Marcus Vinicius Gravina
Cidadão – Tit.Eleitoral 328036104/34
A classe média da sociedade brasileira lembra os gestos dos três
macacos sábios, mas pelo avesso. Não quer ouvir, enxergar e falar dos
abusos dos titulares de funções públicas dos Três Poderes. Dos altos
salários, riquíssimas aposentadorias precoces, quinquênios, férias de
60 dias, diárias de viagens, passagens aéreas, cartões corporativos,
planos de saúde descomunais, para si e familiares, assessores de
todo o tipo em número exagerado, frota de carros com motoristas,
seguranças e refeições servidas por Chef de cozinha regadas a vinhos
selecionados, E, com todo este aparato, alguns rumorosos processos
judiciais da Lava Jato acabaram prescritos e outros poderão ter o
mesmo destino.
Onde pretendo chegar começa por duas declarações, merecedoras da
máxima atenção. A primeira delas em ”live social” do jurista Ives
Gandra Martins: “o poder judiciário custou para o Brasil no ano
passado 132 bilhões de reais. Cada brasileiro teve que suportar este
custo num valor de 653,70 reais. É o mais alto custo do Poder
Judiciário do Brasil. Quatro vezes maior do que da média mundial”.
O outro, o senador Alessandro Vieira arrematou em Comissão
Especial do Senado: “o teto remuneratório do Brasil é de 41,650,92
reais por mês. Segundo o levantamento do Conselho Nacional de
Justiça, 94,8% dos magistrados brasileiros já recebem mais de
41,650,92 reais”.
Uma vez confirmadas estas declarações, podemos chegar a duas
conclusões, sem atentar contra a dissimulada democracia à moda
brasileira iniciada a partir do Inquérito do Fim do Mundo ou das Fake
News. A primeira, de que o Poder Judiciário não estaria cumprindo a
lei. A outra, de que juntamente com os poderes Executivo e
Legislativo, também deve o judiciário reduzir seus gastos.
Nestes últimos anos de governo de esquerda foi criado o maior partido
político do país sem sigla ou registro no STE. O Partido do
Funcionalismo Público e afins (cartoriais) com privilégios intocáveis.
Nada abala os integrantes desta elite. Na Covid 19 receberam em dia
seus salários ou vencimentos para ficarem em casa e não foram
ameaçados de perda de emprego. O mesmo acontecerá agora diante
da catástrofe que se abateu sobre o nosso Estado e vai nos deixar
esfarrapados e guiados pela coleira de um interventor condutor ou
pastor de cordeiros, designado pelo inconfiável governo da União.
Para este novo partido de elite e sem bandeira, aliado por
conveniência - ao da turma do pão com mortadela - nada será melhor
do que manter a política do atual governo, gastador e de olho no
aumento dos impostos. É gigante o cordão de puxa sacos engrossado
por “empresários prevaricadores”, definição do presidente Javier Milei,
em recente discurso. Quase impossível, vencer esta onda do mal.
Classe média, acorde! Vamos para rua ou em frente do Congresso
Nacional exercer as nossas garantias constitucionais - protestar
contra este estado de coisas - privilégios suportados pelo dinheiro do
povo, gente desarmada e oprimida.
A Queda da Bastilha - de 14 de julho de 1789 - na França deve ser
lembrada por cidadãos que querem se manterem livres e verem os
seus concidadãos, presos políticos na Papuda, anistiados. Como no
oriente médio, não haverá paz enquanto não forem entregues os
nossos irmãos feitos reféns da tirania da casta que se apoderou do
Brasil.
Senhores Senadores cumpram as suas obrigações fiscalizadoras. Os
tribunais de contas, criados para assessorarem o Poder Legislativo
nesta importante missão, foram cooptados e transformados em
cabides de empregos ou em arquivos mortos através de uma espécie
de bonificação de fim de carreira a ex-políticos profissionais ou
cupinchas do sistema dominante.
Caxias do Sul, 03.06.2024
Irretocável.
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