Longe dos holofotes mais potentes de Brasília, órgãos importantes do governo federal com sedes no Rio de Janeiro vão se convertendo em bunkers da gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para abrigar ideias econômicas emboloradas ou equivocadas, numa espécie de vanguarda do atraso carioca.
Na semana passada, anunciou-se a indicação do economista Marcio Pochmann para o comando do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para ele, as reformas previdenciária e trabalhista são uma regressão e o Pix, uma estratégia "neocolonial" contra o Brasil.
A Petrobras também acaba de proclamar que dará preferência à indústria naval brasileira, reeditando política dos governos petistas que acabou interrompida por escândalos de superfaturamento.
Agora, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, sob a batuta de outro petista histórico, Aloizio Mercadante, quer ressuscitar créditos à exportação para serviços de engenharia de empresas brasileiras.
Nessas operações, o BNDES desembolsa recursos em reais para financiar companhias nacionais que vendem seus serviços (geralmente grandes obras) a países estrangeiros. Estes, por sua vez, assumem o compromisso de devolverem os empréstimos depois —com juros, pagando em dólar ou euro.
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