Crusius manteve no RS com o Eixo do Mal. Cabo de Guerra resultou de pesquisas com dezenas de personagens envolvidos no caso da Operação Rodin, iniciada a mando da Polícia Federal ao tempo em que era ministro da Justiça o atual governador Tarso Genro. No livro, fica claro que Yeda Crusius foi atacada no oitavo mês do seu governo sobre acontecimentos que envolviam o Detran há quatro anos. O TRF-4 decidiu que Yeda foi atropelada por seus acusadores.Não foi a única tropelia movida contra a ex-governadora, atacada de modo selvagem por inúmeras ações da Polícia Federal, MPF, RBS, PT, PSOL, DEM e governo federal do ex-presidente Lula da Silva. O livro do editor também conta os principais embates de Yeda para tirar o governo gaúcho do cadastro sujo em que se encontrava dentro e fora do País, estabelecendo o equilíbrio fiscal.

Brasil terá o maior Imposto sobre Valor Agregado do mundo. Saiba por que razão.

A reforma tributária em aprovação pelo Congresso fará com que o Brasil vá ter a maior alíquota de Imposto sobre Valor Agregado (IVA) do planeta. O futuro IVA será de 28,55%, superando a Hungria, país que atualmente cobra 27% e lidera a cobrança desse tipo de tributo. 

Aprovada pelo Senado na quinta-feira (12), a proposta de regulamentação voltará a Câmara dos Deputados.

Leia reportagem especial da Agência Brasil d ehoje.

Apenas a inclusão do setor de saneamento na alíquota reduzida em 60% elevará a alíquota em 0,38 ponto percentual. Apresentado pelo relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), o cálculo de 28,55% é preliminar. O número poderá subir após o secretário extraordinário da Reforma Tributária no Ministério da Fazenda, Bernard Appy, apresentar os cálculos definitivos.


“O governo está satisfeito com a aprovação do PLP 68, mas sempre ressaltando que o governo preferiria que houvesse menos exceções, mas isso faz parte da construção política”, afirmou Appy após o fim da votação no Senado.


O texto aprovado pela Câmara dos Deputados previa alíquota padrão de 27,97%, que superava a da Hungria. A tramitação no Senado elevou a alíquota em 0,58 ponto. Isso ocorre porque, ao dar tratamentos especiais para determinados setores da economia, os demais segmentos deverão pagar alíquotas mais altas para que o governo arrecade o mesmo.


Os cálculos foram realizados com base na premissa da reforma de não elevar a carga tributária (peso dos tributos sobre a economia). Para que a arrecadação dos tributos sobre o consumo continue em 12,45% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos), a soma das alíquotas da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) deverá ficar na faixa estipulada pelo estudo.


Além do setor de água e esgoto, o Senado incluiu serviços funerários, medicamentos oncológicos e de doenças raras, remédios de manipulação e fraldas nas alíquotas reduzidas em 60%.


Outros benefícios foram a ampliação do cashback, devolução parcial de tributos para a população mais pobre, para serviços de telecomunicações, a ampliação de descontos para o setor imobiliário e a criação de uma faixa de isenção de IVA para aluguéis.


Sonegação

O relator da reforma tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), argumenta que a alíquota efetiva pode não chegar a esse valor. Isso porque o novo sistema tributário reduzirá “brutalmente” a sonegação de impostos e as contestações na Justiça. Caso a evasão fiscal diminua e o governo recupere parte da arrecadação perdida por décadas, o impacto das exceções incluídas pelos parlamentares será diluído, abrindo espaço para uma alíquota mais baixa.


“Eu estou convencido de que as alíquotas provarão que nós teremos uma alíquota-padrão menor do que nós estamos imaginando”, disse o senador após o fim da votação.


Braga argumenta que a tecnologia das notas fiscais eletrônicas, que reduzem fraudes, e a queda da informalidade após um sistema tributário mais funcional movimentarão a economia, elevando a arrecadação do governo e diminuindo a alíquota padrão.


Trava

Em tese, a alíquota padrão vigorará até 2031, devendo cair para 26,5% a partir de 2032. O texto aprovado pelo Senado definiu um prazo de 90 dias a partir de dezembro de 2030 para que o governo envie ao Congresso um projeto de lei complementar que reduza incentivos fiscais, caso a alíquota padrão de referência do Imposto sobre Valor Adicionado fique superior a 26,5%. Dessa forma, o texto terá de ser enviado até o fim de março de 2031.


A versão anterior, aprovada pela Câmara, não estabelecia prazo para o envio. O governo poderia mandar o texto ao Congresso a qualquer momento de 2031, para que as mudanças entrassem em vigor em 2032, seguindo o princípio da anualidade, segundo o qual aumentos de impostos só podem valer no ano seguinte à sanção da lei.


Segundo a emenda constitucional da reforma tributária sobre o consumo, haverá uma trava sobre a carga tributária (peso dos impostos sobre a economia). Em troca, a cada cinco anos, o governo avaliará os efeitos dos incentivos fiscais, podendo reverter as medidas que não trouxerem resultados concretos sobre a economia. Durante a tramitação final do projeto de lei complementar, a Câmara enrijeceu a trava, estabelecendo a alíquota máxima de 26,5% para o IVA.


A ideia de limitar a carga tributária em troca da revisão dos incentivos fiscais foi estabelecida por Braga durante a tramitação da emenda constitucional da reforma tributária no Senado, também relatada por ele. “Esta não é a reforma definitiva. Como foi dito aqui antes, na Emenda Constitucional 132, nós estabelecemos a obrigatoriedade das revisões dos regimes específicos, dos benefícios fiscais. Nós teremos, periodicamente, revisão sobre esse texto para que possamos ir aperfeiçoando, melhorando”, disse o Senador nesta semana, durante a leitura do relatório.


A primeira avaliação quinquenal será feita em 2031, com base nos dados de 2030. A partir daí, as demais avaliações deverão ocorrer a cada cinco anos. Nas últimas semanas, Braga e o Ministério da Fazenda discutiram medidas para tornar a trava mais efetiva, mas a principal mudança do relator foi a inclusão do prazo para envio do projeto de lei ao Congresso.

Saiba quais matérias o Congresso quer votar até sexta. Depois, os congressistas sairão de férias de verão.

 O Congresso Nacional terá uma semana repleta de votações importantes, a partir desta segunda-feira , antes do início do recesso legislativo. 

Na pauta, as prioridades são a votação do pacote de corte de gastos apresentado pelo governo federal, que estima economia de R$ 70 bilhões em dois anos, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) e o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). A regulamentação da reforma tributária, aprovada na última semana pelo Senado, também deve ser concluída na Câmara dos Deputados.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assegurou que há total possibilidade de votar e aprovar as medidas até a próxima sexta-feira.

Leia esta reportagem especial da Agência Brasil de hoje, segunda-feira, dia 16, com informações completas:

"Nós temos cinco dias úteis na semana que vem. O presidente [da Câmara] Arthur Lira me disse que está disposto a fazer sessão na segunda-feira. É plenamente possível submeter à apreciação e à votação na Câmara, [e então] mandar para o Senado. Nós daremos o regime de urgência nessa tramitação", afirmou Pacheco em entrevista a jornalistas na última quinta-feira (12).

Na Câmara, o presidente Arthur Lira (PP-AL) determinou o cancelamento de todas as reuniões de comissões entre os dias 12 e 20 de dezembro, destinando esse período exclusivamente à discussão e à votação de propostas no Plenário.

Rodrigo Pacheco, que preside o Congresso Nacional, o órgão máximo de deliberação composto por deputados e senadores, prevê sessões deliberativas na quarta-feira e na quinta-feira, para votar justamente a LDO e a PLOA. 

Até a semana passada, a votação dos projetos, especialmente do pacote fiscal, era incerta devido a insatisfação de parlamentares com uma decisão judicial do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), que reforçou a exigência de série de regras de transparência sobre os recursos. Para não inviabilizar o pagamento das emendas até o fim do ano, o governo federal editou uma portaria conjunta interministerial e um parecer de força executória da Advocacia Geral da União (AGU) como forma de acelerar a liberação dos recursos.

Até a última atualização, pela Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República, cerca de R$ 7,7 bilhões em emendas haviam sido liberadas nos últimos dias.  

Entenda a seguir as votações prioritárias do esforço concentrado do Poder Legislativo:

Pacote fiscal

Apresentado no mês passado, o pacote de corte de gastos é composto por um projeto de lei ordinária (PL), um projeto de lei complementar (PLP) e uma proposta de emenda à Constituição (PEC). Entre os principais pontos da proposta de contenção de gastos estão a redução a médio prazo do abono salarial e um teto no reajuste do salário mínimo.


No caso do salário mínimo, o PL 4.614/2024, proposto pelo líder do Governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), tramita em regime de urgência no Plenário da Câmara.


O texto muda a regra vigente do reajuste salarial do mínimo. Desde 2023, o piso salarial brasileiro é corrigido pela inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de dois anos anteriores.


A proposta mantém a correção inflacionária, mas a parcela de crescimento pelo PIB estará nos limites do arcabouço fiscal, sendo até 2,5% acima da inflação do ano anterior. Para 2025, o salário mínimo subiria 2,9% acima da inflação, o equivalente ao crescimento da economia de 2023. Com a limitação prevista, subirá 2,5%, ficando em R$ 1.515 no ano que vem, R$ 6 a menos que a atual regra. Nos anos em que o PIB encolher, o salário mínimo subirá pelo menos 0,6% acima da inflação, equivalente ao piso da variação de gastos do arcabouço fiscal.


Já o abono salarial, benefício que equivale a um 14º salário para quem ganha até dois salários mínimos (atualmente em R$ 2.824) com carteira assinada, terá a correção mudada. O valor de até R$ 2.640 será corrigido pela inflação nos próximos anos, em vez de seguir a política de valorização do salário mínimo.


Com o abono salarial subindo menos que o salário mínimo, o governo prevê que o benefício equivalerá a um salário e meio a partir de 2035. A mudança será discutida por meio de uma PEC, que exige quórum de três quintos dos votos dos membros de cada Casa, em dois turnos de discussão e votação. Tal quórum equivale a 60% do total de deputados e de senadores.


Outro item do pacote de corte de gastos é o PLP 210/2024, um projeto de lei complementar. O texto, também proposto pelo deputado José Guimarães, autoriza o governo a limitar o pagamento de créditos tributários caso haja déficit nas contas públicas.


O texto ainda prevê um limite de crescimento das emendas impositivas às regras arcabouço fiscal, restrição de emendas nas despesas discricionárias (não obrigatórias) do Poder Executivo e redução de crescimento real das emendas não impositivas, de modo que o montante total das emendas crescerá sempre abaixo do arcabouço.


O projeto autoriza o Poder Executivo a fazer o bloqueio e o contingenciamento de emendas parlamentares na mesma proporção aplicada às demais despesas discricionárias — até o limite de 15% do valor. A Lei Complementar 210, de 2024, que regulamentou as emendas parlamentares, já previa o contingenciamento, mas não o bloqueio. O contingenciamento ocorre quando há risco de não cumprimento da meta fiscal do ano por queda de receitas. O bloqueio ocorre quando é preciso cumprir o limite de despesas.


A proposta também torna livre a aplicação do superávit financeiro de oito fundos públicos (Fundo de Defesa dos Direitos Difusos, Fundo Nacional Antidrogas, Fundo da Marinha Mercante, Fundo Nacional de Aviação Civil, Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito, Fundo do Exército, Fundo Aeronáutico e Fundo Naval).


Por ser um projeto de lei complementar, o quórum exigido é um pouco maior do que a votação de um projeto de lei ordinária. No caso da lei complementar, a aprovação depende de maioria absoluta de votos dos integrantes de cada Casa legislativa: são 257 votos na Câmara e 41 votos no Senado.


Orçamento e LDO

Na última semana, a Comissão Mista de Orçamento (CMO) concluiu a votação dos 16 relatórios setoriais do Orçamento de 2025 (PLN 26/24). Agora, o relator-geral, senador Ângelo Coronel (PSD-BA) pode preparar o relatório final para votação.


O presidente da comissão, deputado Julio Arcoverde (PP-PI) convocou reunião para esta terça-feira (17). A Lei Orçamentária Anual estima as receitas e estabelece as despesas para o exercício financeiro seguinte.


Também está na pauta a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), texto que estabelece as prioridades e a meta fiscal do governo para o ano seguinte e orienta a elaboração do próprio Orçamento.


Reforma tributária

Após o Senado aprovar, na última quinta-feira (12), o principal texto de regulamentação da reforma tributária, o Projeto de Lei Complementar (PL) 68/2024, a matéria retorna à Câmara, para revisão final. A expectativa é que o Plenário aprove já no início da semana.


Deputados podem ainda modificar o texto, excluindo eventuais mudanças feitas pelos senadores. O texto trata das regras de incidência do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA Dual), que se subdivide em dois tributos básicos sobre o consumo: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), em nível federal, e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), em nível estadual/municipal.


Além disso, haverá o Imposto Seletivo (IS), o chamado "imposto do pecado", que é uma sobretaxa aplicada sobre determinados produtos e serviços considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Esses novos impostos são uma unificação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) atualmente existentes.


Os novos tributos foram aprovados em emenda constitucional promulgada no fim do ano passado, na primeira fase da reforma tributária. Ao longo de 2024, o Congresso Nacional vem se debruçando sobre a regulamentação, que trata sobre alíquotas dos tributos e como cada setor da economia será impactado. A transição para o novo modelo tributário será gradual, entre 2026 e 2033.