Desde esta quinta-feira, 28, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, Porto Alegre, conta com o primeiro núcleo de saúde da mulher voltado ao tratamento da endometriose. Numa primeira fase serão atendidos casos represados de pessoas que aguardam exames para diagnósticos e tratamentos cirúrgicos especializados. Uma equipe multidisciplinar já iniciou os primeiros atendimentos. Mutirões de cirurgias devem ocorrer em fins de semana e feriados, com início previsto para abril. 30 consultas e oito cirurgias mensalmente a partir da estruturação do espaço.
A endometriose é uma doença crônica altamente prevalente em 10% das mulheres que menstruam, em 60% das pacientes que possuem dor pélvica crônica e em 50% das pacientes inférteis.
A customização do núcleo ocorre por meio de emenda parlamentar do deputado estadual Gustavo Victorino, no valor de R$ 100 mil. Ele é autor da Lei nº 16.071/23, que institui a Política Estadual de Luta Contra a Endometriose no Rio Grande do Sul, estabelecendo o atendimento multidisciplinar, formação e capacitação de profissionais especializados no acolhimento às pacientes e o estímulo a exames para diagnóstico da doença. Parte do recurso será utilizada para a gestão de órteses, próteses e materiais especiais.
O que é - A endometriose é a condição na qual o endométrio (a mucosa que reveste a parede interna do útero) cresce em outras regiões do corpo – como intestino, bexiga ou diafragma. Ela afeta 10% de mulheres em idade fértil (dos 15 aos 49 anos de idade), segundo dados do Ministério da Saúde. As dores são a reclamação mais comum, mas a endometriose também pode não apresentar sintomas.
Na grande maioria dos casos dos procedimentos cirúrgicos para endometriose profunda, uma parte do intestino é removida, e geralmente se consegue evitar a realização de uma estomia. Nesse tipo de cirurgia, é recomendado o uso da laparoscopia, técnica minimamente invasiva, que oferece menor trauma e recuperação mais rápida para a paciente.
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