Fim de linha

  Ao proibir o pagamento de R$ 4,2 bilhões de emendas parlamentares que seriam pagas até o final deste ano, segundo garantia do próprio governo, o ministro do STF, Flávio Dino, joga novamente de mão com o governo federal nomeado de Lula da Silva, como fez durante a votação do Pacote de Corte de Gastos e de Aumento de Despesas, como eu gosto de chamar este monstrengo que foi enviado e aprovado a toque de caixa pelo Congresso. Este caso é de emendas de comissões. Dino alega falta de rastreabilidade.

É que no caso da votação do pacote, o ministro do STF proibiu qualquer pagamento de emenda parlamentar, mas na undécima hora, sem sua autorização e passando por cima da sua decisão, o governo federal nomeado de Lula da Silva armou uma chicana administrativa e mandou pagar R$ 7 bilhões.

Ou seja, comprou maioria para aprovar o Pacote de Gastos e de Aumento de Despesas.

O governo não tem maioria no Congresso e é obrigado a pagar caro por cada projeto relevante que envia para lá.

É jogo sujo para valer.

Acontece que Lula da Silva, além de mandar pagar os R$ 7 bilhões, prometeu mais dinheiro e deu um calote nos deputados e senadores, além de tentar intimidá-los com sua Polícia Política, a mesma que é usada ad nauseam pelo ministro Alexandre de Moraes, agindo novamente via Flávio Dino.

Pois é isto que até as pedras da rua sabem que é cumprindo ordens de Lula que o ministro proibiu o pagamento de R$ 4 bilhões de emendas parlamentares e tocou a Polícia Federal para cima de 27 deputados, inclusive o presidente da Câmara, Arthur Lira.

Vai ter jogo bruto.

O governo federal nomeado lulopetista está ficando sem alternativa diante da necessidade imperiosa de cortar algum tipo de gasto, não só porque precisa aplacar o mercado, no caso banqueiros, investidores e agentes econômicos em geral, alarmados com o descontrole fiscal. É que ele sabe que vai quebrar o País a partir do segundo trimestre do ano que vem.

O governo federal lulopetista poderia ter cortado os R$ 16 bilhões que concedeu aos artistas pela Lei Rouanet, mas não fez isto, como não cortou outras inúmeras despesas intragáveis, inclusive as poltronas exigidas por Janja.

Neste momento, o Congresso está em recesso e ficará praticamente assim até que seja eleito os novos presidentes da Câmara e do Senado.

O ministro Flávio dino e seua aliado do Planalto, talvez apostem em hipotético perda de poder de Arthur Lira a partir de fevereiro, quando se eleger o deputado Hugo Motta, mas se engana redondamente, porque Hugo Motta, que é do Centrão, é homem de Lira, que é o verdadeiro líder do Centrão.

Assim, para conseguir o que quer, inclusive a aprovação da peça orçamentária, sem o que nem governar poderá, Lula terá que pagar a aposta em dobro.

No caso dos deputados e senadores, Lula costumava cumprir a palavra empenhada, mas neste calote que acertoucom Flávio dino, ele se desmoralizou para sempre com quem não deveria se desmoralizar, o que abre pela frente até mesmo uma brecha que poderá levá-lo ao impeachment.]

É isto.

O governo federal nomeado do PT não tem mais como fazer o jogo do toma-lá-dá-cá, porque não tem mais o que dar a não ser sangue, suor e lágrimas. 

Este é um governo que perdeu seu prazo de validade.

Se cair, como vai cair, leva todos os outros com ele.

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