O secretário de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Sandro Caron, determinou a instauração de um inquérito policial para investigar a denúncia de possível uso de bens públicos em ações relacionadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no município de Pedras Altas. A decisão foi comunicada ao deputado estadual Marcus Vinícius de Almeida (Progressistas), autor do pedido, após o envio de um ofício detalhando os fatos.
"Já enviando para a Polícia Civil para urgente instauração de inquérito", afirmou o secretário em resposta ao parlamentar.
Novas denúncias incluem caminhão público
Além das máquinas mencionadas inicialmente, o deputado também recebeu imagens enviadas por produtores da região que indicam a presença de um possível caminhão público nas terras invadidas. Esses relatos reforçam a necessidade de uma investigação ampla e detalhada sobre o uso de recursos públicos na ocupação.
O caso foi levado à atenção do deputado por produtores rurais da região, que relataram o uso de bens públicos em ações de assentamento em áreas invadidas. As ocupações envolveram a Cabanha Santa Angélica, propriedade histórica fundada em 1870 e reconhecida pela criação de cavalos crioulos e bovinos, e a Fazenda Nova, produtora de grãos e gado de corte.
Enquanto isso, cerca de 200 integrantes do MST seguem em vigília no pátio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Porto Alegre, sem apresentação formal de pautas reivindicatórias.
Deputado exige rigor e transparência
Marcus Vinícius reforçou que o uso de bens públicos para apoiar ações que ferem o direito de propriedade é inadmissível. "É inaceitável que bens públicos, destinados à produção de alimentos, sejam utilizados para violar a propriedade privada", afirmou. Ele também destacou a gravidade das denúncias e a importância de garantir a segurança jurídica no campo.
"Estamos ao lado de quem trabalha e produz. Transparência e rigor na apuração são fundamentais para proteger os produtores rurais e assegurar que recursos públicos sejam utilizados de forma legítima", declarou o parlamentar.
A instauração do inquérito pela Polícia Civil, segundo o deputado, não serviria apenas para esclarecer os fatos, mas também, de acordo com ele, responsabilizar eventuais envolvidos, preservando os direitos dos produtores e a segurança no campo.
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