Artigo, Silvio Lopes - Andarilho, sim

Desde o tempos nômades, iniciados e consolidados pelos sumérios, considerada a primeira civilização (a partir da Mesopotâmia) os povos buscam se tornar coesos cultural, política e geograficamente. Surgiram, então, as grandes civilizacões do mundo, somando-se a esses os egípcios, chineses, indianos e gregos. De nômades, tais povos formaram os contemporâneos estados- nações. E assim caminha a humanidade. Tais estados- nações, por necessidade até de sobrevivência, foram forçados a interagir com outros, próximos ou distantes. Nessa caminhada foram sendo criadas rotas terrestres e marítimas, e, por consequência, novos mundos descobertos, e civilizações forjadas. Isso, no entanto, não impediu o surgimento de novos povos itinerantes como os andarilhos e peregrinos, modernamente potencializados neste mundão perdido, inconstante e perigoso. Peregrinos são os que tem uma missão a cumprir, um propósito de vida em construção. Estes são imprescindíveis para a perpetuação do processo civilizatório. Já os andarilhos, sequer tem algo de bom a buscar, menos ainda um propósito salutar a construir. São o que se pode dizer " dispensáveis e, portanto, inúteis e indesejáveis à sociedade". Deles somente se espera o desprezo ao que é reto e saudável ao homem civilizado, conceito que sequer tem o alcance intelectual para compreender. No Brasil de hoje, a par de muitos peregrinos que enobrecem nossa alma patriótica e ajudam a enaltecer e respeitar valores inegociáveis, porque civilizados e integrantes da nossa nacionalidade, temos a lamentar a figura do mais notável andarilho deste país: o seu Presidente. Por onde passa, pelo que diz e as ações que dele procedem( de corar e envergonhar os brasileiros de bem), me fazem pensar no que disse, lá atrás, Philippe Pinel, pioneiro no tratamento das doenças mentais, referindo- se às clínicas psiquiatras: " Nem todos que aqui estão são; nem todos que são, aqui estão". Lula precisa, urgentemente, tomar o seu verdadeiro lugar na sociedade. Pro bem de todos e felicidade geral da nação. Sílvio Lopes, jornalista, economista e palestrante.

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