As vendas do varejo gaúcho despencaram 17,4% no mês de novembro, tudo comparado com os números do mesmo mês do ano anterior. Comparado com outubro, a queda foi ainda maior, 25%.
A informação saiu ontem no Boletim Setorial, divulgado pela Secretaria da Fazenda (Sefaz).
No acumulado de um ano, no entanto, o setor registrou um crescimento de 6,8% nas comercializações de mercadorias. O levantamento compara o período entre dezembro de 2023 e novembro de 2024.Os indicadores, elaborados pela Receita Estadual, levam em conta os documentos fiscais de recolhimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Na comparação mensal, no entanto, as vendas registradas em novembro de 2024 apresentaram desempenho 17,4% inferior ao mesmo mês do ano anterior. Na relação com o mês de outubro deste ano, o recuo foi ainda maior, de 25%. Ao longo de 2024, o resultado das vendas de novembro foi o mais baixo – atrás apenas de maio, mês que sofreu forte impacto das enchentes, o que reduziu a procura por itens do varejo. O resultado, segundo a Receita Estadual, revela um possível ajuste do mercado no período pós-enchente. Apesar disso, a expectativa para o resultado de dezembro, tradicionalmente impulsionado pelas festas de final de ano, é de reaquecimento no setor.
No recorte por áreas do varejo, os produtos do setor metalomecânico se destacaram com um incremento de R$ 5,4 bilhões nas vendas nos últimos 12 meses – um avanço de 17,7%. O segmento químico também registrou crescimento, com alta de 9,4% no mesmo período, o que equivale a R$ 1,5 bilhão a mais em vendas. Outro destaque no setor químico foi a variação positiva no Valor Adicionado (VA), que apresentou um salto de 69,1% no acumulado de 12 meses. O VA é um indicador que mede a diferença entre o volume total de compras e vendas, dado que mostra o potencial de margem de lucro de cada setor. Já a área de supermercados teve uma expansão de 6,6% nas vendas no mesmo intervalo, com um acréscimo absoluto superior a R$ 5 bilhões.
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