Estamos chegando ao final do ano e vale a pena aproveitar esta calmaria de domingo aqui em Porto Alegre, tudo para fazer um pequeno balanço inicial sobre o mau estado atual da economia brasileira.
É a virada do ano.
E o que nos espera para 2025.
Algo parecido com o caos econômico semelhante aos dos anos 2014, 2015 e 2016, que resultaram em recessão continuada, inflação acima dos dois dígitos e como resultado o impeachment de Dilma Roussef, posta para fora do governo por inaptidão, mas, claro, também pelas revelações da mais ocêanica onda de corrupção jamais registrada antes em qualquer governo do Brasil.
A conjugação de crise econômica com crise política é nitroglicerina pura.
O jornalista Hamilton Carvalho pergunta no blog O Antagonista de hoje:
- O governo Lula acabou ?
O que vocês acham ?
A crise econômica assusta até a insuspeita The Economist (insuspeita do ponto de vista de que é revista bastante alinhada com a esquerda). Na edição deste final de semana, ela mostra com clareza que a política ou falta de política fiscal consequente assusta desde já quem entende de economia, como são os casos dos agentes do mercado financeiro, a banca, como também os empresários brasileiros e estrangeiros, porque os números do que sai e do que entra de dinheiro, mostra um desbalanceamento inadministrável na casa dos gastos. E isto, política monetária alguma, como o a do nosso consequente Banco Central,consegue conter.
No balanço deste final de ano, o competente economista Marcelo Portugal, da Fecomércio, prevê o pior dos mundos a partir do 2o trimestre do ano que vem, com segura recessão para o segundo semestre. Algo semelhante com 2014, o primeiro ano do 2o mandato de Dilma Roussef, do PT, quando o PIB mal conseguiu passar do zero por cento. Dilma praticou algo parecido e foi posta para fora.
A política econômica ou a falta dela, demonstra o lado esquizofrênico e incompetente do governo nomeado de Lula da Silva. Há, sim, pânico dos agentes do mercado financeiro, dos investidores e dos empresários, porque esta política fiscal não se sustenta nem mesmo com a aprovação deste Pacote de Corte de Gastos, que eu denomino também de Pacote de Corte de Gastos e de Aumento de Despesas.
O déficit nominal do governo brasileiro já corresponde a 10% do PIB e a dívida bruta do governo federal beira os 10% do PIB.
Claro que de posse de todas estas informações reveladoras de dois anos seguidos de desordem da economia, de um governo que não produziu nada de útil, o reflexo inicial só poderia mesmo ser esta disparada do dólar, a ponta do iceberg. A moeda americana subiu 20% em apenas um ano. Nem mesmo os inéditos leilões de US$ 27,7 bilhões deste mês, conseguiram debelar este fogo ardente, porque a causa da alta é a total desconfiança sobre a capacidade de gestão deste governo incompetente e gastador, que não consegue produzir nada de útil para o povo brasileiro.
O governo federal nomeado tenta passar a culpa para o Banco Central, para os banqueiros da Faria Lima, para os especuladores internacionais, quando a responsabilidade é toda sua.
Só falta que peça ao ministro Alexandre de Moraes que decrete a inconstitucionalidade da alta do dólar, porque já pediu que puna os responsáveis pela alta, sem se dar conta que a vítima fatal pode ser ela mesma.
Esta sanha irracional e burra de buscar culpados fora da própria casa, é parecida com aqueles trabalhistas da década de 50, que reclamavam da Lei da Oferta e da Procura pelo aumento do feijão, pedindo que ela fosse revogada.
No caso do Brasil deste momento, melhor mesmo é revogar este governo federal nomeado, porque ele vai acabar tomando impeachment muito antes do final do seu prazo de validade.
Neste final de 2024, do ponto de vista da nossa economia brasileira, o que posso recomendar para vocês é que se preparem para um 2025 turbulento.
Não gostaria de dizer isto, mas esta é que é a verdade.
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