A prisão de Lula faz aniversário de uma semana neste
sábado. E o Apocalipse anunciado pelo PT não chegou. Apesar das mortes na
periferia, da demora na elucidação do assassinato de Marielle Franco, dos 12
milhões de desempregados e da corrupção, que não dá trégua, o brasileiro
continua dormindo sem remorso e acordado sem culpa para o seu café da manhã.
Exceto pelo acampamento que se formou na vizinhança da
Polícia Federal, em Curitiba, nada de extraordinário ocorreu além da própria
prisão daquele que já foi o presidente mais popular da história do país.
No sábado passado, ao anunciar à multidão de devotos que
o cercava em São Bernardo que se entregaria à Polícia Federal, Lula radicalizou
o discurso. Disse que a prisão não iria silenciá-lo, porque seus apoiadores
fariam barulho no seu lugar. “Vocês poderão queimar os pneus que vocês tanto
queimam”, declarou Lula. “Poderão fazer as passeatas que tanto vocês queiram,
fazer ocupações no campo e na cidade…”
Não está descartada a hipótese de o PT acionar seus
aliados sindicais e sociais para queimar pneus, fazer passeatas e invadir
propriedades, como pediu Lula. Mas o dinheiro para esse tipo de atividade é
curto e o prejuízo eleitoral pode ser enorme. Enquanto o PT administra sua
autocombustão, o país avança.
Ficou mais difícil recuar na prisão em segunda instância.
O foro privilegiado será atenuado em maio. Antonio Palocci foi mantido na
cadeia. Os amigos de Michel Temer já estão no banco dos réus. Aécio Neves deve
se tornar réu na terça-feira. E a má repercussão do envio do processo de
Geraldo Alckmin para a Justiça Eleitoral fez do presidenciável do PSDB um
candidato tóxico. Aos trancos, a fila dos intocáveis começa a andar.
Mais no caso de Alckmin a única acusação sem provas foi de caixa dois. Não caberia enviar a denúncia para Lava Jato. Suposto Crime eleitoral é TSE
ResponderExcluirE Vai continuar assim.
ResponderExcluirLadrao é na Cadeia.