• Por Pedro Luiz Rodrigues
• Embaixador e Jornalista
Caso fatos notáveis não venham a ocorrer, o Partido dos
Trabalhadores deverá sofrer amarga derrota no segundo turno das eleições
presidenciais, no próximo dia 28 de outubro.
Era apenas uma questão de tempo para que o partido
começasse a se esboroar. Como desde sua criação (1980) viveu de contradições,
de meias-verdades e de falsas aparências, nunca transitou com desenvoltura no
ambiente da democracia. Como em obras que desabam, sobrou areia, faltou
cimento.
A partir de quando o PT deixou der oposição e se tornou
governo, suas bandeiras originais – que por vinte anos haviam seduzido
massas de jovens idealistas – foram sendo jogadas na lata de lixo.
Honestidade, decência, transparência, todas deixaram de
ser qualidades admiradas e praticadas por seus dirigentes. Os jovens
idealistas, não mais tão jovens assim, perceberam (pelo menos alguns deles) que
não haviam sido usados apenas como massa de manobra.
Fazer o quê? Quem nasceu para tubarão não pode pretender
ser golfinho. O PT diz que é democrata, mas não pode ser, porque seu objetivo
final é a implantar uma ditadura (a do proletariado). Lula já jurou que o
partido não é marxista, mas os intelectuais da agremiação dizem seguir a pauta
marxista-gramscianam que rejeita a alternância democrática.
O povo não é burro e quem não espera prebendas ou favores
do petismo tem razões para morrer de rir com a notícia de que o PT, juntamente
com seus aliados (PCdoB, PSOL e outros), estariam para formar uma “frente
democrática” para contrapor-se à candidatura de Jair Bolsonaro.
Falsear, mudar de cara, é o que a dobradinha PT-PCdo B
está fazendo agora, mais uma vez. Um de seus anúncios de campanha do primeiro
turno era do tipo tradicional, muito vermelho, e os dois candidatos
secundados pela imagem de Luiz Inácio Lula da Silva. Na versão para o segundo
turno o vermelho deu lugar ao verde, ao amarelo e ao azul e Lula, no melhor
estilho soviético, foi simplesmente eliminado da fotografia.
Para o PT a derrota que se avizinha será estrondosa e
definitiva; vai ser a pá de cal no túmulo de um partido que vem se suicidando
aos poucos, desde 2005, quando o Mensalão revelou à sociedade que o PT falseara
sua credenciais morais para chegar e se manter no poder.
Esse falseamento moral foi necessário para a participação
do PT num regime democrático, onde as regras do jogo pressupõem a aceitação da
diversidade ideológica, a alternância no poder e a máxima lisura na defesa dos
interesses legítimos do Estado.
O PT não aceita a democracia, nem a diversidade
ideológica nem a alternância no poder. Quanto ao Estado, cuidaram de
aparelhá-lo partidariamente – inclusive o Itamaraty, instituição à qual
pertenço – privilegiando a lealdade ou subserviência ao partido à qualidade e
méritos profissionais.
Se saíram do poder no impeachment de Dilma ( “o golpe, o
golpe, o golpe”, do refrão partidário), serão definitivamente
escorraçados agora, no final de outubro, pelo voto popular.
O PT não teve forças para corromper as instituições
brasileiras, muito mais fortes do que as da Venezuela, país próspero que os
aliados do PT conseguiram levar à ruína.
Parabéns a Pedro Luiz Rodrigues pelo artigo altamente esclarecedor.
ResponderExcluirUm agradecimento ao competente jornalista Políbio Braga por compartilhar esse conteúdo repleto de verdades das quais, duvido que alguém consiga fugir para continuar se esgueirando pelas trilhas das mentiras e barbaridades por onde o PT tem caminhado e conduzido muita gente até esse momento, antes de cairem, o partido e seus seguidores, definitivamente no abismo.