Fabio Branco racha o MDB em Novo Hamburgo

Num de seus últimos atos como presidente do MDB gaúcho, Fabio Branco provocou enorme racha no MDB de Novo Hamburgo. Branco decretou a intervenção no diretório municipal do partido para impor a candidatura à Prefeitura de Novo Hamburgo da ex-prefeita de Taquara, Tânia Teresinha da Silva.

Quem passa a controlar o diretório municipal é a atual prefeita Fátima Daut que em segundo mandato não pode concorrer ao cargo novamente e quer Tânia como sua sucessora.

A manobra provocou reação. Históricos nomes do partido pediram desligamento. O primeiro foi o ex-presidente da Junta Comercial do Estado, Paulo Kopschina. Mas,  afastamento mais sentido foi o de Raul Cassel, ex-vice-Prefeito; ex-presidente da Câmara Municipal; vereador por quatro mandatos; e ex-presidente do MDB/NH.

Raul Cassel fez questão de tornar públicas as razões do seu desligamento do MDB e diz que se sentiu ofendido por Fabio Branco, conforme mensagem que fez circular:

“Comunico que tive uma conversa muito áspera com o presidente estadual do M(D)B Fabio Branco ontem a noite por telefone. 

Questionei sobre os fatos de NH e eis o retorno: 

- afirmou que não houve nenhum ilícito na condução no nosso partido

- que os integrantes que saíram da executiva aconteceu por opção.

- que houve pressão do governo municipal para intervenção estadual, visto os interesses do momento.

- questionado porque não veio a NH para contornar a situação, disse que não foi convidado.

- disse que todos nós, porque teria prévias, éramos incompetentes, então ele tomou a frente e decidiu.

- quando questionei se não era uma atitude autoritária e arbitrária, disse que teve o apoio da executiva RS.

- disse que tínhamos virado um partidinho, perto da grandeza de outros tempos.

- me ofendeu pessoalmente sem me conhecer e disse que eu era mais um desses que não semana que vem ia estar em outro partido. 

- realmente fui áspero as condutas do presidente do MDB ESTADUAL, mas em nenhum momento com ofensas pessoais. 

- disse que a decisão estava tomada e fim.

- encerrei a conversa solicitando a Ata da reunião da executiva estadual que deliberou a carta que todos tivemos acesso, com os presentes, o que disse que não ia enviar, a menos que o diretório municipal solicitasse, e terminei dizendo que estava feliz porque o mandato dele estava encerrando. 

Diante do relato, não  tenho mais nada a fazer, não vou nas reuniões desta semana, e digo que estou profundamente magoado com esse partido que foi minha casa e família por muitos anos, e vou cuidar dos meus interesses. Desculpe por ocupar a paciência de vocês, e agradeço a muitos que se manifestaram pessoalmente que tem postura e princípios que diferem destas condutas.


Raul Cassel”

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