Artigo, especial - A queda do BVTG e o custo da proximidade com o Poder

Este artigo é do "Observatório Brasil Soberano"

Quem ainda achava que a crise política e institucional do Brasil era ape nas "ruído", agora tem um prejuízo bilionário para reconsiderar. Em ape nas uma semana, o setor bancário do país viu R$ 5 bilhões evaporarem. O terremoto, que muitos teimavam em ignorar, finalmente abalou em cheio a estrutura do coração financeiro de São Paulo. Com uma queda de 2,8% em suas ações, o BTG Pactual sentiu o golpe de forma brutal. O motivo não é um mistério do mercado, mas a cobrança mais dura pela sua estreita relação com o poder. O banco, visto como o mais próximo do governo, pagou o preço por uma manobra política irres ponsável: a decisão de um ministro de usar sua caneta para proteger um colega. Na tentativa de evitar o inevitável, esse movimento enviou um sinal devastador aos investidores estrangeiros, os principais clientes do BTG. O que essa crise escancara é uma verdade que a Faria Lima insistiu em ignorar por muito tempo. A proximidade com o poder, que traz vantagens e influência, é uma faca de dois gumes. O que antes parecia um escudo se mostrou uma exposição de risco gigantesca. O prejuízo bilionário é a prova de que a política não é um jogo que se assiste da plateia. O mercado, que tem seus próprios códigos, está mandando um recado cla ro: a omissão e a crença de que a bagunça em Brasília não afetaria a econo mia foram um erro. O terremoto chegou, está causando estragos em todos os setores e não vai poupar ninguém. A conta dessa instabilidade chegou no quadrilátero financeiro mais famo so do Brasil. O BTG e os demais bancos sangraram por uma atitude irres ponsável e pela cumplicidade em um jogo que a cada dia se torna mais perigoso. Será que a Faria Lima finalmente entendeu que o único caminho para a estabilidade passa, primeiro, por assumir que a crise é estrutural e exige que toda a influência deve ser usada para fazer a única coisa que pode resolver o problema? Ser amigo do Rei tem o bônus, tem suas vantagens. Mas quando o Rei está nu, o ônus pode ser gigante e, nesse caso, bilionário.

2 comentários:

  1. Os cabeças de bagre do mercado financeiro nem imaginam o temporal que se aproxima. Eles tem que escolher urgente o que querem. Ou serem oligarcas como os russos. Ou capitalistas como os europeus e americanos ..se forem escolher o capitalismo eles tem que fortalecer o poder judiciário independente e imparcial.....ou serem oligarcas. ..e aí devem serem leais amigos do rei...se não forem leais o rei vai joga los da janela de seus apartamento...vai envenena Los ou vai derrubar seus aviões. Parece que eles não conhecem a regra do jogo...e ficarem nesta merd. de meio termo vão acabar apanhando dos dois lados kkkkkk mesmo as escolas de elite brasileiras estão infestadas carrapatos vermelhos vagabundos e colocam na cabeça dos alunos a visão de mundo vermelha...e e difícil para quem não estudou no exterior entenderem o mundo...a questão e cultural e agora vão ter que descer do muro para um dos lados...Só a democracia oferece oportunidade para todos. E a oligarquia e para poucos...já temos algumas grandes empresas no esquema oligárquico..que tem facilidades no judiciário e no governo...mas não há lugar pra todo mundo...o muro caiu e cada um que va para seu lado kkkkkkk...

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