Opinião do editor - O governo do PT vacila ou prefere que o jogo sujo fique por conta do PSOL e do STF no caso do IOF

Até este momento, 16h30min desta segunda-feira, dia 30 de junho, portanto final do 1o semestre de 2025, o governo lulopetista ainda não tinha cumprido a ameaça de ir ao STF para pedir que seus amigos fulminem o decreto legislativo que acabou com os decretos presidenciais de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras.

O governo pretendia arrecadar mais R$ 21 bilhões ainda este ano e R$ 40 bilhões por ano a partir do ano que vem, batendo o bolso de pobres e ricos, mais mais dos pobres.

Eu faço duas leituras a respeito da aparente vacilação do governo de Lula, do PT:

1) O governo Lula, do PT, sabe que Câmara e Senado aprovaram o decreto legislativo do deputado Luciano Zucco em tempo veloz e por aplastante maioria. Dos 550 votos da Câmara, o governo ficou só com 98 votos, todos ou quase todos da esquerda mais atrasada da história brasileira, sendo que no Senado o resultado foi ainda pior. 

Vale a pena enfrentar tão aplastante maioria do Congresso, desconsiderando as consequências políticas do enfrentamento, justamente diante de um Poder que pode até cassar o mandato até do presidente, sem falar na imensidão de projetos que o governo quer aprovar e tem aprovado ali ?

2) Aparentemente, o governo Lula, PT, parece interessado em manter seu confronto com o Congresso de modo terceirizado, como é o caso da tarefa suja de bater às portas do Supremo corra mesmo por conta do nanico puxadinho PSOL, que nem esperou por decisão que não sai da AGU, e já protocolou pedido para que o STF confronte o Congresso, revogue o decreto legislativo e restabeleça os decretos do governo que aumentam o IOF.

O STF já sinalizou que poderá fazer isto, porque o relator do pedido do PSOL é ninguém mais e ninguém menos do que o superministro Alexandre de Moraes.

Mais recentemente, por não querer ou não poder pagar as emendas parlamentares, o confronto foi terceirizado pelas mãos do ministro Flávio Dino, já peitado pelos presidentes do Senado e da Câmara, que na quinta-feira afrontaram o ministro ao desmarcar ida a audiência pública para a qual já tinham confirmado presença - e fizeram isto com a audiência em cima da hora, para marcar posição.

Flávio Dino, como bom cabrito, não berrou, mas percebeu que o mar não está para peixe.

Enquanto isto, o governo lulopetista continua preferindo fazer narrativas na base do rançoso discurso da luta de classes, naquilo que não passa de uma narrativa da luta do "nós contra todo o povo brasileiro", domo disse hoje o presidente da Câmara, Hugo Motta.

O fato é que a razão está por conta da influente revista inglesa The Economist, que neste final de semana reverberou aquilo que já se sabe há algum tempo aqui mesmo no Brasil, ou seja, que Lula da Silva não é mais levado a sério no exterior que seu governo e sua popularidade derretem a olhos vistos no Brasil. 

Recomendo que leiam o texto integral desta publicação no meu blog www.polibiobraga.com.br de hoje. Está tudo ali.

Lula e sua diva tresloucada Janja da Silva parecem pouco se lixar para o que dizem e pensam a respeito deles no exterior e aqui dentro. Não é por outra razão que neste domingo, enquanto Bolsonaro se afobava na Paulista, Lula e Janja preferiram deitar na bem aparada grama do Palácio Alvorada, tudo para observar os passarinhos e as folhas lápidas invernais dos Ipês, conforme a própria Janja postou no seu Instagram.

É este non sense do casal presidencial imperial, pouco diferente do non sense dos tiranos e seus amigos do STF, que ao fim e ao cabo precisam ter o passo cortado de uma vez por todas, porque eles consideram que o povo brasileiro é mesmo um bando de 213 milhões de pequenos tiranos, como proclamou Cármem Lúcia, ao justificar suas decisões indiscutíveis que toma com seus 10 pares do alto do Olimpo desta pobre Banana Republic do Brasil.

Por último:

Caso o terceirizado PSOL obtenha êxito e o STF atreva-se a usurpar prerrogativa do Congresso no caso do IOF, valerá a pena que o Legislativo paute e vote a PEC 28/2024 que dá ao Congresso poder de retardar o ativismo do STF. 

Caso não faça isto, essa coisa toda do IOF parecerá um mero jogo de cena - uma farsa.

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