A Receita Estadual divulgou nesta quinta-feira a 25ª edição do Boletim sobre os impactos do vírus chinês nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS do Rio Grande do Sul. Conforme a publicação, que é baseada nos dados dos documentos fiscais eletrônicos e outras informações fiscais, as vendas da indústria registraram variações positivas frente a períodos equivalentes de 2019 pela sexta quinzena consecutiva, confirmando o cenário de retomada das atividades econômicas. O Boletim com os principais indicadores econômico-fiscais do Estado está disponível no site da Secretaria da Fazenda e no Receita Dados (portal de transparência da Receita Estadual).
Conforme o levantamento, a Indústria apresentou avanço de 4% entre 5 e 18 de setembro, dando sequência ao que já vinha ocorrendo nos últimos cinco períodos de análise. Com o resultado, a atividade industrial ainda apura queda no acumulado desde o início da pandemia (16 de março a 18 de setembro), de -4,5%.
Entre os 19 setores industriais analisados, a quantidade de “ganhadores” (cuja variação é positiva comparando os últimos 14 dias com o mesmo período do ano anterior) na última quinzena foi de 14, restando quatro setores com variações negativas e um com situação neutra. A média dos ganhos dos setores de variação positiva foi de +17,9% e a média dos “perdedores” foi de -7,2%.
Um dos destaques foi o industrial de Metalurgia, com +24,6%, como resultado das vendas de insumos de construção civil. O setor Coureiro-Calçadista também merece destaque: apesar de ainda estar no patamar de perdas, a variação da quinzena foi o melhor resultado desde o início da crise: -19,8%.
Com isso, o acumulado do segmento passou de -47,2% para -45,1%. As empresas do setor têxtil, um dos mais afetados no período acumulado, apresentaram variações positivas pela quarta quinzena consecutiva (+6,4%). O industrial de Plásticos, por sua vez, registrou indicador positivo na ordem de dois dígitos pela terceira vez seguida (+26,1%, +25%, +19,3%), confirmando a retomada do setor. O desempenho dos setores do agronegócio também foi, novamente, animador: são quatro períodos em sequência com todos apresentando desempenho positivo.
A atividade Varejista registrou indicador interanual positivo de 2% na última quinzena (5 a 18 de setembro), em comparação com o mesmo período de 2019. Essa foi a quarta quinzena consecutiva sem apresentar variação negativa para a atividade. Os setores que mais contribuíram para o resultado foram de Supermercados (+11,9%), Material de Construção (+19,3%), Lojas de Departamento e Magazines (+28,8%), Eletroeletrônicos (+16,6%) e Móveis (+20,9%).
Os setores com queda foram os varejistas de Vestuário (-20%), Combustíveis (-12,7%) e Veículos (-2,7%). A maior queda acumulada no período de crise é do setor de Vestuário (-42,5%). No acumulado, a atividade varejista ainda apura queda de -7,8%.
O Atacado, por fim, apresentou estabilidade no período, com -0,5% de variação. A queda acentuada protagonizada pelo atacado de Combustíveis (-26,7%) e a leve queda do setor de Alimentos (-4,9%) foram compensadas principalmente pela variação positiva dos setores de Material de Construção (+29,6%), Insumos Agropecuários (+5,6%), Veículos (+16,5%) e Medicamentos (+14,1%). Com isso, o segmento atacadista tem ganho acumulado de +2,8% desde o início da pandemia.
Outro indicador importante de retomada é a emissão de Notas Eletrônicas (NF-e + NFC-e), que registrou variação positiva pela quinta quinzena consecutiva frente a períodos equivalentes de 2019, com +2,3% de aumento. O pior resultado do indicador ocorreu no início de abril, com -18,7% de variação. No acumulado (16 de março a 18 de setembro), a redução é de -3,4%, ou seja, cerca de R$ 66 milhões deixaram de ser movimentados, em operações registradas nas notas eletrônicas a cada dia.
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