Opinião do editor - O governo do PT vacila ou prefere que o jogo sujo fique por conta do PSOL e do STF no caso do IOF

Até este momento, 16h30min desta segunda-feira, dia 30 de junho, portanto final do 1o semestre de 2025, o governo lulopetista ainda não tinha cumprido a ameaça de ir ao STF para pedir que seus amigos fulminem o decreto legislativo que acabou com os decretos presidenciais de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras.

O governo pretendia arrecadar mais R$ 21 bilhões ainda este ano e R$ 40 bilhões por ano a partir do ano que vem, batendo o bolso de pobres e ricos, mais mais dos pobres.

Eu faço duas leituras a respeito da aparente vacilação do governo de Lula, do PT:

1) O governo Lula, do PT, sabe que Câmara e Senado aprovaram o decreto legislativo do deputado Luciano Zucco em tempo veloz e por aplastante maioria. Dos 550 votos da Câmara, o governo ficou só com 98 votos, todos ou quase todos da esquerda mais atrasada da história brasileira, sendo que no Senado o resultado foi ainda pior. 

Vale a pena enfrentar tão aplastante maioria do Congresso, desconsiderando as consequências políticas do enfrentamento, justamente diante de um Poder que pode até cassar o mandato até do presidente, sem falar na imensidão de projetos que o governo quer aprovar e tem aprovado ali ?

2) Aparentemente, o governo Lula, PT, parece interessado em manter seu confronto com o Congresso de modo terceirizado, como é o caso da tarefa suja de bater às portas do Supremo corra mesmo por conta do nanico puxadinho PSOL, que nem esperou por decisão que não sai da AGU, e já protocolou pedido para que o STF confronte o Congresso, revogue o decreto legislativo e restabeleça os decretos do governo que aumentam o IOF.

O STF já sinalizou que poderá fazer isto, porque o relator do pedido do PSOL é ninguém mais e ninguém menos do que o superministro Alexandre de Moraes.

Mais recentemente, por não querer ou não poder pagar as emendas parlamentares, o confronto foi terceirizado pelas mãos do ministro Flávio Dino, já peitado pelos presidentes do Senado e da Câmara, que na quinta-feira afrontaram o ministro ao desmarcar ida a audiência pública para a qual já tinham confirmado presença - e fizeram isto com a audiência em cima da hora, para marcar posição.

Flávio Dino, como bom cabrito, não berrou, mas percebeu que o mar não está para peixe.

Enquanto isto, o governo lulopetista continua preferindo fazer narrativas na base do rançoso discurso da luta de classes, naquilo que não passa de uma narrativa da luta do "nós contra todo o povo brasileiro", domo disse hoje o presidente da Câmara, Hugo Motta.

O fato é que a razão está por conta da influente revista inglesa The Economist, que neste final de semana reverberou aquilo que já se sabe há algum tempo aqui mesmo no Brasil, ou seja, que Lula da Silva não é mais levado a sério no exterior que seu governo e sua popularidade derretem a olhos vistos no Brasil. 

Recomendo que leiam o texto integral desta publicação no meu blog www.polibiobraga.com.br de hoje. Está tudo ali.

Lula e sua diva tresloucada Janja da Silva parecem pouco se lixar para o que dizem e pensam a respeito deles no exterior e aqui dentro. Não é por outra razão que neste domingo, enquanto Bolsonaro se afobava na Paulista, Lula e Janja preferiram deitar na bem aparada grama do Palácio Alvorada, tudo para observar os passarinhos e as folhas lápidas invernais dos Ipês, conforme a própria Janja postou no seu Instagram.

É este non sense do casal presidencial imperial, pouco diferente do non sense dos tiranos e seus amigos do STF, que ao fim e ao cabo precisam ter o passo cortado de uma vez por todas, porque eles consideram que o povo brasileiro é mesmo um bando de 213 milhões de pequenos tiranos, como proclamou Cármem Lúcia, ao justificar suas decisões indiscutíveis que toma com seus 10 pares do alto do Olimpo desta pobre Banana Republic do Brasil.

Por último:

Caso o terceirizado PSOL obtenha êxito e o STF atreva-se a usurpar prerrogativa do Congresso no caso do IOF, valerá a pena que o Legislativo paute e vote a PEC 28/2024 que dá ao Congresso poder de retardar o ativismo do STF. 

Caso não faça isto, essa coisa toda do IOF parecerá um mero jogo de cena - uma farsa.

The Economist diz que Lula não tem influência no exterior e é impopular dentro de casa.

A revista britânica afirma que governo petista é incoerente, isolado no exterior e sem apoio popular no Brasil.

A ilustração é de Lehel Kovács, da revista.

Neste domingo, a prestigiada revista britânica The Economist publicou um artigo repleto de críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), classificando-o como “um verdadeiro homem de lugar nenhum” (“A real nowhere man”). O texto aponta incoerência na política externa, perda de influência internacional e queda no apoio popular dentro do Brasil.

Alinhamento a regimes autoritários e distanciamento do Ocidente

A revista ressalta que o governo Lula tem se distanciado das democracias ocidentais ao se aproximar de regimes como Irã, China e Rússia, especialmente no contexto do bloco BRICS, que o Brasil preside em 2025. 

Cenário doméstico desafiante e base social fragilizada

Internamente, The Economist aponta que Lula governa sem o apoio popular que tinha em mandatos anteriores.Como reflexo dessa perda de força, The Economist menciona a rejeição de um decreto presidencial pelo Congresso, ocorrida no fim de junho, como uma derrota política sem precedentes para Lula em mais de três décadas de carreira. A medida, segundo o texto, compromete a capacidade do governo de manobrar fiscalmente às vésperas das eleições gerais de 2026.

CLIQUE AQUI para ler a reportagem na própria revista.


Ação sobre IOF

 A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para participar na ação na qual o PSOL pretende anular as votações da Câmara dos Deputados e do Senado que derrubaram o decreto editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).


Na manifestação enviada nesse sábado (28) ao Supremo, a Fiep pede o ingresso como amicus curiae, expressão em latim que significa amigo da corte. A participação de entidades ligadas aos temas analisados pelo Supremo é uma medida corriqueira na Corte.


Segundo a entidade, a indústria brasileira representa 25,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, é o setor que mais arrecada impostos e pode contribuir com o debate.


"A participação de entidades conhecedoras da temática deve auxiliar os julgadores, entre outros modos, por meio da identificação de precedentes, das razões de decidir adotadas nos casos anteriores e da evolução da discussão sobre a matéria nos âmbitos jurídico, social e prático, trazendo aos julgadores fatos relevantes sobre a configuração da produção e das relações de trabalho na atualidade", argumenta a federação.


Ação

Na sexta-feira (27), o PSOL entrou com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF para derrubar a deliberação do Congresso sobre o decreto do IOF.


O partido, que faz parte da base do governo, reconhece que a Constituição autoriza o Congresso a sustar medidas do Executivo. Contudo, a legenda diz que a suspensão só pode ocorrer nos casos em que houver exorbitância do poder regulamentar do presidente da República.


Segundo a legenda, o decreto apenas alterou as alíquotas do IOF, "não havendo qualquer desrespeito ao limite de atuação normativa".


"O Congresso Nacional, ao sustar o Decreto nº 12.499/2025, por meio do DL 176/2025, sem a devida demonstração de exorbitância de poder normativo, violou os próprios limites fixados no art. 49, V, da Constituição. O STF, inclusive, já declarou inconstitucional decreto legislativo editado nessas mesmas condições, como se verifica no julgamento da ADI 5744", argumenta o partido.


A ação foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes. No entanto, o ministro afirmou que o caso deve ser analisado por Alexandre de Moraes, que já atua como relator de outras ações sobre a questão. Caberá ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, dar a palavra final sobre quem vai comandar o processo.


Decreto

O decreto fazia parte de medidas elaboradas pelo Ministério da Fazenda para reforçar as receitas do governo e atender às metas do arcabouço fiscal. No fim de maio, o presidente Lula editou um decreto que aumentava o IOF para operações de crédito, de seguros e de câmbio. Diante da pressão do Congresso, o governo editou, no início de junho uma medida provisória com aumento de tributos para bets (empresas de apostas) e para investimentos isentos.


A medida provisória também prevê o corte de R$ 4,28 bilhões em gastos obrigatórios neste ano. Em troca, o governo desidratou o decreto do IOF, versão que foi derrubada pelo Congresso nesta semana.

Ato na Paulista

 Foi o menor público de todas as 6 grandes manifestações públicas promovidas por Bolsonaro desde que ele saiu do governo, mas ainda assim uma enorme multidão foi até a Paulista (a foto ao lado é do jornal O Globo de ontem).

Com o mote de "Justiça Já", uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, reuniu apoiadores do ex-presidente da República Jair Bolsonaro. O ato protestou principalmente contra o julgamento de Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), no qual o ex-chefe do Executivo é acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Há apenas dois dias, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, abriu prazo para as alegações finais do processo que investiga a trama golpista. Durante o ato realizado na tarde deste domingo, os manifestantes também exibiram faixas pedindo anistia aos condenados pelo STF pelos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes, além de bandeiras de apoio a Israel e aos Estados Unidos. Eles também criticaram as mudanças do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) propostas em decreto do governo federal e as fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) descobertas pela Polícia Federal.

Bolsonaro fez discurso incisivo, mas evitou criticar o STF. A maioria dos oradores também evitaram ataques ao STF. Na fala, Bolsonaro explicou publicamente por que razão não passou a faixa presidencial para Lula:

- Não ia passar a faixa para um ladrão.


Grandes inundações

 Grandes inundações foram registradas em Porto Alegre nos anos de 1914, 1928, 1936, a grande cheia de 1941 e, agora, a grande cheia de 2024. Após a inundação de 1941, foi elaborado o Plano de Defesa de Porto Alegre contra Inundações pelo distrito local do Departamento Nacional de Obras de Saneamento. Foram construídos o Cais de Saneamento; o Cais Marcílio Dias; o dique de proteção paralelo à margem esquerda do Rio Gravataí; e o aprofundamento dos rios pelos serviços de Dragagem. Foram construídas várias barragens no interior do Estado, que têm a função de soltar aos poucos a água represada, evitando o escoamento desordenado. Estudos e avaliações de hidrologistas renomados foram debatidos em função do problema da defesa de Porto Alegre contra as inundações, apontando como soluções a construção de represas nos rios que deságuam no Guaíba; a abertura de um canal ligando a Lagoa dos Patos ao Atlântico; a abertura de um canal aproveitando o curso do Rio Gravataí para possibilitar o escoamento direto das águas oriundas da Serra Geral, a principal fonte de alimentação para os rios que formam o Guaíba, para o Atlântico; e a DRAGAGEM INTENSIVA do Guaíba, seus afluentes e rios emissários. Até 2012, os serviços de Dragagem e Desassoreamento foram melhorando e vinham sendo realizados com a devida responsabilidade, concluindo-se a importância inequívoca desses serviços para prevenção de enchentes. Infelizmente, o então governador Tarso Genro (PT) desativou estes serviços, criando uma "bomba relógio" que veio a "detonar", leia-se inundar, agora em 2024. O prefeito Sebastião Melo reiniciou os serviços de dragagem, porém o governador Eduardo Leite entrou na justiça e proibiu a reativação desses serviços! Enquanto estivermos nas mãos de esquerdistas, nada será feito. Precisamos agir com urgência, pois não será tão rápido assim... São anos de assoreamento! CLIQUE AQUI para ver e ouvir Fernanda Barth discutindo a questão.

Artigo, especial, Marcus Gravina - Itamaraty – “Valet de chambre” presidencial

Marcus Vinicius Gravina é advogado no RS,.

O Itamaraty é conhecido  pela bela obra do arquiteto Oscar Niemeyer. É como outras da Praça dos Três Poderes em Brasília. Em matéria de segurança é Zero.  

Não atendem às mínimas exigências das ocupações internas e externas fiscalizadas pelas Guarnições de Bombeiros.  Reparem as rampas do Palácio do Planalto sem guarda corpos laterais. 

Tais projetos são louvados como expressões da sabedoria da esquerda, assim como o Plano Nacional de Educação de outro tido por comunista, Paulo Freire. 

Nem todos os brasileiros sabem que o Itamaraty também é  conhecido como órgão do Poder Executivo pertencente ao Ministério das Relações Exteriores, cujo ministro é Mauro Vieira.

Não está só em sua missão. Tem uma eminência parda como “sombra” nomeada pelo presidente Lula. Por não confiar em seu ministro do MRE teve a cara de pau de chefete de cangaceiros, para nomear o ex-ministro Celso Amorim seu Assessor Especial para Relações Internacionais. Ninguém piou. 

É indiscutível o valor do Itamaraty, desde que cumpra com altivez e independência intelectual suas funções, sem se deixar levar pelos ranços ideológicos e de tirania do presidente da República, ou de injunções  de ministros do STF. 

Foram criadas crises nas relações internacionais do Brasil com outros países, com quem sempre vivemos em harmonia. E, este fato é deste governo. É urgente que o Congresso ative uma de suas Comissões Especiais para identificar responsabilidades de quem anda jogando fora das quatro linhas e comprometendo nossas relações internacionais.

O presidente Lula usa os símbolos dos inimigos em guerra com Israel, Hamas e do Irã. Há suspeitas de que tenha fornecido urânio ao Irã. É indisfarçável a sua parcialidade.

Está em visível oposição ao governo dos EUA, desde quando propôs  a substituição  do dólar por outra moeda. Sem falar na liderança assumida pelo Foro de São Paulo em apoio à comunização da América Latina.

Abordei este aspecto porque, certo ou erroneamente, o MRE foi criado para ser o responsável pela política externa do Brasil, formulador e executor frente a outros países. 

Na contramão estamos sendo atropelados pela vontade unipessoal do presidente Lula. 

Afinal, qual foi a política externa adotada pelo país, e se a orientação foi do atual ministro do MER, ou de quem? 

Ele deve ser chamado a comparecer ao Congresso Nacional e esclarecer quem responde pelas relações exteriores, se é ele ou continua sendo o Celso Amorim. 

O MRE tem a função de informar o Congresso Nacional tudo o que diz respeito aos temas internacionais. É como como participa  do  processo legislativo. 

Extrai do discurso de posse do ministro Mauro Vieira: “Com os EUA trataremos de maneira madura eventuais diferenças naturais entre as duas nações”. Isto foi antes do episódio do Irã e das diatribes A. de Moraes vs. Trump. 

Disse, também:”que vai criar politicas de inclusão no Itamaraty - “Buscaremos recrutar mais mulheres, negros e indígenas. Bolsas de ação afirmativa para negros.”

Eu, não tenho mais dúvidas, o Lula transformou o Itamaraty em um salão de beleza - pó de arroz - que organizará suas viagens ao exterior, com direito ao serviço de “valet de chambre” e de “femme de chambre” em hotéis de luxo.

Sobre as nossas suntuosas embaixadas - prédios históricos em vários países - podem ser vendidos. Há muito foram substituídos por dois aviões, um da primeira dama e outro do Lula, presentes em qualquer lugar do mundo. De embaixadores só precisam como interpretes.

O que penso dos cidadãos brasileiros - como eu: somos uns merdas!  

Caxias do Sul, 28.6.2025




O Custo Real da Festa da Hipocrisia

 Este artigo especial de domingo é do "Observatório para um Brasil Soberano".

 Luiz Inácio Lula da Silva tem um inegável talento para a retórica. Mas sua frase recente – "Eu só vou ao G7 pra não dizerem que eu não vou à festa de rico" – é mais que uma fala. É a prova da desconexão entre o que ele diz e o que ele vive. O problema não é o G7. É a hipocrisia de quem se diz "do povo", mas vive em uma "festa de rico" constante, paga pelo contribuinte. A vida do presidente, de Janja e de sua entourage já é puro luxo, enquanto milhões de brasileiros sofrem para ter o básico. As viagens presidenciais e os passeios de Janja são turnês luxuosas, com jatinhos da FAB feitos para o conforto do casal. São gastos de centenas de milhões de reais, com mais de R$ 50 milhões só em voos internacionais. Esse é o "sacrifício" do "homem do povo". E as reformas? Milhões em tapetes caros, sofás que custam o preço de um carro e camas de luxo. O Brasil virou um cartão de crédito sem limite para essa gente. A frase de Lula sobre o G7 não é inocente. É uma tentativa de manipulação, de desviar o foco da realidade. Ele quer que as pessoas acreditem que a "festa" é uma obrigação chata na vida de alguém que leva uma vida simples. Mas a verdade é que a "festa de rico" já acontece aqui dentro, todos os dias, e a fatura chega religiosamente para o cidadão comum. A cada quilômetro voado em jatos executivos, cada banquete, cada luxo nos palácios, a ostentação desmorona o discurso da humildade. E a cada dia, a conta fica maior e a paciência do brasileiro menor. O reflexo está nas pesquisas que mostram que o povo não quer mais pagar a conta da festa e não acredita mais na conversa “humilde” de Lula. Resta saber o que vai sobrar do Brasil quando, e se, essa farra tiver fim.

STF

 58% dos brasileiros sentem vergonha do que fazem os ministros do STF, revela o Datafolha deste sábado.

A Corte Suprema virou uma espécie de Geni dos 3 Poderes, tudo em função dos desatinos que promove diariamente, perseguindo centenas de oposicionistas e seus líderes, censurando a torto e a direito,usurpando poderes do Congresso e servindo de modo carnal aos interesses do Governo Lula, do PT, mas também interferindo nos rumos da economia brasileira, como é o caso da censura prévia que acaba de introduzir nos serviços das plataformas geridas pelas grandes empresas multinacionais e também por pequenas e pequeníssimas empresinhas brasileiras. Aliás, este assunto ainda não acabou, porque é esta fúria sobre a regulação das atividades na internet vai custar sanções que o governo dos Estados Unidos imporá sobre ministros do STF, com ênfase para Alexandre de Moraes.

O número apurado pela Datafolha constitui a a maioria daqueles 213 milhões de brasileiros que a ministra Cármem Lúcia chama de tiranos.

Apenas 30% demonstram algum respeito pela Corte.

Os 3 Poderes estão mal na foto, porque sentem vergonha por cada um:

Governo Lula e Lula, 565
Câmara, 58%
Senado, 59%

Estes números confirmam o que disse o desembargador Sebastião Coelho, ano passado, durante julgamento no STF, cara a car acom os ministros:

- Vossas Excelências são as pessoas mais odiadas do Brasil

Com efeito.

Eu fico no caso da ministra Cármem Lúcia, porque depois do que ela declarou na quinta-feira no STF, ela é apresentada nas redes sociais como a tirana soberana inimiga do povo brasileiro.

A ministra Cármem Lúcia, STF, não consegue fechar a boca e manifestar o ranço autoritário e mau que povoa seus decrépitos neurônios.

E ninguém consegue calar-lhe a boca, até porque ela mesma já avisou num dos seus rompantes de fêmea encolerizada:

- Cala a boca já morreu, porque quem manda na minha boca sou eu.

Lembram do rei Juan Carlos ? ¿Por qué no te callas? foi uma frase dita pelo rei Juan Carlos I de Espanha ao presidente venezuelano Hugo Chávez durante a XVII Conferência Ibero-Americana, realizada na cidade de Santiago do Chile, em 10 de novembro de 2007.

Quando Cármem Lúcia manda na sua boca, ela não apenas justifica violar dispositivo constitucional, introduzindo a figura da censura provisória, como resolve ofender o conjunto dos 213 milhões de brasileiros, com ênfase para os170 milhões de brasileiros que usam a internet, como fez na quinta-feira, ao votar pela censura prévia na web. 

O que ela disse:

- Temos que impedir que 213 milhões de pequenos tiranos soberanos [em referência à população brasileira] dominem os espaços digitais no Brasil.

...

No meu blog deste sábado, publico farto material sobre esta Nárnia Tropical que transforma o Brasil numa Banana Republics. Chamo a atenção para os artigos do PhD Alex Pipkins, também do Observatório para um Brasil Soberano e para o vídeo de Felipe Moura Brasil, do site O antagonista.

Isto vai ficar assim para sempre ?

Como se sabe, não há mal que sempre dure e nem bem que nunca acabe.

Alex Pipkins, no seu artigo, aposta em solução através da pressão popular, como a manifestação que sairá amanhã, domingo, na Paulista, que eu transmitirei ao vivo no meu blog www.polibiobraga.com.br É por aí que será possível fazer com que a Câmara, mas mais o Senado, poderão cortar o passo do STF, agora ou depois de eleito o novo Congresso com maioria de oposição.

Eu confio nisto. 

Não nos dispersemos.

Artigo, Alex Pipkin - A Corte dos Iluminados – Crônica de uma Vergonha Suprema

Alex Pipkin é PhD em Administraçao e Marketing pela UFRGS, professor, consultor de empresas e escritor.

Eu confesso: tenho vergonha do Supremo Tribunal Federal. E sei que não estou só. A última pesquisa Datafolha aponta que 58% dos brasileiros compartilham desse sentimento — o que, sinceramente, me parece modesto. No Brasil de hoje, até responder a uma pesquisa exige cautela. O silêncio do brasileiro, esse sim, fala alto. Multiplique os dados oficiais por 0,70 e terá algo mais próximo da realidade moral do país.

A verdade — essa senhora maltratada por sentenças ideológicas — é que o STF não protege liberdades: administra-as conforme o humor do dia. A Corte que deveria garantir o direito de opinar passou a decidir o que é opinião e o que é crime. Pensar virou atividade de risco. Criticar, um ato subversivo. E discordar, quase heresia.

Mas que democracia é essa? A que prende quem fala e absolve quem rouba? A que censura jornalistas, cala parlamentares e reescreve a Constituição sem mandato? É a democracia dos iluminados, que se julgam intérpretes exclusivos da vontade popular — mesmo quando o povo já lhes virou as costas. Se a maioria tem vergonha da Corte, ela já não pode falar em nome da democracia. Apenas em nome de si.

Eles falam em república, mas vivem como monarcas. E não apenas monarcas — monarcas gourmet. Vinhos premiados, lagostas averbadas, férias em série, e uma superioridade moral que escorre pela beca como azeite trufado. Enquanto o cidadão espera anos por sua aposentadoria, a Corte resolve, em sete dias, descondenar o demiurgo de Garanhuns, com direito a absolvição por quem jamais o julgou. Ao mesmo tempo, apressa julgamentos para punir, com teatralidade, o adversário político da vez.

E julgavam o povo com mãos limpas de sangue, mas olhos sujos de poder.

Vocês lembram — ou preferem esquecer — daquela cena entre Luiz Roberto Barroso e Gilmar Mendes? Já faz alguns anos, mas a vergonha continua viva. Barroso, no auge da sua iluminação retórica, acusou: “Vossa Excelência envergonha esta Corte.” Vossa Excelência! (Risos.) E o que veio depois? Nada. Apenas o silêncio de quem sabe que a Corte inteira, ali, já estava desmoralizada. Confraria da toga preta.

Ali estava o retrato da decadência institucional: dois ministros duelando no plenário como se disputassem a última taça no coquetel do poder. Não era mais direito, era vaidade. Uma Corte em guerra consigo mesma, e o povo como espectador e réu.

Por isso escrevo com ironia. Porque só a ironia ainda é capaz de dizer a verdade neste país sem algemas. A ironia é o último recurso da lucidez num ambiente onde a lógica foi condenada por unanimidade. Ela não disfarça — revela. Como o espelho que escapa do controle de Narciso.

Enquanto isso, os togados vivem sua Nárnia tropical. São salários indecentes, benefícios obscenos, jantares privados com dinheiro público, blindagem perpétua. Pregam o “coletivo”, mas defendem privilégios com unhas e liminares. Falam em moral enquanto gozam, blindados, de uma obscenidade funcional. Essa Corte não julga — catequiza. Não interpreta a Constituição — a reescreve conforme a liturgia do momento.

E nós? Assistimos. Murmuramos. Às vezes ousamos discordar em voz baixa. Mas no fundo, sabemos: um povo que cala diante da injustiça, um povo que se curva ao tribunal dos deuses, não é inocente — transforma-se em cúmplice. Não por maldade, mas por medo. Medo que paralisa, que adormece, que torna a servidão confortável.

Não, eu não sou contra a Justiça. Sou contra esse simulacro, essa encenação melancólica, essa farsa solene onde o povo não tem voz, nem voto, nem vez. Um teatro de casta, onde os intérpretes se aplaudem e os críticos são calados pelo camburão da moral oficial.

58% dizem sentir vergonha? O Brasil inteiro já entendeu o teatro. Só falta levantar do banco e sair da plateia.

Ou será que já vivemos no Admirável Mundo Novo — e ainda não nos demos conta?

Ou reagimos como cidadãos, ou nos restará apenas rezar como súditos.

Este preso político tentou novamente o suicídio, por Ana Maria Cemin

O preso político Claudinei Pego da Silva, de 45 anos, tentou se suicidar novamente. Ele só não morreu porque a corda improvisada rompeu. Hoje, está na enfermaria, fragilizado, sem assistência adequada.

A esposa, Priscila, denuncia que Claudinei está sendo maltratado na prisão: agressões físicas, spray de pimenta nos olhos, cela escura, e nenhum atendimento psicológico. Ele fala com frequência em morrer. Já tentou se matar antes, em 2023.

A defesa pede prisão domiciliar para que ele possa viver, se tratar, ver os filhos. O STF aguarda parecer médico desde maio. Até agora… nada.

O filho de 6 anos, Gabriel, chora e grita de saudade. Voltou a fazer xixi na cama. A família está sem renda, vivendo de doações. A oficina de Claudinei foi fechada.

Ele foi condenado a 16 anos. Foi para Brasília apenas acompanhar um amigo. Quando viu o caos, tentou proteger quem amava. Está preso desde janeiro de 2023.

Esse sofrimento não é justiça. É tortura.

Se você acredita em direitos humanos, compartilhe. Ajude essa história a ser ouvida. Claudinei não pode morrer no silêncio de uma cela.

Gabriel tem apenas 6 anos e não entende porque o seu pai não volta para casa há 2 anos e meio.

Claudinei saiu de Minas para Brasília à convite de um amigo. Foram naquele início de janeiro de 2023. 

O amigo foi para a Praça dos Três Poderes, mais Claudinei foi dar uma volta no comércio. Mas ao saber que estava acontecendo uma situação perigosa, foi em socorro do amigo.

Na Praça, policiais jogavam bombas desde os helicópteros sobre os manifestantes e, por terra, davam tiros com bala de borracha.

Claudinei errou quando entrou num prédio para se proteger, como outros tantos fizeram. 

Por conta de estar lá dentro, foi condenado a prisão de 16 anos e meio pela Suprema Corte, sem direito a recurso.

Já tentou suicídio algumas vezes. A primeira vez foi em dezembro de 2023. A última, na quarta-feira passada. Esse mecânico não quer mais viver. O filho espera o pai em casa..

Justiça e Confiança Desequilibradas

Este artigo especial é do "Observatório para um Brasil Soberano".

 A ideia de justiça imparcial é um dos pilares fundamentais em qualquer democracia. No Brasil, a percepção de grande parte da população em relação à justiça não é esta e vem gerando muitos questionamentos. A sociedade acompanha algumas situações que parecem aproximar demais o poder do Judiciário de certos interesses. Um bom exemplo é a participação do ministro Barroso numa festa, em que até cantou, “dialogando” com o CEO do iFood. A presença de um juiz em um evento “informal” com alguém que tem processos na sua própria corte levanta dúvidas sobre a neutralidade e a distância que um magistrado deveria manter em um processo. Outro ponto que ganha destaque é o "Gilmarpalooza", que acontecerá agora em julho. Mais uma vez, ministros do Supremo Tribunal Federal são esperados em Portugal para "conversar" com executivos de grandes instituições financeiras, como o BTG Pactual. Empresas que, por coincidência, têm um volume considerável de processos tramitando exatamente na Corte que esses ministros compõem. Embora esses encontros sejam justificados como "networking" ou "diálogo estratégico", a imagem que se projeta é a de um ambiente onde a segurança jurídica é tratada de forma particular, distante da formalidade dos tribunais. Essa percepção de tratamento diferenciado afeta diretamente a confiança do público no sistema de justiça. Enquanto a população em geral busca soluções em processos lentos e burocráticos, a imagem de encontros em cenários luxuosos sugere um acesso privilegiado para poucos. O contraste se evidencia quando comparamos com situações em outras esferas. O ex-presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, teve uma reunião com embaixadores no Palácio do Planalto para discutir temas eleitorais. Esse encontro, que era formal e público, gerou uma forte reação, resultando em sua inelegibilidade. Aí surge a questão central: se um diálogo em ambiente formal é rigorosamente questionado e até punido, por que encontros informais de magistrados com partes interessadas em seus julgamentos não geram a mesma intensidade de questionamento midiático e institucional? A coerência nos padrões éticos aplicados a todos os agentes públicos deveria ser o básico. Há que se demonstrar imparcialidade não só nas decisões da corte, mas também na conduta e nas interações de seus membros, evitando qualquer vestígio de privilégio ou acesso diferenciado. O equilíbrio da balança da justiça depende disso. Na percepção do povo brasileiro, porém, esse equilíbrio está longe de ser alcançado.

Moraes agenda mais testemunhos de outro processo sobre suposto golpe. Agora é o caso do Núcleo 2. Saiba quem são os réus.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 14 de julho o início dos depoimentos das testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas dos réus do núcleo 2 da suposta trama golpista.

Fazem parte deste núcleo Filipe Martins (ex-assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro); Marcelo Câmara (ex-assessor de Bolsonaro); Silvinei Vasques (ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal); Mário Fernandes (general do Exército); Marília de Alencar (ex-subsecretária de Segurança do Distrito Federal) e Fernando de Sousa Oliveira (ex-secretário-adjunto de Segurança do Distrito Federal).

Entre os dias 14 e 21 de julho, políticos e militares indicados pelos réus serão ouvidos por videoconferência. Por estarem na condição de testemunhas, as pessoas arroladas não poderão mentir sobre os fatos que presenciaram.

Um dos primeiros a depor será o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que vai depor no primeiro dia de audiência, às 9h, na condição de delator. Ele foi arrolado pela PGR, que faz a acusação

RS aciona governo federal por novas três pontes internacionais

 Atualmente, o Estado conta com apenas duas pontes internacionais em funcionamento: entre São Borja e Santo Tomé e entre Uruguaiana e Paso de los Libres. Uma terceira, entre Porto Xavier e San Javier, está em fase avançada de contratação pelo governo federal.

O vice-governador Gabriel Souza esteve em Brasília, nesta sexta-feira (27/6), para um encontro com o embaixador da Argentina no Brasil, Guillermo Raimondi, e para uma reunião no Ministério do Planejamento e Orçamento, tudo para tratar da construção das pontes internacionais entre os municípios de Porto Mauá e Alba Posse, Tiradentes do Sul e El Soberbio e Itaqui e Alvear.

O governo do Estado já assinou contrato com a Caixa Econômica Federal para obter apoio na elaboração dos termos de referência necessários à contratação dos anteprojetos das três novas pontes internacionais que vão ligar o Estado ao país vizinho.

 O governo gaúcho oficializou o pedido de implantação de uma Área de Controle Integrado (ACI) entre Alba Posse e Porto Mauá. A medida visa garantir maior eficiência na fiscalização aduaneira e no fluxo de pessoas e mercadorias entre os dois países, além da ampliação do horário de funcionamento do porto, atualmente restrito ao período das 7h às 19h. Atualmente, o controle aduaneiro é feito apenas pelo lado brasileiro e voltado exclusivamente às exportações. As importações ocorrem de forma limitada, já que o lado argentino, segundo o município de Porto Mauá, não dispõe de estrutura adequada para atender à demanda crescente.

Histórico sobre os projetos das pontes

Desde o fim de 2024, o vice-governador Gabriel Souza lidera articulações com prefeituras, províncias argentinas, ministérios federais e organismos internacionais para viabilizar as obras. O primeiro passo já foi dado: a contratação da Caixa Econômica Federal para elaboração dos Termos de Referência que guiarão os anteprojetos.

Com investimento inicial de R$ 553 mil, o contrato prevê elaboração dos termos de referência, assessoria técnica e análise dos projetos que serão posteriormente encaminhados à União. O objetivo é que os anteprojetos estejam concluídos nos próximos dois anos, permitindo ao Estado buscar recursos para execução das obras por meio do orçamento federal ou de financiamento internacional.

A elaboração dos documentos também dependerá da realização de estudos topográficos e batimétricos no Rio Uruguai, o que exige a cooperação do governo argentino. Gabriel destacou que essa colaboração é essencial para o avanço dos trabalhos.

Em março de 2025, em Brasília, o vice-governador firmou protocolo de intenções com o Ministério dos Transportes, assumindo oficialmente o compromisso do Estado na condução técnica dos projetos.

Demanda antiga da população

As novas travessias são vistas como solução para gargalos históricos. Em Porto Mauá e Alba Posse, a ligação feita por balsa sofre interrupções constantes devido a cheias do Rio Uruguai, forçando motoristas a percorrerem até 240 quilômetros a mais.

Em Itaqui e Alvear, a paralisação da balsa por oito meses em 2024 causou prejuízos significativos ao comércio local. Já em Tiradentes do Sul, um estudo de 1993 do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem do RS já apontava a necessidade da ponte, mas o projeto nunca avançou por falta de anteprojetos técnicos.

Próximos passos

Com o contrato assinado, o cronograma do governo prevê:

Elaboração dos termos de referência para os anteprojetos;

Licitação das empresas responsáveis pelos projetos das três pontes;

Encaminhamento dos anteprojetos à União para captação de recursos.

A expectativa é de que, com os estudos prontos, o Estado esteja mais preparado para buscar apoio junto ao governo federal e a financiadores internacionais para viabilizar os projetos.

- Este material tem texto e edição dos jornalistas D

Dayanne Rodrigues/Ascom GVG, e Rodrigo Toledo França/Secom

Artigo, Robert De Niro - A velhice não aceita despreparo

Ela não chega 

com delicadeza… e quem a espera de mãos vazias, sente o peso da dependência.


Prepare-se......

Tenha algo guardado, um teto seguro, um carro à disposição.

Mas acima de tudo: 

que tudo isso seja seu.

Porque envelhecer com dignidade exige autonomia.


Não reescreva seus bens. Não confie cegamente que alguém cuidará de você como você cuida de si.

Seja leve: 

menos posses, mais paz.


Quanto mais coisas você tem, mais elas te exigem… e, se não perceber, passam a te possuir.


A arte de viver é uma habilidade rara.

É saber dormir profundamente, 

comer com prazer, 

rir com liberdade — 

e não se deixar consumir pelas preocupações.


Lembre-se: 

neste mundo, nada é realmente nosso.

E quanto menos pertencermos às coisas, mais livres seremos por dentro.


A verdadeira prisão 

é a do apego.

E a liberdade começa quando aprendemos a viver com o essencial.


Banrisul gastou R$ 176,3 milhões com publicidade em 2024, 26,4% mais do que em 2023. Saiba a que interesses responde o Banrisul

A publicidade milionária do Banrisul é usada fartamente para engordar meios de comunicação, atender eventos de toda ordem e servir aos interesses políticos e administrativos do seu controlador.

Somente os milionários gastos publicitários do Banrisul, portanto a parte mais substantiva dos gastos publicitários do governo estadual do sr. Eduardo Leite, explicam por que razão a mídia gaúcha não apenas registra com farto espaço o anúncio da criação da mais nova subsidiária do banco, a inócua Banrisul Cultural, como informa com aplauso a nomeação da ex-secretária Beatriz Araújo para o cargo de CEO.

No lançamento da novidade, o governador disse que ela terá "plena autonomia".

Ops !

No ano passado, o Banrisul gastou R$ 176,3 milhões em publicidade, 26,4% mais do que no ano anterior (R$ 139,4 milhões). Este crescimento é muito superior ao total médio de avanço registrado pelos bancos públicos (CLIQUE AQUI para ler matéria do site Poder360).

São valores absurdamente altos para um banco estadual. O Banco do Brasil, que tem abrangência nacional, mesmo nas mãos do PT, gastou R$ 530 milhões em 2024. E isto que os ativos do BB são 16,6 vezes maiores (R$ 2,4 trilhões) do que os do Banrisul (R$ 147 bilhões). 

Viviane Rosa, CEO da VR Energia: “Empresas que agitam o mercado livre garantem competitividade e economia"

 O mercado livre de energia no Brasil continua a registrar avanços significativos, refletindo uma transformação na forma como consumidores e empresas acessam e gerenciam sua energia elétrica. Dados recentes indicam que em 2025, os consumidores livres já representavam cerca de 40% de toda a energia consumida no país, totalizando uma média de 30.977 MW. 

Nesse cenário de oportunidades, a VR Energia tem se destacado como uma parceira estratégica na transição para o mercado livre de energia. Com o apoio de soluções personalizadas, mais de 180 empresas já migraram para esse modelo, a maioria concentrada na Região Sul. Em abril de 2025, a empresa atingiu a marca de R$ 30 milhões em economia gerada para seus clientes, além de evitar a emissão de aproximadamente 11 mil toneladas de CO₂. Segundo Viviane Rosa, CEO da VR Energia (foto), “a migração para o mercado livre permite uma redução de custos de até 30%, além de oferecer maior autonomia na escolha de fontes energéticas que promovam a sustentabilidade”. 

Viviane destaca que “a migração também possibilita que as empresas se tornem mais competitivas, ajustando suas operações às condições de mercado, melhorando a eficiência operacional e fortalecendo a sustentabilidade financeira. Empresas que agitam o mercado livre garantem competitividade e economia, as que não, ficam para trás”. 

Saiba mais sobre a VR Energia e o Mercado Livre: viviane@vr-energia.com ou (48) 98490-080

Opinião do editor - Censura prévia aprovada pelo STF usurpa prerrogativas do Congresso, amordaça o povo e fere o livre mercado

O Brasil tem 210 milhões de habitantes.

E é no Brasil onde operam 240 milhões de celulares, 170 milhões dos quais navegam pela internet.

Na enorme maioria dos que navegam, postam informações, opiniões - dados de todo gênero - na internet, o domínio é da direita, já que a esquerda, com ênfase para o lulolpetismo e seus aliados, é burra e analógica, mas conta com apoio de boa parte da mídia tradicional ferida de morte pela mídia digital.

Isto explica em grande parte a decisão de ontem do STF, que alterou o artigo 19 do Marco Civil da Internet, promulgado durante o governo Dilma, do PT. O artigo 19 basta-se por si próprio (CLIQUE AQUI para ler), mas o STF decidiu legislar sobre ele, introduzindo censura prévia que no artigo é repelida in limine, até porque censura prévia viola dispositivos constitucionais e é própria de regimes ditatoriais como os da China, Cuba e Coréia do Norte.

Não se trata apenas de endurecimento do regime autoritário administrado pelo STF, mas também um ataque direto ao livre mercado, já que os clientes e usuários das plataformas de grupos multinacionais como os da Meta, sofrerão restrições fatais para seus negócios.

O editor espera que o Congresso corte mais este passo autoritário promovido pelo STF.

Censura prévia

 Pela decisão, as plataformas devem retirar os seguintes tipos de conteúdo ilegais após notificação extrajudicial:

Atos antidemocráticos;

Terrorismo;

Induzimento ao suicídio e automutilação;

Incitação à discriminação por raça, religião, identidade de gênero, condutas homofóbicas e transfóbicas;

Crimes contra a mulher e conteúdos que propagam ódio contra a mulher;

Pornografia infantil;

Tráfico de pessoas.

Mesmo com ordem judicial impeditiva, prefeitura retoma reconstrução do Dique do Sarandi, Porto Alegre

Num claro desafio a ordem judicial impeditiva, o prefeito Sebastião Melo ordenou o início, esta manhã,  da segunda fase da reconstrução do Dique do Sarandi. Inicialmente, as equipes atuarão na retirada das casas que já foram desocupadas na rua Aderbal Rocha de Fraga. A previsão é de que esta etapa dure 14 dias.

Após a limpeza do terreno, a estrutura do dique será refeita. 

O projeto geotécnico da reconstrução do dique prevê a utilização de argila, compactada em camadas, para a elevação da cota da estrutura. Atualmente, ela varia entre 4 e 4,5 metros. Com a obra, passará a ser de 5,8 metros - equivalente à cheia recorde do rio Gravataí, registrada no ano passado. Também serão feitos taludes, na proporção de um metro de altura para dois de largura.

Histórico - A reconstrução do Dique do Sarandi foi iniciada em julho de 2024. A primeira fase da obra, no trecho de 1,1 quilômetro entre as Ebaps 9 e 10, foi concluída em janeiro. À época, as intervenções foram paralisadas em razão da necessidade de acolhimento de 56 famílias. Em março, a Justiça determinou que o Dmae interrompesse todas as atividades na área. A decisão foi revertida nessa quinta, 26.

Dique do Sarandi - A estrutura de proteção contra cheias tem 3,5 quilômetros de extensão. Ela foi concebida na década de 1960, pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS), e está sob a gestão do Dmae desde 2019. Conforme estudo contratado pela prefeitura, o dique foi fragilizado por intervenções humanas - sobretudo escavações, durante construções irregulares.

O projeto prevê, ainda, uma terceira fase de obras para a reconstrução de outros 2 quilômetros do dique. O início dos trabalhos depende do acolhimento de cerca de 500 famílias.

Arrecadação federal em maio atinge R$ 230 bilhões, recorde para o mês

A arrecadação federal no mês de maio alcançou R$ 230,152 bilhões. Esse resultado representa aumento de 7,66% em relação a maio de 2024, já descontada a inflação do período.

A informação é do site da Agência Brasil desta tarde.

Com esse patamar, a entrada de tributos nos cofres federais em maio foi a maior para o mês desde 1995, quando se inicia a série histórica da Receita Federal do Brasil (RFB). Os dados foram divulgados pelo órgão nesta quinta-feira (26), em Brasília. 

A arrecadação de R$ 230 bilhões é composta por R$ 223,8 bilhões administrados pela Receita e R$ 6,4 bilhões administrados por outros órgãos. No pacote administrado pela Receita são incluídos tributos como imposto de renda de pessoas físicas e empresas, receita previdenciária, imposto sobre importação, sobre produtos industriais (IPI), imposto sobre operações financeiras (IOF), PIS/Cofins, entre outros.  As receitas administradas por outros órgãos incluem rubricas como royalties e depósitos judiciais.

A arrecadação no acumulado dos cinco primeiros meses de 2025 também foi recorde, atingindo R$ 1,191 trilhão, o que representa aumento de 3,95% ante o mesmo período de 2024, também descontada a inflação.

Em relação a abril de 2025, houve recuo de 7,33% na arrecadação. Mas as comparações costumam ser feitas com períodos iguais (mesmo intervalo do ano anterior), para que o resultado não seja afetado por questões sazonais.

A divulgação desta quinta-feira marca a retomada da apresentação regular dos dados pela Receita, após o fim da greve de servidores do órgão, este mês, que durava desde novembro de 2024.

Motivos para recorde

De acordo com a Receita, os fatores que explicam o crescimento da arrecadação geral em maio foram:

Comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetam a arrecadação

Postergação de pagamentos de tributos, no Rio Grande do Sul, em razão de enchentes que afetaram a arrecadação de maio de 2024

Crescimento da arrecadação do imposto de renda retido na fonte de investimentos como fundos e títulos de renda fixa, beneficiados pelos juros altos.

Desempenho dos tributos do comércio exterior em função do crescimento das três alíquotas médias e do crescimento da taxa de câmbio

Sobre esse último ponto, a Receita ressaltou que não houve aumento de alíquota de imposto de importação cobrada, e sim que – na comparação com 2024 – cresceu a participação na cesta de produtos trazidos do exterior itens que têm alíquotas mais altas.

Na apresentação de resultados, o auditor Claudemir Malaquias destaca que o comportamento dos cinco primeiros meses do ano segue “a mesma trajetória do final do ano passado, ou seja, uma trajetória ascendente”.

Mês contra mês

Em relação à receita específica administrada pela RFB, o aumento ante maio de 2024 ficou em 8,02%.

No entanto, o órgão subordinado ao Ministério da Fazenda contextualiza que o crescimento seria menor caso fossem retirados de 2024 fatores atípicos não recorrentes, como a postergação da cobrança de impostos de empresas afetadas pelo desastre climático no Rio Grande do Sul e mudanças na tributação de fundos no exterior. Sem esses efeitos, a alta teria sido de 6,18%.

Ao detalhar as fontes de tributos responsáveis pelos valores de maio, a Receita aponta que o maior volume, R$ 23 bilhões, vieram de entidades financeiras, alta de 25,21% ante o mesmo período de 2024.

Livro 26/6/2025

13/02/2025

Atualizações/
26/09/20245
Anterior: Livro 11/9/24
Anterior: Livro 26/09/2024
 Livro 16/12/2024
Anterior: Livro 27/12/2024
Anterior: 02/01/2025
Anterior, 04/02/2025
Anterior: 25/03/2025
Anterior - 27/0325
Anterior - 28/03/2025
Anterior - 05/04/2025
Anterior - 08/04/2025
Anterior - 17/04/2025
Anterior - 27/04/2025
Anterior - 06/05/2025
Anterior - 30/.5.2025
Anterior - 02/06/2025
Anterior - 03/06/2025
Anterior - 20/06/2025
Amterior - 26/6/2025

1º Registro de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas

Capítulo I
O Processo

CAPÍTULO II
O pecado original

CAPITULO III
A Delegada Andrea Matos, filha do ex-juiz federal Rocha Matos

CAPÍTULO IV
O interrogatório

CAPÍTULO V
Assassinato de Reputação. O papel jogado pelo MPRS.

CAPÍTULO VI
Luciana Genro mentiu ao investir contra Polibio Braga

PESQUISAR https://www.jusbrasil.com.br/busca?q=polibio+braga

CAPÍTULO VII
Luciana Genro mentiu no caso da Operação Rodin

CAPITULO  VIII
O caso da Nova Corja

CAPÍTULO I
O PROCESSO.

Promotor Luciano Vaccaro
Gabriel, o que o senhor sabe sobre esses fatos que estão sendo imputados ao Jornalista Polibio Braga.

Gabriel Galli Arévalo, na época funcionário do gabinete da Deputada Federal do PSOL, Fernanda Melchionna, e representante da ONG Somos, testemunha do Promotor e um dos autores do Boletim de Ocorrência registrado na Polícia.
Olha, eu sei que no dia 18 de maio de 2021, o jornalista Políbio Braga fez uma publicação no blog dele registrando a iluminação que o Palácio, que o Governo do Estado realizou no palácio Piratini, né, em relação à alusão a um dia de combate à LGBTfobia. Essa é uma data bastante importante para o movimento LGBT porque marca a saída da caracterização da homossexualidade como uma doença dos registros da Organização Mundial da Saúde. E, nesse texto opinativo que o senhor Políbio realizou nesse blog, ele utilizou uma serie de termos que, na minha compreensão e da organização a que eu faço parte, ONG Somos, que trabalha há 20 anos na defesa e na luta por direitos humanos, tem uma conotação LGBTfóbica. E essas conotações, elas aparecem de forma, na nossa interpretação, propositalmente camufladas, mas que ficam evidentes o teor homofóbico quando faz uma serie de brincadeiras de certa forma com a própria homossexualidade do governador do Estado de cunho vexatório e também quando relaciona a homossexualidade com outras práticas sexuais ou outras, até questões que vão para um cunho de patologia ou doença mental como a zoofilia, pedofilia, né. Fazendo uma associação que é bem clássica e bem conhecida do movimento LGBT, quando tentam nos caracterizar como pessoas sujas e perversas, né (A conceituação que ele concede ao termo “homossexualismo” é própria, pessoal, e não tem nada a ver com o sentido etimológico e legal do termo – veja https://pt.wikipedia.org/wiki/Homossexualidade). Então esse texto ele passa dessa forma e, na nossa compreensão, enquanto jornalista o senhor Políbio Braga assume a posição de disseminar conteúdo discriminatório quando ele faz esse texto. Não é a primeira vez que ele se comporta dessa forma né, por isso também que eu me motivei a prestar essa denúncia, porque nós acreditamos que é de interesse público que esse tipo de comportamento seja pausado. Hoje mesmo houve comentários no blog dele a respeito de como mulheres trans tiram o lugar de pessoas, de outras mulheres no esporte, enfim, sei que não é o conteúdo, não é o caso aqui do que está sendo analisado por essa Vara. Mas eu cito aqui que é uma pessoa que é conhecida por disseminar conteúdos que, na nossa compreensão, podem ser entendidos enquanto discriminatórios e nós entendemos que a partir do momento que o STF define que a homofobia é um crime, nós entendemos que isso deveria ser classificado dessa forma então. 

Promotor Luciano Vaccaro
Só, desculpa te interromper, mas desculpa, eu posso ser ignorante, mas eu também uso a expressão homossexualismo. Eu não sabia que isso não é admitido pela associação de vocês. Me desculpa. Então é uma interpretação sua de que ele agiu dessa forma? Como é que o senhor pode dizer que o fato dele ter usado homossexualismo é de cunho discriminatório homofóbico? Porque eu mesmo uso essa expressão e confesso aqui minha total ignorância, eu estou surpreso. Desculpa.

 

                                                 ******************

Na época, 2021, este então servidor (CC ou Cargo em Comissão) do gabinete da Deputada Federal Fernanda Melchionna, PSOL, no caso Gabriel Galli Arévalo, Diretor Operacional da ONG Somos, que é também Jornalista, foi a única testemunha arrolada pela Promotora Ivana Machado Moraes Battaglia ao acolher indiciamento pedido pela Delegada Andrea Matos e denunciar-me perante a 11a. Vara Criminal do Foro de Porto Alegre por crime de homofobia. 

Este denodado diretor da ONG Somos permaneceu como alto funcionário de Cargo em Comissão durante todo o primeiro mandato da Deputada do PSOL, mas no dia 1o de Janeiro de 2025 resolveu migrar dali para o gabinete da Vereadora Natasha Ferreira,mulher travesti, ativista pelos direitos humanos e das pessoas LGBTI+, Líder da bancada do PT na Câmara de Vereadores de Porto Alegre. 

O cargo para o qual foi nomeado, no caso de Supervisor de Gabinete Parlamentar, rende-lhe polpuydos r$ 15.212,30 mensais.

Estas informações foram obtidas depois de repetidas consultas promovidas com base na Lei de Acesso às Informações. 

Depois de peregrinar pela Polícia e pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul, o Jornalista e Mestre em Comunicação, Galli Arévalo foi ouvido em audiência no dia 20 de junho de 2022 pela juíza Quelen Van Caneghan, que não só acolheu as acusações feitas no inquérito policial conduzido em tempo recorde pela Delegada Andrea Mattos, aceitas e amplificadas de modo inquisitorial pela Promtora Ivana Bataglia, em nome do Ministério Público Estadual, como elevou até a última potência os ataques feitos pelas duas mulheres, condenando o editor a 2 anos de cadeia, mais multa exorbitante.

Galli Arévalo e seu companheiro da ONG Somos, Carlos Cesar Klein, registraram BO, Boletim de Ocorrência, no dia 18 de maio de 2021, dois dias depois Mattos instaurou o inquérito, 5 dias mais tarde ouviu Carlos Klein e a mim mesmo, sendo que um mês depois concluiu sua tarefa com meu indiciamento, acolhido em seguida pelo Ministério Público Estadual, que sequer quis me ouvir.

A partir daí, o Ministério Público Estadual e o aparato oficial e oficioso do PSOL, com ênfase para as Deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, abriram um campanha pública de calúnias, injúrias e difamações contra mim, usando todo o arsenal conhecido de assassinatos de reputação que a esquerda costuma empunhar contra seus desafetos, inclusive com investida direta e bem sucedida de intimidação de anunciante do blog www.polibiobraga.com.br, levando a cancelamentos de contratos de publicidade, com ênfase para o cliente Assembleia do RS, causando-me graves prejuízos financeiros.

As duas representantes do PSOL, do mesmo Partido ao qual pertenceu Adélio Bispo antes de tentar assassinar o Presidente Jair Bolsonaro, não conseguiram e nem conseguem arranhar a reputação de ninguém, embora tentem isto de forma recorrente.

Desde a redemocratização, líderes e liderados de Governos e Partidos de corte ideológico comunista, como PT, PCdoB e PSOL, tentam sem sucesso na maioria esmagadora dos casos, mas com sucesso em outras situações, não apenas me meter na cadeia, como, sobretudo, retirar minhas condições de trabalho, meu patrimônio e minha reputação.

Esta é a escalada que as lideranças lulopetistas empreendem há 38 anos (ano base 1988 e ano examinado de 2024))contra mim:

1) Tirar meus empregos, o que conseguiram com sucesso em empresas como RBS, Band e Caldas Júnior.

2) Meter-me na cadeia, o que não conseguiram, apesar das inúmeras ações criminais movidas ao longo dos anos posteriores à redemocratização.

3) Tomar minha renda e meu patrimônio, o que conseguiram em valores muito expressivos.

4) Caluniar-me, injuriar-me e difamar-me publicamente, promovendo inacreditáveis, recorrentes e incríveis assassinatos de reputação, fazendo uso de expedientes sórdidos como neste caso do malfadado e fracassado processo criminal por homofobia, mas principalmente pelo uso massivo de informações totalmente falsas e insultuosas promovidas pelos blogs Tomando na Cuia e Nova Corja. No caso destas duas publicações, fui buscar reparação judicial e consegui empastelá-los, calando e punindo os detratores. É um caso que a seguir vai contado em detalhes, em capítulos especiais.

Tentaram a mordaça social, física ou financeira, além dos casos já citados, por exemplo, entre dezenas de outros reclamantes, os ex-Governadores Olívio Dutra e Tarso Genro, o ex-Prefeito Raul Pont e Deputados como a própria Luciana Genro e Manuela D'Ávila, o ex-Presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal, sem contar a arraia miúda ideologicamente comprometida com a vanguarda do atraso. 

Ajudei a contar parte desta história no livro "Vanguarda do Atraso", no qual 11 jornalistas e intelectuais narraram as perseguições políticas que sofreram ou registraram durante os Governos do PT.

Boa parte dos autores deste livro, entre os quais eu mesmo, tiveram que ser desagravados em sessão pública levada a efeito pelo Movimento de Justiça e Direitos Humanos, numa memorável noite realizada na sede da Ordem dos Advogados do Brasil.

No caso da ação movida pela Promotora Ivana Battaglia, meus advogados tentaram obter Direito de Respostas às  acusações públicas do Ministério Público Estadual, todas publicadas no site da própria instituição. Foi tudo em vão, porque os pedidos foram recusados administrativa e judicialmente, prevalecendo apenas a denúncia, sem qualquer contraditório. Nos demais casos, não houve busca por direito de resposta, já que as publicações foram consideradas, via de regra, irrelevante. 

Interpelações judiciais, com ênfase para os Deputados Luciana Genro e Gabriel Souza resultaram desertas.

Personagens que atuam nas sombras dos Deputados e que rechearam as redes sociais para repercutirem as falsas acusações, foram emparedados também por interpelações judiciais. Todos cessaram os ataques.

Ao longo dos 38 anos que vão da redemocratização até 2024, o pêndulo judicial não esteve apenas inclinado do lado dos falsos acusadores, porque em pelo menos dois casos memoráveis, foi preciso usá-lo para cobrar judicialmente a responsabilidade por campanhas difamatórias desfechadas contra mim em publicações de internet e que se consideravam fora do alcance dos longos braços da lei. Foram os casos de dois blogs, "Tomando na Cuia" e "Nova Corja", ambos editados por ativistas esquerdopatas. "Nova Corja" foi o capítulo mais complicado, porque mais amplo e tocado por um grupo organizado, coeso, de professores e alunos da PUC do Rio Grande do Sul

Depois de investigações completas, consegui identificar os editores, processei-os, todos foram condenados e ao final e ao cabo, "Nova Corja" e "Tomando na Cuia" resultaram fechados para sempre.

Estes dois casos exemplares serão narrados em detalhes neste livro.

...........

Depois que fui condenado a 2 anos de cadeia no dia 16 de agosto de 2022, tudo por sentença da Juíza da 11a. Vara Criminal de Porto Alegre, Quelen Van Caneghan, os meus advogados Rafael Nunes Leal, Taís Comasseto e Isabela Muller Rocha recorreram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, protocolando tudo no dia 3 de abril de 2023. 

No dia 23 de setembro, a 8a. Câmara Criminal  do Tribunal de Justiça concluiu inédito acórdão, anulando todo o processo e remetendo-o para a Justiça Federal, sob o elementar entendimento legal de que o suposto crime de homofobia, conforme o alegado, ocorreu de fato no âmbito da internet, rede mundial de computadores regulada por tratados internacionais dos quais o governo federal brasileiro é signatário. 

A Delegada Andrea Matos, a procuradora Ivana Bataglia e a juiza Quelen Van Caneghan tinham ignorado a letra fria da lei.

Mas não só.

No dia 26 de março de 2024, o Procurador Federal Felipe Souza, acionado pelo Juiz Federal Guilherme Beltrami, que recebeu o caso, ignorou a discussão sobre o foro adequado, considerando fato vencido, e foi diretamente ao ponto, fulminando o conteúdo e os termos do inquérito, da denúncia e da sentença. 

Souza pediu o arquivamento da ação. 

Simples assim.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami, no mesmo dia, arquivou o processo, que transitou em julgado.

Todos os atores que participaram da orquestração ilegal pagarão pelo que fizeram, menos a Delegada Andrea Mattos, que morreu antes de responder em juízo e fora dele pelas acusações infundadas.

Ao fim e ao cabo, prevaleceu esta manifestação inequívoca a favor da liberdade de expressão, portanto também de imprensa, traduzida em letra de forma pelo Procurador Federal Felipe Souza, tudo no dia 26 de março de 2024:

- Ouso divergir do Ministério Público Estadual do RS e não vislumbrar no texto indução ao pensamento discriminatório, tampouco incitação ao preconceito e discurso de ódio (....) O trecho não contém nenhum tipo de argumentação encadeada (...) Não me parece adequado, quando da formulação da denúncia, pretender emprestar a quaisquer manifestações públicas a pior interpretação possível, capaz de vislumbrar nelas intento criminoso (...) Pelo contrário, a liberdade de expressão é direito fundamental e deve ser ao máximo prestigiada (...) Sendo compatível com a Gramática e a Lógica, mais consentâneo com a dita liberdade, afigura-se-me tentar ler qualquer postagem pública de forma dar ao texto interpretação que não o leve a ser criminializado (...) Tendo sido feita in bonam partem, afasta o caráter criminoso que lhe irrogou o MP-RS).

Fundamentos legais

A acusação

A longo dos 3 anos de tramitação da ação criminal, a Delegada Andrea Matos, a Promotora Ivana Battaglia e a Juíza Quelen Van Caneghan, todas mulheres e operando na primeira instância da Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, esgrimiram reduzidíssimo arsenal de disposições legais, todo ele fulminado pelo juízo competente, que não era o delas, na fase final, na Justiça Federal:

- ADO 26, nos termos do artigo 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89.

Trata-se de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, que tornou efetiva a criminalização específica de todas as formas de homofobia e transfobia, como poderia tornar efetiva a criminalização de qualquer outro objeto, conforme o que bem entendesse a Corte, que, aliás, tem feito isto a partir de abril de abril de 2019, quando censurou a revista eletrônica Crusoé, primeira vítima do escabroso inquérito das fake news. O objeto direto da ação movida no STF foi declarar a inconstitucionalidade na falta de lei que punisse a ação discriminatória contra pessoas LGBTQIA+. A Corte acolheu a ação, desconsiderando o fato de que o constituinte de 1988 não incluiu a questão na Carta Magna porque não quis fazê-lo, por não considerar a existência de crime, o que também não quiseram fazer os legisladores federais a partir dali. O constituinte e o legislador ordinário, entenderam e entendem que ofensas de gênero estão suficientemente tipificadas no Código Penal, quando ele trata dos casos de calúnia, injúria e difamação.

A defesa

Os Advogados de Defesa invocaram proteção constitucional, inclusive jurisprudência e dispositivo do Código de Processo Penal, todos garantidores do livre direito de expressão:

- Artigo 220 da Constituição Federal  e tudo que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV, ADPF 1287 sobre livre pensamento, Artigos 395 e  396 e  do Código de Processo Penal.

Tudo começou a mudar, no entanto, apenas quando os Advogados de Defesa Taís Comasseto e Rafael Nunes Leal apelaram ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que decidiu por unanimidade fulminar todo o processo judicial, mantendo apenas os termos do inquérito policial, já que o caso era evidentemente de competência da Justiça Federal, tudo com base no artigo109, V, da Constituição Federal.

O Juiz Federal Guilherme Beltrami mandou ouvir o Ministério Público Federal, que repeliu as acusações, defendeu a aplicação do Artigo 5o da Constituição Federal, já que foi caracterizada a garantia constitucional do princípio da liberdade de expressão, portanto também de imprensa. Além disto, o Procurador Federal Felipe de Souza não quis sequer levar o caso a julgamento, pedindo o arquivamento de tudo.

Na decisão final que aceitou o pedido de arquivamento, o Juiz Federal considerou que não teria outra alternativa senão basear a sentença final no acolhimento do disposto na Lei 13.964/19e  nos Artigo 18 e  28 do Código de Processo Penal, considerando que o Ministério Público Federal é o titular da ação penal em curso, reforçando assim o princípio legal acusatório definido para o caso do processo penal brasileiro.

 

CAPÍTULO II
A Origem


A defesa da liberdade de expressão, mais especificamente a liberdade de imprensa, é uma das principais batalhas destes tenebrosos anos do Século XXI, como já foi antes, nos séculos anteriores, desde que Gutenberg, 1439, inventou sua galáxia de tipos móveis e que deu início à revolução da imprensa, fundamental no desenvolvimento da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica, tudo que lançou as bases materiais para a moderna civilização, baseada no conhecimento e na disseminação em massa da informação, o que inclui a aprendizagem em larga escala.

No século XXI, como no Século XV, os poderosos de plantão operam de modo sutil ou descaradamente para impor mordaças aos meios, às mensagens e até a eliminação dos mensageiros que os desagradam.

Foi em tudo que isto que pensei ao me dirigir ao interrogatório exigido pela jovem e bela Delegada Andrea de Melo da Rocha Mattos Reschke, a primeira ocupante da então novíssima Delegacia de Combate à Intolerância, inaugurada com grande pompa e circunstância pelo Governador Eduardo Leite no dia 10 de dezembro de 2020, quase ao final do seu primeiro mandato. Na ocasião, a nova Delegacia e Andrea, foram imediatamente paparicados pela mídia tradicional e também por toda a vanguarda do atraso. Uma romaria de políticos comunistas foi prestigiar pessoalmente a Delegada. Dou ênfase para a visita da Deputada do PSOL, Luciana Genro. Ambas, sorridentes, tiraram foto na porta da Delegacia. O deputado estadual do PT, Leonel Radde, entregou-lhe a Medalha do Mérito Farroupilha. 

Aquele início da tarde do dia 25 de março de 2021, pareceu tão sombrio quanto os dias que o antecederam e sucederam, tudo porque Porto Alegre, o Rio Grande do Sul, o Brasil e o mundo todo estavam acossados pela pandemia da Covid-15.

A Delegada Andrea Mattos morreu dois anos depois, de câncer.

Um ano antes, no dia 2 de setembro de 2022, morreu o pai de Andrea Mattos, no caso o ex-Delegado Federal, Ex-Procurador Federal e ex-Juiz Federal João Carlos da Rocha Mattos, que vivia em São Paulo. 

Pouca gente dentro e fora do governo sabia do parentesco.

Rocha Mattos deixou a magistratura depois de ter sido alvo de inquérito que apontou um esquema de venda de sentenças judiciais. Ele já havia sido condenado anteriormente por corrupção e formação de quadrilha. 

Em 2015, o ex-juiz foi condenado a 17 anos, cinco meses e dez dias de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo a denúncia, ele recebeu valores sem origem justificada e enviou ilegalmente quantias para uma conta bancária na Suíça com o auxílio da ex-mulher, Norma Regina Emílio Cunha.

Sua primeira condenação ocorreu em 2003, por formação de quadrilha, denunciação caluniosa e abuso de autoridade. Ele cumpriu oito dos 12 anos da sentença até ir para prisão domiciliar em abril de 2011. Voltou a ser preso em outubro de 2016 para cumprir pena pelo crime de peculato, pelo qual foi condenado, em junho de 2006 a quatro anos e seis meses de prisão. Em 2020, Rocha Mattos foi para prisão domiciliar por causa da crise sanitária imposta pela Covid-19 e, posteriormente, foi para o regime aberto. No mesmo ano, dois imóveis que pertenciam a ele foram a leilão.

.......

O Advogado Pedro Lagomarcino foi quem me acompanhou até o acanhado prédio da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância, instalada em enxutas, espartanas e novíssimas instalações no bairro São Geraldo, a poucos minutos do Centro Histórico de Porto Alegre.

Chegamos no horário, 14h.

A Delegada Andrea Mattos chegou mais tarde. Ela se desculpou pelo atraso. Na época, eu ainda não sabia que a Delegada já lutava contra um câncer que poucos anos depois a mataria.

Não houve troca de gentilezas, porque o escrivão de plantão já anotava os primeiros dados preparatórios ao interrogatório.

Na parede da sala onde eu e o Advogado Pedro Lagomarcino respondíamos ao questionamento da Delegada, percebemos uma placa com esta advertência ilegal e  canalha, colocada como aviso na parede:

- Seu silêncio pode ser interpretado como culpa.

O silêncio nesta fase de interrogatório policial é garantido por qualquer legislação penal de países civilizados, inclusive Brasil, e nem de longe pode ser tomado como confissão de culpa.

Mais tarde, representamos contra a ilegalidade.

Eu me apresentei propositadamente com uma máscara respiratória protetora semi-facial Epi com 2 filtros, não só pelo risco de contrair o vírus, mas também porque sempre considerei tóxicos os ambientes de delegacias policiais, salas de audiências e cárceres em geral, tudo por experiência própria.

Não chovia na Capital, naquele momento, 14h. Segundo o Inmet, os termômetros marcavam 12,4o e a pressão atmosférica batia em 1.015,7, mas nuvens negras ameaçavam a iminência de chuvas sobre Porto Alegre.

Era um dia sombrio.

Antes mesmo do interrogatório conduzido pela Delegada Andrea Matos, o escrivão fez algumas perguntas de praxe, avisando que  eu seria ouvido como suspeito e teria direito a permanecer calado. Em seguida, ele perguntou:

- O senhor já foi preso anteriormente ?

Claro que sim. E não foi apenas uma vez. Eu conto minhas prisões políticas durante o regime militar no livro "Ahú - Diários de Minhas Prisões Políticas"

Ainda sem a presença da Delegada, que parecia não chegar nunca, o Escrivão resolveu ler o histórico da ocorrência, começando pelo resumo do Boletim de Ocorrência, o BO protocolado pelos ativistas de extrema-esquerda Gabriel Galli Arévalo e Carlos Krebs:

“ Houve ofensas a alguém, foram atribuídas ofensas reforçando a vítima no meio social em que ele vive, foram atribuídas qualidades negativas aos defeitos da vítima. Ofensas à vítima constitui na utilização de elementos discriminatórios referente a raça e etnia, a vítima não foi agredida fisicamente. A Delegacia de Polícia de combate à tolerância DPCI, conforme imagem anexada, o jornalista proferiu ofensas a todas as pessoas LGBT relacionando-as à prática de zoofilia. 

Eis a nota:

“ Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini” 

A foto é assunto em todo Brasil e também no exterior. O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como a opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia. Pelo menos no ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o dia internacional do universo LGBTQIA+ que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos e coxilhas pouco frequentadas. Rio Grande do Sul, a política estadual de atenção e integração de uma população LGBTQIA +  implantada com decisão por Eduardo Leite visa elaborar, estimular, apoiar, participar, e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA +. O relato mais recente do grupo gay da Bahia, GGB, divulgado no início de 2019 resultou que 2018 ocorreu 420 mortes de LGBTs no Brasil, 320 homicídios e 100 suicídios.

 O imbroglio todo começou com uma curta nota publicada no blog www.polibiobraga.com.br:

O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS. Ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba nao apenas o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos de coxilhas do Rio Grande.No RS, a Política Estadual de Atenção Integral à Saúde da População LGBTQIA+, implantada com decisão por Eduardo Leite, visa laborar, estimular, apoiar, participar e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA+.  O relatório mais recente do Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgado no início de 2019, registrou que em 2018 ocorreram 420 mortes de LGBTs no Brasil - entre 320 homicídios e 100 suicídios.

.....

CAPITULO III
A Delegada Andrea Matos

Naquele início de tarde do dia 25 de maio de 2021, em plena pandemia do vírus chinês, depois conhecido mundialmente como Covid 19, eu e o Advogado Pedro Lagomarcino  aguardávamos a chegada da Delegada Andrea Mattos, mas como ela estava muito atrasada, o Escrivão Abayomi Mandela Silva Felix, que registraria o interrogatório, resolveu iniciar tudo pela parte introdutória desses tipos de caso, ou seja, pela qualificação do depoente. 

Um pouco antes de ingressarmos na sala da inquisição, pedi ao meu Advogado, o Dr. Pedro Lagomarcino, que ativasse o modo "gravador" no seu celular, tudo com o objetivo de registrar até a respiração da Delegada Andrea Mattos. Eu imaginava que ela produziria um resumo canhestro da conversa, o que realmente acabou acontecendo, incapaz de fornecer o verdadeiro ambiente ocorrido ali, mas também imprestável no caso de registrar o exato conteúdo da conversação, porque foi muito mais uma conversação do que uma inquisição o que aconteceu, embora a isto eu tenha sido forçado.

Ainda assim a oitiva foi muito mais civilizada do que o interrogatório a que fui submetido anos antes, em 1969, por um oficial do Exército vinculado à Operação Bandeirante, a temida Oban, deslocado para Porto Alegre, em pleno regime militar. Ao me ver algemado nas instalações do Dops, na Avenida Ipiranga, Porto Alegre, ao lado do Delegado Pedro Seelig o oficial disparou perguntas que não fizeram sentido para mim, confundindo-me. Incontinenti, ele passou a mão na minha língua e denunciou:

- A língua está seca. Ele está mentindo.

Eu não estava mentindo e nem falando a verdade.

Sem acusações e sem ser interrogado, fui depois de duas semanas libertado da cela escura, vazia, que continha apenas um caninho para circulação de ar, colocado ao alto de uma das paredes do Dops, sem sequer um pedido de desculpas.

Era este o tipo de ambiente que eu quis registrar quando pedi ao Dr. Pedro Lagomarcino que gravasse tudo no seu celular, mesmo sem o conhecimento da Delegada Andrea Mattos.

(incluir fac simile do resumo)

A máscara respiratória protetora semi-facial Epi com 2 filtros, meus problemas de audição, a baixa temperatura em Porto Alegre naquele momento, 14 horas, e a tensão do ambiente, dificultaram o início da conversa:

Escrivão: Qual a profissão do Senhor ? 
Políbio: Como? 

Escrivão: Qual a profissão do Senhor ? 
Políbio : Jornalista 

Escrivão: E o seu endereço ?
Políbio : Eça, Eça com “Ç”, Eça de Queiroz. 

Escrivão: Está bem. Então só apresentando algumas informações, que são seus direitos constitucionais. O senhor vai ser ouvido aqui como suspeito nesse caso. Então o senhor tem direito a permanecer em silêncio, só falar em juízo e o senhor também tem direito a presença do advogado. 
Políbio: Sim, sim

Escrivão: O Sr. Já foi preso anteriormente? 
Políbio : Se eu já fui preso? 

Escrivão: É. 
Políbio: já! 

Escrivão: O Sr. Possui algum vicio? 
Políbio: Desculpe?

Escrivão: O Sr. Possui algum vício? 
Políbio : Vício? 

Escrivão:  É
Políbio: Não. 

Escrivão: Morou com os pais até quantos anos? 
Políbio: Não consegui entender o que você falou.

Escrivão: Morou com seus pais? 
Políbio: Se eu morei com meus pais? Morei.

Escrivão: Até quantos anos? 
Políbio: É...17 anos.

Escrivão: Começou a trabalhar com quantos anos? 
Polibio: Com 13 anos 

Antes de ser ouvido pela Delegada Andrea Mattos, eu já tinha sido interrogado, inúmeras vezes por policiais, oficiais militares, delegados federais e estaduais, promotores, procuradores, juizes e desembargadores, e algumas perguntas sempre me surpreenderam pela imbecilidade delas.

Não foi diferente nesta oitiva na Delegacia de Combate à Intolerância.

O que pode interessar para o caso de um inquérito do gênero, saber quantos anos eu morei com meus pais ou se eu tenho algum vício. E que tipo de vício ? Nem mesmo nos mais acesos interrogatórios policiais ou militares, debaixo de pancadaria, qualquer agente estatal me fez tal tipo de pergunta, a não ser este Escrivão e, mais tarde, uma magistrada de Vara Penal que queria saber se eu me drogava. 

Se eu me drogava ?

Fiquei perplexo.

E se eu me drogasse, que efeito teria isto na ação penal movida contra mim ?

E a Delegada Andrea Mattos demorava a chegar.

Foi então que o Escrivão resolveu ir adiante e passou a ler o Boletim de Ocorrência apresentado por ativistas de uma ONG chamada "Somos", Gabriel Galli Arévalo e Carlos César Klein, todos eles ligados à extrema esquerda gaúcha, com ênfase para o PSOL. Sao indivíduos de ligações fortes com as Deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna. Na época, Galli Arévalo era ocupante de Cargo em Comissão do gabinete de Melchionna.

A Deputada Luciana Genro é minha velha conhecida e costuma fazer a alegria dos meus advogados. Ela, seu pai Tarso Genro e seu primo, o então Capitão Adelmo Genro, ex-Chefe da Defesa Civil d Porto Alegre, moveram processos penais contra mim, alegando crimes de opinião. Eles perderam em todas as instâncias. 

Luciana e seu pai, além do seu ex-marido, o Vereador Roberto Robaiana, são personagens recorrentes do meu livro "Cabo de Guerra", e nenhum deles é retratado com cores favoráveis. 

Ao contrário de Luciana Genro, eu não conheço pessoalmente a  sua companheira de extrema esquerda, a Deputada Fernanda Melchionna.

É mais do que evidente que Luciana Genro e Fernanda Melchionna estavam por trás do BO registrado na Delegacia de Combate à Intolerância.

Eis o que leu para mim o Escrivão Abayomé Mandela Silva Felix:

Escrivão: Tá...enquanto a Delegada não chega, vou ler para o senhor aqui o histórico da ocorrência. Quando ela chegar a gente dá continuidade, tá? 

“ Houve ofensas a alguém. Foram atribuídas ofensas reforçando a vítima no meio social em que ele vive, foram atribuídas qualidades negativas aos defeitos da vítima. Ofensas à vítima constitui na utilização de elementos discriminatórios referente a raça e etnia, a vítima não foi agredida fisicamente. A Delegacia de Polícia de combate à tolerância DPCI, conforme imagem anexada, o jornalista proferiu ofensas a todas as pessoas LGBT relacionando-as à prática de zoofilia. 

Verifique anexo.” 

Escrivão: O autor Sr. Polibio Braga e ele no caso. O texto que se refere é esse aqui, né. 

“ Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini” 

Foto de Felipe Dalla Valle - Fotógrafo contratado pelo Piratini. 

A foto é assunto em todo Brasil e também no exterior. O governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como a opção da vontade sexual das pessoas e não como uma patologia. Pelo menos no ponto de vista da polêmica OMS. 

Ontem foi o dia internacional do universo LGBTQIA+ que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia, fenômeno que ocorre com pouca frequência em barrancos e coxilhas pouco frequentadas. 

Rio Grande do Sul, a política estadual de atenção e integração de uma população LGBTQIA +  implantada com decisão por Eduardo Leite visa elaborar, estimular, apoiar, participar, e promover eventos, estudos, pesquisas, debates e ações que envolvam discussões de saúde da população LGBTQIA +. 

O relato mais recente do grupo gay da Bahia, GGB, divulgado no início de 2019 resultou que 2018 ocorreram 420 mortes de LGBTs no Brasil, 320 homicídios e 100 suicídios. 

CAPÍTULO IV
O interrogatório

Concluída a parte cartorial inicial do interrogatório, a qualificação, não foi preciso aguardar mais tempo algum para a chegada da Delegada Andrea Matos. 

Ela foi direto ao ponto:

Delegada: Olá, tudo bem? 
Advogado: Olá, boa tarde. Tudo bem? 

 Delegada: O Senhor é Advogado? 
Advogado: Sim! Sou Advogado do Políbio. Isto. 

Delegada: Primeiramente, obrigada Senhor Advogado, pela sua presença.  A ideia, Jornalista, é conversar com o senhor, entender o que aconteceu...o que que o senhor quis dizer quando escreveu aquilo...enfim, basicamente isso.   
Políbio: A senhora quer que eu explique o que eu quis escrever, é isso? 

Delegada: Ahmm. Justamente. Isso que eu gostaria que o senhor falasse. 
Políbio: Bom, o que eu tenho a declarar sobre isso é que o texto é autoexplicativo. 

Delegada: O senhor quis dizer o que está escrito ali? 
Políbio: É exatamente aquilo ali, é o que está escrito no meu texto, não na denúncia. 

Delegada: Não, claro ! No seu texto, justamente. E o senhor acredita que tenha feito uma declaração de cunho homofóbico? 
Políbio: Em absoluto! Não fiz. Não é esse o sentido. 

Delegada: Não é esse o sentido .... Então, até desculpa algumas perguntas, elas terão um tom até meio retórico, mas eu gostaria de entender exatamente o que o Senhor quis dizer. Tá, não foi a intenção, mas o que o senhor acha que levou a crer que essa seria a intenção.  
Políbio: Na minha atividade como jornalista - eu sou jornalista polêmico - volta e meia as pessoas não fazem uma análise léxica do meu texto e interpretam sempre de uma maneira incorreta. E eu acho que foi o que aconteceu. 

Delegada: E a questão da comparação...da aparente comparação com a zoofilia? 
Políbio: Não existe essa comparação no texto. 

Delegada: Não existe essa comparação ... 
Políbio: Não existe, ela não foi feita pelos extremistas de esquerda que me denunciaram. É só dar uma olhadinha no advérbio atemporal que foi usado, ele não faz essa conexão. 

Delegada: É por que o senhor citou então a zoofilia? 
Políbio: Como eu poderia ter citado qualquer outra coisa ali. 

Delegada: Então não teve nenhuma comparação de ordem moral? 
Políbio: Não, não. O texto não é comparativo. Não é um nexo de comparação de texto, qualquer análise léxica pode demonstrar que não é assim: o advérbio não é utilizado para efeitos de comparação, de modo. Estas pessoas horríveis que entenderam de maneira diferente e fizeram essa comparação, é porque provavelmente não estudaram muito bem o português, entende ? 

Delegada: Mas se a gente pega aqui, ó: vamos pegar os comentários, tá? Isso aqui o senhor não tem controle, né? Isso aqui as pessoas escrevem o que elas querem. 
Políbio: Não, não tenho controle sobre isso aí e nem é responsabilidade legal minha ser responsável pelo que é publicado como opinião de leitor.ç
Delegada: Justamente. 
Políbio: Eu não censuro os meus comentários e mesmo que censurasse, a responsabilidade por eles não é minha, segundo dispõe claramente o Marco Civil da Internet.. 
Delegada: Sim, sim. E também não é um dever do senhor, mas pelo que a gente percebe aqui, grande parte das pessoas, ali, corroboraram com o que foi escrito. O senhor entende que as pessoas corroboraram, quanto as pessoas que criticaram o que foi escrito, que ambos os grupos não entenderam o que o senhor quis dizer. 
Políbio: Olha, sinceramente...deixa eu dizer duas coisas a respeito disso: 
Primeiro, eu não leio todos os comentários e eu não sei nem do que a senhora está falando. 
Delegada: O senhor quer dar uma olhada? 
Políbio: Não quero não. Isto não me interessa.
Delegada: Não quer olhar…
Políbio: Não. Então a primeira é que eu não leio todos os comentários e segundo, os investigados ou denunciados não são eles, mas sou eu, não ?
Delegada: Eu fiz uma pergunta pro senhor e o senhor tem a liberdade de responder ou não. Então o senhor disse que não lê os comentários, que não bloqueia os contatos, eu não estou fazendo nenhuma análise com relação ao que o senhor está falando, estou sendo objetiva. 
Polibio: Cada comentário desses, a pessoa que fez a crítica é responsável por ele, mesmo que seja mínima a opinião. Ora, basta peticionar em juízo e quebrar o protocolo da internet que vai chegar ao autor, entende ?
Delegada: Então bom, o Senhor não lê, não bloqueia e não é responsável pelos comentários. 

Delegado: Vamos ver o que você colocou aí até agora. 

Escrivão 
O declarante afirma que o seu texto é autoafirmativo/autoexplicativo. Garante que não teve a intenção que o seu texto fosse interpretado como sendo homofóbico. 

Perguntado sobre a comparação com a zoofilia, responde que não houve esse tipo de comparação no seu texto. Perguntei sobre ter citado a zoofilia, responde que não há nenhum motivo específico para o uso do termo “ zoofilia”. Garante que não há comparação no uso de advérbios que permitam tal comparação com a zoofilia. 

O declarante afirma que tal observação somente poderia ser realizado por pessoas com dificuldade na língua portuguesa. Perguntado sobre as pessoas comentarem no seu texto e interpretar como sendo termo homofóbico, responde que não lê e que não é responsável pelos comentários. 

Delegada: O senhor tem mais alguma coisa pra falar sobre isso ou alguma observação que o senhor quer que conste aqui no depoimento? 

Políbio: Não. A senhora quer saber mais alguma coisa ? Pode perguntar. 
Delegada: Não, na verdade eu queria saber realmente se havia alguma relação, esse termo me chamou atenção, né...Se pode levar a entender, não estou dizendo pelo entendimento meu, mas de que existe alguma relação com a zoofilia. O senhor disse que não. 
Políbio: Isto lhe chamou atenção? Também? 
Delegada: Acho que não cabe a mim responder esse tipo de pergunta. Na verdade é o que vem na denúncia, não estou falando da minha interpretação, a minha interpretação aqui, neste momento, nem cabe. 
Políbio: Ah, tá. 
Delegada: Eu estou falando do teor da denúncia, enfim.  
Políbio: Foi o que lhe chamou atenção, né ? Tem outras colocações ali, mas o que lhe chamou atenção foi isso, né ? 
Delegada: Não estou falando que me chamou atenção, eu tenho que perguntar o que chamou atenção da pessoa que fez a denúncia. Segundo a alegação, seria com relação ao termo homossexualismo, se isso denotaria algum tipo de patologia. 
Políbio: Aquele negócio da Organização Mundial da Saúde, a OMS, né? Ah, tá. 
Delegada: Na visão do senhor, eu quero saber na visão do senhor, usar esse termo homossexualismo com o final “ ismo”, isso denotaria uma ideia de que a opção sexual seria uma doença? 
Políbio: Eu não quero falar sobre esse assunto. Acho que é irrelevante. Gostaria que registrasse que na minha opinião isso é irrelevante, eu não vou entrar numa discussão científica, tá? 
Delegada: Tudo bem. 

Eu acho que é isto. Mais alguma coisa? 
Advogado: Eu gostaria, apenas, de registrar, se a senhora me permitir, Delegada, que ele destacou no final do texto, foi um grande parágrafo em que ele trouxe todos os dados em relação ao que ocorre na realidade e isso não foi pontuado, pelo menos não nas perguntas da senhora, com o devido respeito, mas ele faz um relato sobre todo histórico que existe de agressão exatamente a essa comunidade. Então, nessa questão, O jornalista deixa claro que o texto é autoexplicativo. Ao meu ver, isso é importantíssimo. 

Delegada: Então, tá. Vou ajustar. 
Advogado: Que a denúncia, na verdade, ela se debruça sobre essas marcações que estão em rosa, né. 
Delegada: Sim, justamente por isto que nós marcamos aqui, não é uma opinião nossa, é o que chegou pra nós. 

Delegada: Acho que é isso. Por mim é isso. Se não tiver mais nada a acrescentar…mais nada a acrescentar? 
Políbio: Não tenho nada a acrescentar. 

Delegada: Qualquer coisa, a gente volta a entrar em contato.

CAPÍTULO V
Assassinato de Reputação

A ONG Somos, ligada de forma umbilical a ativistas e dirigentes gaúchos do Psol, com ênfase para os casos das deputadas Luciana Genro e Fernanda Melchionna, e a Delegada Andrea Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância, criada em 2021 pelo primeiro governador assumidamente gay do Rio 
Grande do Sul, não trabalharam sozinhos e, sim, de forma orquestrada com o Ministério Público Estadual, tudo para assassinar a minha reputação.

Em prazo curto, a ONG Somos registrou BO, em prazo mais curto ainda a Delegada Andrea Mattos me indiciou e em velocidade extrema a Promotora Ivana Machado Moraes Battaglin me denunciou criminalmente.

E não foi só isto.

Há 50 anos venho respondendo processos judiciais criminais, cíveis e militares, sempre recheados por acusações no âmbito do meu trabalho jornalístico ou mais amplamente por usar livremente a garantia constitucional da liberdade de expressão, mas em nenhum caso anterior ocorreu uma campanha explícita, midiática, inclusive administrativa, de assassinato de reputação, como se deu nesta sórdida investida contra minha liberdade, minha honra, minha profissão, minha renda e meu patrimônio, portanto os meios de minha sobrevivência como profissional e pessoa humana.

Os principais protagonistas dessa orquestração puderam ser identificados pelos meus Advogados Taís Comasseto, Rafael Leal, João Darzone e Pedro Lagomarcino. Eles moveram ações junto aos agentes do Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul, da Assembleia do Estado e da Câmara dos Deputados. 

Mais tarde, depois do caso transitado em julgado, o dr. Alexandre Gotz das Neves foi contratado pro bono para levar a juízo os diretores da ONG Somos, a própria ONG e a Deputado Luciana Genro. O controle da mão mudou.

Os responsáveis por toda a perversa orquestração são agrupados por mim em dois núcleos cujos líderes estiveram articulados entre si, contanto ou não com colaboradores, no caso a Coordenadoria da Diversidade Sexual e a Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social do MPRS (Núcleo 1) e a Deputada Estadual Luciana Genro (Núcleo 2).

NÚCLEO 1
Ministério Público aplica fake news contra mim

Foi neste núcleo que uma campanha midiática se estabeleceu, tudo para construir a falsa narrativa construída pela ONG Somos, a Delegada Mattos e o MPRS imputaramndo-me a "prática de indução e incitação à discriminação e ao preconceito de cunho homofóbico", conforme publicação que o Ministério Público Estadual disponibilizou no seu site no dia 29 de julho de 2021, exatamente às 13h26m.

No mesmo dia exigi direito de resposta, mas isto me foi negado. O recurso ao Judiciário foi infrutífero. As decisões contrárias ao pedido ferem as razões de direito. De qualquer modo, publiquei meu direito de resposta no blog www.polibiobraga.com.br:

O ataque do MPRS contra a liberdade de imprensa e de expressão

No dia 29 de julho de 2021, no seu site, o Ministério Público do RS abriu espaço para que a Coordenadoria de Diversidade iniciasse ataque pouco oblíquo, elogiando a decisão da Delegada Andrea Mattos de me denunciar. 

O título da matéria não deixou margem a qualquer dúvida:

- Coordenadoria de Diversidade apoia investigação contra homofobia.

No texto, mesmo sem me ouvir, o MPRS resolveu que eu era culpado pelo crime de homofobia e que precisava ir para a cadeia: "Nesse sentido, a Coordenadoria acompanha a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia 15/7, contra o jornalista Polibio Braga, por prática de indução e incitação à discriminação e ao preconceito de cunho homofóbico".

Sob uma bandeira do arco íris, símbolo do movimento gay, a coordenadora da diversidade sexual Gabriela Lorenzi, demonstrou de que lado se colocou: "A importância dessas ações, após a decisão do STF que enquadrou homofobia e transfobia como crimes de racismo, tem, também, o caráter de coibir falas LGBTfóbicas baseadas na liberdade de expressão". Gabriela Lorenzi chegou a declarar, na entrevista, que a Delegada Mattos e o MPRS "atuaram de brilhantemente após a denúncia da ONG Somos contra o jornalista Políbio Braga por crime de homofobia".

Ops !

A Promotora Gabriela Lorenzi, a Delegada Andréa Mattos, o MPRS, Luciana Genro, Melchionna e a ONG Somos, mas não apenas eles, tiveram, mais tarde, que engolir cada uma das suas falsas acusações.

A seguir, o texto integral da matéria publicada pelo site do Ministério Público Estadual. Depois da publicação feita sem contraditório algum, o MPRS negou-me direito de resposta.

Coordenadoria de Diversidade apoia investigação contra homofobia

Publicação: 29/07/2021 às 13h26min

Bandeira do movimento LGBTQIA+

Por meio da Coordenadoria da Diversidade Sexual, a Secretaria da Igualdade, Cidadania, Direitos Humanos e Assistência Social trabalha para que não seja tolerado qualquer tipo de ação discriminatória, pois o respeito à diversidade e à dignidade humana é um aspecto fundamental em nossa sociedade.

Neste sentido, a Coordenadoria acompanha a denúncia oferecida pelo Ministério Público, no dia 15/7, contra o jornalista Políbio Braga, por prática de indução e incitação à discriminação e ao preconceito de cunho homofóbico. A ação foi formulada com base na investigação realizada pela Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre.

No dia 18 de maio de 2021, o jornalista publicou, em seu blog, um artigo intitulado “Eduardo Leite manda bordar as cores do arco-íris gay na fachada do Piratini”, sobre a iluminação do Palácio Piratini com as cores da bandeira LGBTQIA+, no Dia Internacional contra a LGBTfobia. No texto, constam frases percebidas como de caráter homofóbico, como: “o governador Eduardo Leite decidiu comemorar em alto estilo a legalização do homossexualismo como opção da vontade sexual das pessoas e não como patologia, pelo menos do ponto de vista da polêmica OMS” e “ontem foi o Dia Internacional do Universo LGTBQIA+, que engloba não só o homossexualismo, mas ainda não compreende a zoofilia”.

Para a coordenadora da diversidade sexual Gabriela Lorenzet, este é um movimento muito importante para garantir o respeito à população LGBT. “A importância dessas ações, após a decisão do STF que enquadrou homofobia e transfobia como crimes de racismo, tem, também, o caráter de coibir falas LGBTfóbicas baseadas na liberdade de expressão” e reiterou a atuação da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância de Porto Alegre e do Ministério Público do Estado, “que atuaram brilhantemente após a denúncia da ONG Somos – Comunicação, Saúde e Sexualidade contra o jornalista Políbio Braga por crime de homofobia”.

A Coordenadoria espera que o episódio seja esclarecido o mais rapidamente possível, que as responsabilidades sejam apuradas, pois entende que o amadurecimento da sociedade passa pelo combate a toda forma de intolerância. O objetivo do poder público é evitar que situações semelhantes se repitam.

Apesar do pedido de direito de resposta, o Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul negou abrir espaço, alegando que o site usado para me caluniar, injuriar e difamar, tinha apenas caráter institucional e que portanto não tinha cunho jornalístico, algo que nem mesmo o Marco Civil da Internet distingue. 

Mentira pura.

A busca pela proteção jurisdicional também resultou fracassada.

Diante disto, a alternativa, então, foi usar o próprio blog www.polibiobraga.com.br para responder às pérfidas acusações e provocações feitas pelos agentes públicos do Ministério Público Estadual, que em momento algum permitiram o contraditório, ignorando até mesmo o princípio básico do jornalismo, que é o de ouvir a outra parte. 

Direito de resposta

Direito de resposta

Este texto corresponde ao direito de resposta exigido pelo editor do blog www.polibiobraga.com.br, citado e acusado nominalmente através do site do Ministério Público Estadual, sem que tenha sido ouvido e baseado unicamente nos termos de inquérito policial aberto em cima de uma denúncia de organização não governamental, ONG, que se sentiu desrespeitada em seus direitos civis.

No Brasil atual, existe uma perseguição clara contra jornalistas que usam a liberdade de expressão, portanto também de imprensa, para que se calem diante do discurso único que tenta impor suas opiniões, tentando suprimir o direito constitucional e legal à informação e ao contraditório, apanágio de qualquer sociedade civilizada. Na nota, a representante do MPE não é sequer capaz de tipificar legalmente o caso de homofobia, já que o constituinte de 88 jamais fez isto e jamais o legislador tipificou-o. O que existe é uma jurisprudência polêmica, extremamente subjetiva, estabelecida pelo STF, comparando homofobia a crimes de racismo.

O MPE no seu site do dia 15, informou que ofereceu denúncia contra o jornalista Políbio Braga por prática de indução e incitação à discriminação e preconceito de cunho homofóbico. A notícia informa que a ação foi formulada com base no inquérito policial oriundo da Delegacia de Polícia de Combate à Intolerância em Porto Alegre, mas não revela quais foram os termos do inquérito.

A bem da verdade dos fatos, o editor do blog www.polibiobraga.com.br publica no link a seguir os exatos termos do inquérito, de acordo com transcrição fiel de tudo que aconteceu durante a oitiva realizada pela delegada do caso. CLIQUE AQUI para ler o texto integral do interrogatório e perceber que no texto publicado pelo jornalista e nas respostas que deu na delegacia, nada há que cheire a homofobia.

Não há, no texto do blog, “nenhuma prática de indução e incitação à discriminação e preconceito de cunho homofóbico”, ao contrário do que conta a promotora de Justiça Ivana Machado Moraes Battaglin na nota publicada neste site.

Diz a nota do site do MPE: “Ivana destaca que a conduta do denunciado configura a prática de homofobia, pois menospreza a dignidade humana das pessoas integrantes da população LGBTQIA+, atingindo-os de modo genérico por sugerir a patologização e a imoralidade das identidades de orientação sexual e de gênero nela inseridas”. Não é verdade. O jornalista tem 60 anos de profissão como jornalista profissional, escritor, advogado inscrito na OAB sob número 8771 e esta é a primeira vez na sua vida que enfrenta acusações tão desarrazoadas e pelas quais já busca em juízo e fora dele a devida reparação civil e criminal.


NÚCLEO 2
LUCIANA PEDE BOICOTE DA ASSEMBLEIA
Aliança de Ferro une Luciana Genro, Psol, e Gabriel Souza, MDB.

https://lucianagenro.com.br/2021/05/apos-pedido-de-luciana-genro-blog-lgbtfobico-perde-patrocinio-da-assembleia
21.5.21

Tão logo a Delegada Andrea Mattos pediu meu indiciamento e o Ministério Público Estadual decidiu aceitar o pedido e me denunciou judicialmente, no dia 21 de maio de 2021, a Deputada Luciana Genro, PSOL, a quem são ligados dirigentes da ONG Somos, dirigiu-se ao então Presidente da Assembleia e mais tarde Vice-Governador do Governo tucano de Eduardo Leite, Gabriel Souza, para exigir o cancelamento do contrato de publicidade existente entre meu blog www.polibiobraga.com.br e o Poder Legislativo.

A Deputada vem do PT, cujos governos de Olívio Dutra e do próprio pai de Luciana Genro, Tarso Genro, durante seus mandatos na Prefeitura de Porto Alegre e no Governo do Estado, executaram multiplicados meios para garrotear meus serviços jornalísticos, como narrado nos meus livros "Vanguarda do Atraso", "Herança Maldita - Os 16 anos do PT em Porto Alegre" e "Cabo de Guerra".

Ela revelou-se boa aprendiz.

A expedição exitosa da Deputada do extremista PSOl, Luciana Genro, foi contada por ela mesma nesta publicação a seguir, datada de 15 de julho de 2021:

Após a ONG Somos denunciar uma postagem preconceituosa de Políbio Braga em seu blog, a deputada Luciana Genro (PSOL) solicitou ao presidente da Assembleia Legislativa que retirasse um anúncio publicitário que o Parlamento mantinha em seu site. O presidente Gabriel Souza atendeu ao pedido e removeu o patrocínio.

“Uma vitória da luta de toda a comunidade LGBT, afinal de contas não podemos financiar discurso de ódio, ainda mais com recursos públicos”, disse a deputada. O movimento Sleeping Giants RS também está lutando para alertar empresas e órgãos públicos a respeito de seus anúncios veiculados no blog de Políbio.

O post denunciado pela ONG Somos associa a população LGBT à prática de zoofilia ao comentar a iluminação do Palácio Piratini com as cores do orgulho LGBT na segunda-feira, dia 17, data em que se celebrou o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia. Os ativistas da ONG Somos realizaram um boletim de ocorrência contra Políbio por crime de homofobia em virtude de sua postagem

PEDEM MINHA MORTE NO FACE DA LUCIANA

No próprio Facebook da Deputada do PSOL, Partido nanico de extrema esquerda, nascido de uma dissidência do PT. seguidores de Luciana Genro me insultaram, inuriaram, difamaram e caluniaram, inclusive com ameaças de morte, como esta:

Carlos Jose Dos Santos
Esse cara tem mais é q morrer.

Esta outra seguidora de Luciana Genro usou idosofobia para me atacar:

Marilia Verissimo Veronese
te aposenta, velha múmia obsoleta!

Moa Porto preferiu baixar ainda mais o nível, sem censura da responsável pela rede social extremista de Luciana Genro:








Os comentários ofensivos cessaram por completo depois que acionei meus Advogados para interpelar e processar civil e criminalmente pelo menos dois dos autores, escolhidos aleatoriamente para que servissem de exemplo.

Todos se acovardaram e recolheram os flaps.

O texto completo da deduração feita por Luciana Genro e os comentários insultuosos dos seus seguidores foram salvos por mim neste endereço:
https://www.facebook.com/LucianaGenroPSOL/posts/361020412045059/

No mesmo dia 15 de julho de 2021, reverberaram entre os aliados do PSOL, todo o texto comemorativo da denúncia feita contra mim pelo Ministério Público Estadual a partir de registro de BO por parte da ONG Somos e do indiciamento patrocinado pela Delegada Andrea Matos, e comemorando a asfixia financeira exigida por Luciana Genro junto ao Deputado Gabriel Souza.

Basta procurar no Google, porque lá continuam registros de 15 de julho de 2021:

1) Como o do site Extra Classe, controlado pelo Sindicato dos Professores do RS, o Sinpro (https://www.extraclasse.org.br/justica/2021/07/ministerio-publico-denuncia-polibio-braga-por-homofobia/

2) Como o do X da Deputada Federal Fernanda Melchionna, aliada de Luciana Genro (https://x.com/fernandapsol/status/1415843807665565708).

Poucos dias depois, no dia 27 de junho de 2021, os Advogados João Darzone Júnior e Pedro Lagomarcino interpelaram a Deputada Luciana Genro junto ao Tribunal de Justiça, visando obter mais informações, confirmação e retratação em relação a suas ações contra minha renda, meu patrimônio e minha honra junto ao Presidente da Assembleia do Estado, no caso o Deputado Gabriel Souza. A deputada tinha foro privilegiado. O relator do caso negou o pedido, os Advogados insistiram e ele acabou cedendo. A deputada nada respondeu.

A interpelação foi medida cautelar preparatória para ação penal.

O inteiro teor da ação foi salvo por mim e está neste link, inclusive a bateria de perguntas a respeito de pontos obscuros das denúncias e do pedido de corte da programação publicitária autorizada pela Agência Moove em nome do seu cliente Assembleia do Estado do RS. 
http://www.polibiobraga.com.br/inicial.pdf

Sem resposta à interpelação judicial, decidi usar a Lei de Acesso à Informação, protocolando uma bateria de perguntas objetivas a respeito das circunstâncias das exigências feitas ao Presidente da Assembleia por parte da Deputada Luciana Genro. A Assembleia respondeu algumas das questões colocadas, mas não todas elas, alegando que os elementos solicitados encontravam-se sob resguardo legal.

Inconformados, eu e meus Advogados decidimos ajuizar Mandado de Segurança contra o Deputado Gabriel Souza, que se obrigou a responder em juízo todas as questões recusadas. Foi no dia 14 de dezembro de 2021.

O inteiro teor das explicações fornecidas ao Relator Marco Aurélio Heinz está no link a seguir e é tudo exemplar:
http://www.polibiobraga.com.br/preliminares.pdf


CAPÍTULO VI
Uma velha birra com a Família Genro

Ao replicar de imediato a decisão do Ministério Público Estadual de acolher a denúncia da delegada Andrea Mattos contra mim, baseada em BO da ONG Somos, a deputada estadual Luciana Genro, líder do nanico extremista PSOL, deixou claro que todos os agentes públicos e os denunciantes firmaram uma aliança de ferro para me meter na cadeia.

Mas não só.

Luciana Genro teve bons mestres no quesito da censura à imprensa através do corte de publicidade nos veículos de comunicação considerados "desagradáveis". Um desses mestres foi seu próprio pai, conforme revela o livro "Vanguarda do Atraso", que publica minhas denúncias da época em que Tarso Genro foi Prefeito de Porto Alegre e depois Governador do Rio Grande do Sul.

A deputada do PSOL também agiu para me atacar financeiramente, tudo ao exigir que a Assembleia do RS tratasse de cancelar o contrato de publicidade que mantinha com meu blog www.polibiobraga.com.br, o que de fato aconteceu.

Ao viralizar nas redes sociais a notícia do cancelamento, aos quatro ventos, a deputada provocou tensão e temor contra mim no mercado publicitário, resultando numa debandada em massa de de anunciantes, com visíveis e permanentes prejuízos financeiros ao editor do blog.

Tão logo o processo criminal por homofobia transitou em julgado, resolvi ir a juízo para responsabilizar civil e penalmente a ONG Somos e a Deputada Luciana Genro.

Foi por isto que decidi contratar o advogado Alexandre Gotz das Neves no dia ... de ........ de 2025 para buscar reparações por parte da ONG Somos e dos seus dirigentes, como também da Deputada Luciana Genro.

Há algumas décadas tenho me encontrado em juízo com a Família Genro, inclusive com a Deputada Luciana Genro.

E sempre levei vantagem.

A família Genro tenta me botar na cadeia de qualquer maneira. Além de Luciana Genro, também seu pai, o ex-governador Tarso Genro, que promoveu uma desastrada administração na pPrefeitura e no Governo do Rio Grande do Sul, moveu ação criminal contra mim, fulminada no dia 10 de janeiro de 2020 pelo TJRS, que lhe negou recurso extraordinário ao STJ, já que não logrou êxito em todas as fases anteriores do processo, inclusive recursos, embargos e apelações. Antes de Tarso e filha, também um primo de Tarso, o então capitão bombeiro André Genro, processou o editor, tudo por não tolerar críticas por atos que praticou na Defesa Pública de Porto Alegre durante a gestão do PT, 2002 a 2004. Como Tarso, ele perdeu o caso em todas as instâncias e teve que pagar custas completas.

Da mesma forma que o pai, Luciana Genro, moveu ação penal contra mim no dia 2 de junho de 2015, visando meter-me na cadeia, tudo porque não gostou de quatro notas que publiquei e que considerou crimes contra sua honra.  Ela fez isto quando ainda era chefe de gabinete da bancada de um deputado só, uma excrecência dos parlamentos brasileiros, usando esta condição para fazer o Ministério Público Estadual trabalhar em seu lugar e de graça.

Defenderam-me os advogados Nilton Carvalho, Nathália de Borba Carvalho e Rodrigo Alves, todos do escritório gaúcho Carvalho Vernet Advogados.

A representação de Luciana Genro pedindo abertura de processo penal contra mim foi entregue ao MP
RS no dia 28 de abril de 2018. Na representação, ela pediu que o MPRS me enquadrasse nos crimes de calúnia, injúria e difamação, mas o promotor Carlos Odone Costa dos Santos preferiu ficar apenas com a questão menor da injúria. Na verdade, ele se limitou a anexar a representação da deputada e promoveu a acusação em escassas oito linhas.

Ao acionar o MPE, a líder gaúcha do Psol, ex-candidata fracassada à presidência, livrou-se das custas do processo, inclusive ao pagamento dos meus Advogados.

Luciana Genro e seu aliado MPRS perderam o caso.

CAPÍTULO VII
Luciana

Luciana Krebs Genro, como o pai, é de Santa Maria, a mesma terra de lideranças comunistas conhecidas nacionalmente, como é o caso de Paulo Pimenta, que foi ministro da Secom por alguns meses e acabou defenestrado sem dó e nem piedade por Lula no seu 3o governo. Nos seus primeiros anos, Luciana foi criada pela mãe, Sandra Krebs Genro, médica, e pelos avós, porque Tarso Genro tinha fugido e se exilado no Uruguai, temendo ser preso pelo regime militar. Acabou voltando sem problemas. O coronel Brilhante Ustra, acusado como torturador pela esquerda brasileira, contou, mais tarde, que foi ele quem garantiu o retorno de Tarso, mas o pai de Luciana nega tudo, embora prefira não falar no caso.

O pai de Tarso e avô de Luciana, Adelmo Simas, foi dirigente do PSB e por isto também foi perseguido pelo regime militar.

 Em 2025, no dia 17 de janeiro,  a líder psolica fez 55 anos, exercendo pela terceira vez o mandato de Deputada Estadual pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), dissidência do PT e que ela ajudou a fundar em 2003, expulsa que foi do PT por discordar da proposta lulopetista da previdência dos servidores federais. Trata-se de um Partido que coloca no seu programa a destruição do capitalismo e do imperialismo, portanto de corte ideológico comunista.

Um monstrengo partidário deste feitio no tem como dar certo, como a história já demonstrou em casos emblemáticos como os da URSS, Coreia do Norte e Cuba, mas não só.

A filha rebelde de Tarso Genro, que nunca saiu do PT, foi duas vezes Deputada Federal e três vezes Deputada Estadual, perdeu duas eleições para Prefeito de Porto Alegre e uma vez para Presidente da República (2014), entrando sempre em 4o lugar e nunca emplacando mais de dois dígitos de votos. Ao contrário do pai, Tarso Genro, que foi Prefeito de Porto Alegre e Governador do Rio Grande do Sul, Luciana Genro nunca exerceu cargo executivo algum, a não ser CCs (Cargo de Confiança na bancada estadual do PSOL) quando ficou sem mandato e sem renda e precisou do benefício. Políticos profissionais sem mandato, tanto de esquerda quanto de direita, fazem isto sem pudor algum.

A deputada é casada com o jornalista Sérgio Bueno, mas antes dele morou três anos com Roberto Robaina, Vereador do PSOL de Porto Alegre. Luciana conheceu Roberto na militância estudantil do Colégio Júlio de Castilhos. Ela ingressou ali em  1985, com 14 anos. Deste relacionamento, nasceu Fernando Marcel Genro Robaiana, que em 2025 completou 37 anos. Luciana e Roberto fazem dupla política até hoje. Em 1997, ambos envolveram-se em atos violentos de ocupação da Assembleia do RS. Robaiana era CC de Luciana. Ele foi condenado no caso. Em 1999, no governo Olívio Dutra, ela divergiu do PT e acabou punida. Mais tarde, 2002, eleita Deputada Federal, divergiu várias vezes do Governo Lula e acabou expulsa do Partido.

Mas ela também enfrentou problemas graves.

Em um episódio que ficou conhecido como "A Farra das Passagens", em 2009, no qual deputados federais utilizavam verba parlamentar para compra de passagens aéreas para parentes, Luciana Genro foi denunciada pelo MPF pelo crime de peculato, juntamente com outros 71 ex-parlamentares, pela compra, segundo o MPF, de 233 passagens aéreas, totalizando R$ 197.166,26. Em sua defesa, alega que a compra das passagens "foi totalmente dentro da lei e da moralidade" e que vai "colaborar com todas as investigações". O processo foi extinto, devido à expectativa de prescrição que, segundo o juiz que julgou o caso, ocorreria quando o processo chegasse ao final. O MPF recorreu da decisão.

Luciana iniciou sua trajetória política em 1985, aos 14 anos,[19] no Colégio Estadual Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, quando entrou no movimento estudantil. Foi a partir deste momento que passou a ter contato com as mais diversas correntes internas do Partido dos Trabalhadores, organização a qual seu pai era filiado[17]. Ainda que a convivência com a política tenha começado dentro de casa, Luciana sempre teve importantes divergências políticas com Tarso inclusive depois de também ingressar nas fileiras do PT.

A deputada do PSOL tem se notabilizado por denúncias e acusações pesadas contra adversários, sempre em tom extremamente áspero e grosseiro, mas o conteúdo mais claro da sua atuação é a suposta defesa dos descamisados, para os quais prevê a solução de regimes políticos de corte ideológico comunista e de sistemas econômicos também comunistas, embora rotule uns e outros como "socialista" e "anti-capitalista".

No final de 2004, iniciou-se o processo de coleta de assinaturas para a criação do PSOL, e em setembro de 2005 foi concedido o registro legal ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

O PSOL chegou a manter autonomia em relação ao PT, com ênfase na fase do julgamento do Mensalão, 2005, quando Luciana foi um dos políticos e ativistas que chegou a lavar o piso do Congresso Nacional.

Este período foi um doce sonho de verão, porque o PSOl virou nanico e acabou linha auxiliar do PT.

CAPITULO VII

Luciana Genro e a Operação Rodin

PSOL e Luciana Genro reuniram a imprensa para mentir

      Apenas 48 horas depois que encontrou o cadáver que buscava para emparedar o Governo Yeda Crusius, a ponta de lança que o Eixo do Mal usava para empreender missões politicas suicidas já estava a postos de novo para tirar o máximo proveito da morte do ex-representante do Piratini em Brasília, Marcelo Cavalcante

     O PSOL e seus líderes, tendo à frente a filha do então Ministro da Justiça e Chefão da Polícia Federal, depois Governador do Rio Grande do Sul, Luciana Genro, tendo ao seu lado o ex-marido, o Presidente do Partido, Roberto Robaina, e mais os Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Machiori, reuniram a imprensa na tarde do dia 19 de fevereiro de 2009, para disparar uma saraivada de acusações e denúncias, sem apresentar qualquer prova.

As missões politicamente suicidas de Luciana Genro e do PSOL serviram como uma luva aos interesses eleitorais do Ministro Tarso Genro e do PT. Foram por eles estimuladas e amparadas.

Antes mesmo da coletiva de imprensa, os comunistas psólicos Luciana Genro e Pedro Ruas. tiveram um último contato com seus mais improváveis novos aliados o Vice-Governador Paulo Feijó, do DEM, e o lobista Lair Ferst, ambos anticomunistas fervorosos, mas inimigos jurados de Yeda Crusius, por terem seus interesses contrariados. O ódio aos tucanos foi o que uniu gente tão antípoda. Lair Ferst e Paulo Feijó, irmãos na mesma dor da rejeição, do ciúme, da inveja e da vingança, supriram os dois líderes esquerdistas com farta munição falsa.

Ao abrir a entrevista, a líder gaúcha do PSOL foi direto ao ponto, expressando-se através de frases curtas, usando falsetes para sublinhar as palavras finais de cada fala, engolindo escancaradamente a saliva para pontuar os dramaticamente os pontos mais expressivos:

           - Estamos fazendo estas denúncias porque um já foi assassinado e outros também poderão ser mortos. Queremos que ajudem a sociedade a se livrar dessa quadrilha que mente descaradamente para evitar que a opinião pública conheça quem é que está comandando o Estado neste momento.

As acusações e denúncias não envolveram apenas a morte de Marcelo Cavalcante, ex-chefe do Escritório de Representações do Governo do Rio Grande do Sul em brasília, embora ela tenha sido o ponto de convergência do dramalhete midiático e tenha puxado a entrevista. No total, saíram nove grosseiras denúncias, inclusive sobre vídeos que teriam sido gravados pelo lobista Lair Ferst, contendo supostas cenas de corrupção explícita, todas ocorridas durante a campanha eleitoral tucana de 2006.

 Estas foram as s nove denúncias e acusações apresentadas durante a coletiva do PSOL:

1- Recursos da Mac Engenharia para caixa 2 de campanha – R$ 500 mil repassados a Lair Ferst, Delson Martini e Carlos Crusi; 2 - RS 200 mil entregues duas vezes a Aod Cunha e Lair por empresas fumageiras do RS; 3 -Testemunha afirma que Yeda e "outras pessoas” estariam, em uma conversa, negociando R$ 100 mil da fraude do Detran; 4 – O Deputado José Otávio Germano recebeu RS 400 mil de caixa 2 para o segundo turno da campanha; 5- Lair conversando (em áudio e vídeo) com corretor sobre a compra da Mansão Assombrada. Além dos R$ 750 mil que Yeda diz ter pago, Lair teria pago outros R$ 400 mil informalmente": 6- Mensalinho distribuido Pela Secretária Walna Vilarins e pelo Delson Martini, em 2007. As empresas que estariam recebendo "não são conhecidas"; 7 - Pagamentos de contas pessoais de Yeda feitos por agência de publicidade, inclusive "compras de Supermercado”; 9- R$ 100 mil de caixa 2 entregues para campanha por Humberto Busnello, do"; 8- Lair em áudio e vídeo negociando uma reforma feita na casa de Yeda; 9 – R$ 100 mil de caixa 2 entregues para a campanha por Humberto Busnello, empreiteiro.

São antológicas duas frases produzidas durante a coletiva por Genro e seu ex-marido, Roberto Robaina, Presidente do Luciana PSOL:

Luciana Genro - Os vídeos são claros como filme de cinema.

Roberto Robaina – São imagens registradas por estes olhosque a terra há de comer.

Era tudo mentira.

Menos de três anos depois, no dia 4 de julho de 2011, a Turma Recursal Criminal do Tribunal de Justiça acatou ação movida pelo Professor Carlos Crusius e condenou a três meses de cadeia o Vereador Pedro Ruas por ter mentido naquele dia. Na mesma data, o mesmo Pedro Ruas, mais Luciana Genro, Roberto Robaina e o próprio PSOL, foram desmentidos sistematicamente diante da Juíza Zaffari Lacerda, em processo ajuizado pelo empresário Humberto Busnello, incomodado com a citação do seu nome entre os personagens que teriam sido filmados pelo lobista Lair Ferst e disponibilizadas por Paulo Feijó para Luciana e Pedro Ruas, em supostas sucessivas reuniões que realizaram no chamado Palacinho, escritório de despachos do Vice-Governador, e no seu escritório pessoal do Edifício Iguatemi Corporate.

Não foram os únicos casos em que Luciana, Pedro Ruas, Robaina e o PSOL sentaram no banco dos réus em função das mentiras que produziram no dia 19 de fevereiro de 2009. Luciana Genro, Deputada Federal, e Pedro Ruas, Vereador, tentaram em todos os casos escapar da afiada espada da lei e da justiça, invocando imunidade parlamentar num caso em que não existe “nexo de causalidade entre o exercício da atividade parlamentar e as afirmações realizadas”, conforme ensinou no dia 4 de julho de 2011 a Dra. Cristina Pereira Gonzales no arrazoado de 12 laudas proferido no âmbito do Acórdão da ação 71003108065 (Carlos Crusius contra Pedro Ruas).

As repetidas tentativas de fuga empreendidas pelos líderes do PSOL contrastaram de maneira escandalosa com as bravatas que todos eles faziam em todos os jornais, rádios e TVs que procuravam para falar. Desafiador e arrogante, o vereador Pedro Ruas sempre pareceu mais bravateiro.

-Eu quero que me processem. Eles não têm coragem de fazer isto, porque sabem que pedirei exceção da verdade provarei em juízo.

Ele fugiu do processo e do contraditório nas ações cível e criminal movidas pelo Professor Carlos Crusius. Ao final e ao cabo do primeiro processo transitado em julgado no dia 4 de julho de 2011, uma ação cível, humilhado, cabisbaixo, não pediu exceção da verdade, não provou nada, perdeu até os prazos para recursos e foi condenado.

Era tudo mentira.

Em Porto Alegre, na sede do PSOL, bem antes disso, no entanto, Luciana Genro, Roberto Robaina e Pedro Ruas não usaram meias palavras para acusar Yeda Crusius pela morte de Marcelo Cavalcante, mesmo sem apresentar prova alguma. O trio tentou oferecer credibilidade às acusações, ao repetir até a exaustão que provas de tudo que estavam dizendo encontravam-se em poder do Ministério Público, Polícia Federal. Justiça Federal de Santa Maria e Procuradoria Geral da República. Bastava que os jornalistas fossem procurá-las. Quase em coro, a troika do PSOL passou a sentença final:

- Yeda está por trás de tudo. Foi queima de arquivo.

Naquela tarde do dia 19 de fevereiro de 2009, nenhum jornalista ousou questionar ali mesmo, na sede do PSOL, a total falta de provas materiais e de testemunhas, O clima na sede do partido era de já ganhou", um "oba-oba" de vamos pra frente", porque o Cenário estava montado desde a Operação Rodin e nele só havia lugar para bandidos e mocinhos, um novo embate entre o bem e o mal, sem meios termos, bem ao gosto das históricas disputas que a ferro e fogo moldaram as fronteiras, o estabelecimento, a vida e o caráter de todos os gaúchos dentro do território incandescente do Rio Grande do Sul.

Os jornalistas atraídos pelo PSOL para a entrevista coletiva acomodaram-se no pequeno auditório de 20 cadeiras, desarranjadas em três fileiras, defronte à mesa principal, onde só cabem seis pessoas, ainda assim acotovelando-se para abrir espaço sob o teto sem forro, pintado de amarelo-claro. Todos chegaram até ali através de um pequeno hall de entrada, protegido pelos olhares congelados de fotos que retratam Carlos Marighella e Che Guevara, os dois heróis do Partido Socialismo e Liberdade. O pardieiro antigo, de dois andares, na Rua da República 108, mal se sustenta em meio ao reboco solto, à fadiga dos materiais e à sujeira generalizada. A escada de madeira que dá acesso ao andar superior, nem sequer range quando alguém se aventura a buscar material no depósito.

Antes de reunir os jornalistas para a coletiva, os líderes do PSOL entregaram o que supunham ter para a RBS.

Foi um jogo de cartas marcadas.

O Eixo do Mal articulou-se para passar credibilidade à farsa.

O cadáver de Marcelo Cavalcante, as "gravações produzidas  do arrepio da lei pelo lobista Lair Ferst e pelo Vice-Governador Taulo Feijó, balizaram dali para a frente toda a farsa política manipulada de modo permanente e cruel pelos agentes do Eixo do Mal.

Os eventos sucessivos reproduziram variações sobre o mesmo tema.

Em Brasília, enquanto corria a entrevista coletiva na sede do PSOL, os pais, o irmão e a filha de Marcelo Cavalcante preparavam-se para revelar na Polícia Civil e no Ministério Público Federal suas suspeitas de que inimigos de Yeda Crusius estavam por trás da morte do ex-representante do Governo do Rio Grande do Sul. Marcos Cavalcante, o irmão, registrou formalmente as suspeitas da família no dia 5 de março de 2009, ao depor no inquérito policial:

- Não foi suicídio. Foi queima de arquivo. Os inimigos de Yeda Crusius mataram meu irmão porque ele iria denunciá-los por terem tentado usá-lo contra o Governo do PSDB.

A Polícia Civil de Brasília jamais registrou qualquer denúncia ou acusação contra Yeda Crusius ou seus aliados e por isso não buscou esta linha de investigação para apurar a morte de Marcelo, mas foi atrás das denúncias dos familiares de Marcelo e ouviram o lobista Lair Ferst e sua amiga Magda Koenigan.

O caso foi encerrado como suicídio, a pedido do Ministério Público Federal, já que os promotores e a polícia não se convenceram de que tinha ocorrido assassinato ou induzimento ao suicídio.

Mas naquela tarde do dia 19 de fevereiro de 2009, uma quinta-feira muito quente, abafada pelo tempo gris e chuvoso, apenas 48 horas depois de encontrado o cadáver do ex-auxiliar de Yeda Crusius no Lago Paranoá, enquanto os familiares de Marcos Cavalcante ainda choravam sobre a sepultura do morto, Luciana Genro, Pedro Ruas e Roberto Robaina, aproveitaram a desgraça da família Cavalcante para reacender a crise politica no Grande do Sul, desencadeada quase dois anos antes, no dia 6 de novembro de 2007, com a eclosão da Operacão Rodin por parte da Polícia Federal, então sob o comando efetivo do Ministro da Justiça, o mesmo Tarso Genro que mais tarde seria eleito Governador.

O caso mais escabroso e que mexeu com a honra pessoal de dezenas de pessoas denunciadas e acusadas sem provas e sem testemunhas pelos líderes do PSOL nem foi o que resultou na condenação transitada em julgado do Vereador Pedro Ruas, embora este tenha sido emblemático, já que teve começo, meio e fim.

É que o discurso e a prática criminosos do PSOL do Rio Grande do Sul ficam muito mais escrachados na revelação dos termos das audiências a que compareceram Luciana Genro, Pedro Ruas e Roberto Robaina, no andamento da ação cível por danos morais movida na 2a Vara Cível de Porto Alegre pelo empresário Humberto Busnello, sob o número 001/1.09.0085539-1. Na petição inicial, o empresário prometeu doar o dinheiro da indenização para a entidade Pão dos Pobres.

O que contrariou o empresário Humberto Busnello foi esta denúncia de Luciana Genro aos jornalistas que foram ouvi-la na sede do PSOL:

O sr. Humberto Busnello entregou R$ 100 mil para o Aod Cunha (ex-Secretário da Fazenda) na presença de Lair Ferst, em plena campanha eleitoral de Yeda. Isso foi o que ouvi na fita com cenas nítidas como um filme de cinema.

Humberto Busnello era, na época, um dos mais poderosos, influentes e sérios empresários do Rio Grande do Sul. Ele já tinha sido Presidente do Sicepot, o sindicato das empreiteiras gaúchas, e foi Vice-Presidente da Fiergs. Era membro proeminente da famíli Toniolo, Busnello, empreiteira que realizava obras em todo o Brasil. Aod Cunha, na época da suposta reunião, era o Coordenador do Programa de Governo de Yeda, mas não era o Tesoureiro da campanha. Até pouco tempo antes, tinha ocupado a Presidência da Fundação de Economia e Estatística. 

Busnello e Aod nem se conheciam pessoalmente.

Era tudo armação do PSOL.

Ao sentar no banco dos réus para depor como acusada, Luciana Genro mostrou a cabeça erguida e o ar desafiador de quem não teme nada, mas ao final do corrosivo interrogatório conduzido pela própria Juíza Zaffari Lacerda, a líder do PSOL começou a vacilar e baixou a cabeça.

Quem fez a filmagem?

Supostamente o próprio Lair, com o intuito de obter premiada. Ele conseguiu excluir do processo a esposa familiares.

E a situação do Lair na época?

Ele ofereceu aquele vídeo para que o Feijó comprasse. Para autorizar que viesse a público o vídeo, Feijó tinha que comprar, mas o Feijó não quis.

Não deu explicações por não comprar?

Ele disse que era uma coisa ilegal.

Estava autorizado a fazer a negociação?

O Lair ofereceu ao Feijó. No vídeo está escrito o nome dos personagens. Por isso que nós tivemos a certeza de que era o Busnello e eram R$ 100 mil, porque o Feijó também nos disse isso e nos mostrou o termo da delação premiada em que estava escrito isso.

No vídeo, aparecia o Dr. Humberto Busnello, que está aqui na audiência?

Ele estava meio de costas e o dinheiro estava num envelope.

Deu para contar o dinheiro?

As cenas estavam legendadas e diziam: “Busnello entrega RS 100 mil para Aod". O Paulo Feijó confirmou isso.

Foi um espetáculo escabroso e degradante. 

Os Advogados Ricardo Giuliano e Laércio Leivas, em memorial entregue à Juiza Zaffari Lacerda, expuseram as veias abertas de Luciana Genro:

-A política deve ser praticada tendo em vista o interesse público e nunca para a satisfação das disputas políticas de ocasião, menores e sem qualquer sentido republicano.

O pior para a situação complicada dos réus Luciana Genro, Pedro Ruas e Roberto Robaina ainda estava por vir. Acontece que não tỉnham prestado depoimento duas das quatro testemunhas chamadas pelos réus, no caso o Chefe de Gabinete do Vice-Governador, André Zielmanovicz, e o próprio Paulo Feijó. As outras duas testemunhas, o Deputado Onyx Lorenzoni, do DEM, e o lobista Lair Ferst, negaram-se a depor.

André e Paulo Feijó desmentiram tudo. 

Novamente foi a Juíza Zaffari Lacerda quem insistiu em buscara verdade. Este interrogatório de Paulo Feijó equivale a uma sentença de morte:

O Dr. Humberto Busnello, que está presente, é o homem que aparece no vídeo referido no processo?

Humberto Busnello é homem de bem, respeitađo, e jamais vi qualquer CD ou imagem dele junto ao ex-Secretário Aod Cunha.

Este CD existe?

Não existe, mas existe uma gravação no HD do notebook do lobista Lair Ferst, editado por ele, sem legenda, mas ali não aparece o Dr. Busnello.

 

CAPÍTULO VIII

Os casos dos sites punidos pelo editor: Tomando na Cuia e A Nova Corja
A internet e as redes sociais não são território sem lei e sem ordem

Entre os anos de 1967, pleno regime militar, e 27 de fevereiro de 2009, 11 anos depois da promulgação da Constituição de 1988, os chamados crimes de imprensa eram objeto de ações judiciais baseadas numa draconiana Lei de Imprensa. Antes de 1967, casos controversos levados ao Judiciário baseavam-se na Constituição e na legislação infraconstitucional, notadamente os Códigos Penal e Civil, mais seus respectivos Códigos de Processos.

A Lei de Imprensa acabou fulminada por contrariar frontalmente a Constituição de 1988, quando em 27 de fevereiro de 2009 o STF acatou a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 130-7-DF). Nela, o Plenário suspendeu a validade dos artigos 3, 4, 5, 6, 20, 21, 22, 23, 51 e 52 da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67), inviabilizando-a na prática.

Somente em 2014 surgiu nova legislação para atacar os chamados "crimes de imprensa", no caso o Marco Civil da Internet,. que foi criado em 23 de abril de 2014, através da Lei nº 12.965. Ele estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da internet no Brasil, além de definir diretrizes para a atuação do governo em relação à rede. O projeto de lei, que tramitou por anos, foi sancionado pela então presidente Dilma Roussef.

Em 17 de agosto de 2018, um novo ordenamento legal somou-se à farta legislação já existente para regular os conteúdos disponibilizados dentro e fora do mundo virtual, no caso a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei nº 13.709/2018, que é a legislação brasileira que estabelece regras para a coleta, tratamento, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais, tanto no ambiente online quanto offline. Seu objetivo principal é proteger os direitos fundamentais de liberdade e privacidade, além de garantir a livre formação da personalidade de cada indivíduo. 

Antes mesmo da Lei de Imprensa promulgada pelos militares em 1967, mas mesmo depois dela e sobretudo a partir do advento da Constituição de 1988,, enfrentei e enfrento toda a sorte de embates judiciais, o que me torna seguramente o jornalista que maior número de  processos enfrentou e enfrenta, pelo menos até metade do ano de 2025.

MJDH







A questão do anonimato, que tem contrariado inúmeros leitores que se identificam, não assombra o editor por uma razão muito simples:

- O editor identifica qualquer anônimo, no momento que bem entender, através do IP utilizado. A Internet possui inúmeras ferramentas que permitem isto.

Não é comum, mas o editor lembra que em pelo menos dois casos bem conhecidos, os dos canalhas blogs Tomando na Cuia e Nova Corja, identificou os IPs e através deles chegou aos provedores localizados fora do País, encontrou os responsáveis, puniu-os judicialmente e promoveu o cancelamento dos registros que tinham na Web, poupando os leitores dos atos criminosos que se utilizavam do anonimato existente na rede.

NOVA CORJA

Com o cancelamento da Lei de Imprensa pelo Supremo Tribunal Federal, em 30 de abril de 2009, só é possível processar criminalmente por injúria, calúnia ou difamação o autor de um comentário ofensivo, e não o responsável pelo blog. Assim concluiu o juiz Carlos Francisco Gross, da 9ª Vara Criminal de Porto Alegre, ao recusar queixa-crime apresentada pelo jornalista Políbio Adolfo Braga, que se sentiu ofendido com textos publicados no blog Nova Corja.

O primeiro texto que motivou a discórdia, assinado pelo jornalista Rodrigo Álvares, insinua que Políbio Braga trocou favores com autarquias ligadas ao governo estadual e à prefeitura de Porto Alegre. Segundo a nota, Políbio Braga fazia elogios à administração estadual e municipal e, em troca, recebia verba publicitária de órgãos públicos para publicar anúncios em seu site.

“O que leva anunciantes como prefeitura de Porto Alegre, Banrisul, Assembléia Legislativa, BRDE [Banco Regional de Desenvolvimento], Cremers [Conselho Regional de Medicina] ou Simers [Sindicato Médico] a comprar mídia em sites sem expressão, tais quais os de Políbio Braga…. Certamente não é a repercussão ou os preços camaradas”, diz o texto publicado pelo blog em 25 de junho de 2009

O jornalista ingressou com duas ações contra Walter Valdevino, um dos editores do blog, cuja identidade foi informada pelo servidor do site. Alegou não ter conseguido localizar o verdadeiro autor — Rodrigo Álvares, o qual classificou como fugitivo. A ação civil cautelar por danos morais foi extinta em julho e o processo cível ainda está em tramitação.

Já a ação penal foi arquivada no dia 6 de outubro. O juiz Carlos Francisco Gross recusou a queixa-crime por inépcia. Na sentença, ele cita a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 130-7-DF) julgada pelo Supremo em 27 de fevereiro. Nela, o Plenário suspendeu a validade dos artigos 3, 4, 5, 6, 20, 21, 22, 23, 51 e 52 da Lei de Imprensa (Lei 5.250/67).

Para o juiz, a decisão do STF remeteu os casos de calúnia, difamação e injúria para a esfera penal. Sendo assim, o autor deveria ter, entre outras exigências, definido quais artigos do Código Penal o acusado teria infringido. Afirma o juiz: “Da mesma forma, ao imputar ao querelado calúnia, difamação e injúria novamente cria confusão a respeito de qual figura típica seria aplicável. Ao tudo pedir, deixa ao arbítrio do juízo determinar a conduta penal, o que não se admite em processo de cunho criminal, particularmente daquele veiculado através de ação penal privada”.

Ainda segundo o juiz, a suspensão da Lei de Imprensa também afeta a quem se dirige ações de calúnia. O autor apresentou queixa contra Valdevino alegando ser ele o titular do cartão de crédito usado para pagar a anuidade de manutenção do site. De acordo com o Código Penal, apenas o autor da calúnia poderia ser acionado na Justiça. O juiz condenou o autor a pagar as custas do processo no valor de R$ 500.












Atua nas áreas do Direito Previdenciário e Direito Penal no escritório Genro & Genro Advocacia dos Direitos Constitucionais, em Porto Alegre.[70]


INTERROGATÓRIO

De acordo com arts. 187, paragrafo 2o, 188, 189 e 190 do CPP


 

INQUÉRITO POLICIAL 134/2021, decorrente de BO  de Caio Cesar Klein e que gerou este inquérito

Em 2019 STF tornou homofobia, bifobia e transfobia equivalente a racismo, de acordo com resultado da ADO 26, nos termos das lei 7.716/89. 3 páginas.

 

Me indiciou como incurso no art. 20, p. 2o da lei 7.716/89.

 

No inquérito policial, falou Gabriel Galli Arevalo. FOI DISPENSADO DE COMPROMISSO PELO ART. 201 DO CPP.

 

AÇÃO MOVIDA PELO MPE

Incurso no art. 20, parágrafo 2o, lei 7716/89

6 páginaS

 

DEFESA DE POLIBIO BRAGA

Invoca art. 220 da CF e que se vincula ao art. 5o, IV, V, X,XIII E XIV

 

ADPF 1287 sobre livre penamento

 

VERIFICAR MAGISTRADA DIVERSA DA TITULAR QUE ACEITOU A DENÚNCIA

 

A decisão da magistrada violou art. 5o CF e 396 do CPP

 

PEDE REJEIÇÃO DE ACORDO COM ART. 395, INCISO III DO CPP

 

....

 

ALEGAÇÕES FINAIS

 

53 páginas

 

....

 

ALEGAÇÕES FINAIS PB

 

Absolvição pelo asrt. 386, III dlo CPP

 

;;;;

 

SENTENÇA

 

Condena pelo art. 20, parágrafo 2o da lei 7.716/89

 

;;;;

 

ACÓRDÃO

 

Base para enviar para a JF é artigo 109, V, da Constituição Federal

 

 

 

;;;;;;;

 

JUIZ FEDERAL

 

Lei 13.964/19

https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2019/lei/l13964.htm

 

Art. 28 do CPP

 

O juiz não quis aplicar esta lei, considerando que o |MPF é o titular da ação penal, até porque a lei 13.l964 reforçou o perfil acusatório do processo penal brasileiro.

 

Ressalvfados disposto no art. 18 do CPP.

 

Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia. Art.




  LEI Nº 14.197, DE 24 DE MARÇO DE 2025 Inclui art. 2º-A na Lei nº 12.302, de 19 de setembro de 2017, vedando a divulgação das campanhas de peças ou anúncios publicitários institucionais em veículos de notícias ou informações que tenham sido condenados por difusão de notícias fraudulentas – fake news ou por crimes resultantes de prática de discriminação ou de preconceito. A PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE Faço saber, no uso das atribuições que me obrigam os §§ 3º e 7° do art. 77 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, que a Câmara Municipal aprovou e eu promulgo a Lei nº 14.197, de 24 de março de 2025, como segue: Art. 1º Fica incluído art. 2º-A na Lei nº 12.302, de 19 de setembro de 2017, conforme segue: “Art. 2º-A Fica vedada a divulgação das campanhas de peças ou anúncios publicitários institucionais de que trata esta Lei em sites, blogs, portais ou qualquer outra plataforma de veiculação de notícias ou informações, impressa ou digital, que tenha sido condenada, com sentença transitada em julgado, por ação ou omissão decorrente da divulgação de notícias fraudulentas – fake news – ou por crimes resultantes de prática de discriminação ou de preconceito. Parágrafo único. A vedação de que trata este artigo perdurará pelo prazo de 2 (dois) anos, contados a partir do trânsito em julgado da sentença condenatória, e será aplicada nos casos em que os responsáveis pelas plataformas de veiculação de notícias ou informações tenham sido condenados por: I – praticar crime ou contravenção penal por meio de divulgação de notícias fraudulentas; ou II – praticar, induzir ou incitar a discriminação ou o preconceito de: a) raça; b) cor; c) gênero; d) orientação sexual; e) etnia; f) religião; ou g) origem.” Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, 24 DE MARÇO DE 2025. Documento assinado eletronicamente por Nadia Rodrigues Silveira Gerhard, Presidente, em 25/03/2025, às 09:46, conforme horário oficial de Brasília, com fundamento no Art. 10, § 2º da Medida Provisória nº 2200-2/2001 e nas Resoluções de Mesa nºs 491/15, 495/15 e 504/15 da Câmara Municipal de Porto Alegre. Documento assinado eletronicamente por Tiago Jose Albrecht, Vereador, em 29/04/2025, às 11:00, conforme

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Projeto de 7 de 6 de 2021

Detalhes do Processo 00558/21 | Câmara Municipal de Porto Alegre


Maio de 2021 saíram BO e o resto do processo por homofobia