O PCC está
fazendo escola. Estabeleceu uma forma de organização presidida por criminosos
em presídios que dão ordens a todos os seus membros. Comandam, da carceragem,
toda uma série de operações que são executadas por comparsas que agem enquanto
homens livres. O seu raio de ação abarca o território nacional, graças a uma
hierarquia claramente estabelecida, estendendo os seus braços, inclusive, para
o exterior, como é o caso do comércio de armas e do narcotráfico. Presidente é
presidente, independentemente de ser presidiário. Chefe é chefe e, enquanto
tal, deve ser obedecido.
Seria de se
esperar que este modelo de atuação, além de ser devidamente combatido, deveria
ficar restrito à sua esfera específica de influência. Evidentemente, a
segurança do país disto depende. Ora, este modelo, para surpresa geral, foi
imitado pelo PT e, em particular, por seu chefe, que segue, do ponto de vista
formal, os mesmos moldes de operação.
O que menos
se poderia esperar é que a política seguisse o modelo de uma organização
criminosa. A política, em sua inspiração ateniense, seria um modo público de
congregação pública através da razão, e não o apêndice de um partido que chama
para si toda uma hegemonia através da ação de um presidiário. Presidiário
condenado em todas as instâncias legais e constitucionais do país, tendo
exercido o seu livre direito de defesa e sustentando publicamente suas posições
graças, em boa medida, a uma mídia e a jornais complacentes.
O
Ex-presidente Lula, condenado, está cumprindo pena. Goza, porém, de condições
carcerárias não autorizadas para outros cidadãos. Trata-se de um criminoso
especial. Costuma falar da igualdade de todos os brasileiros, mas não aceita,
de modo nenhum, ser considerado um igual. Acima de todos os cidadãos e acima,
inclusive, das leis de seu próprio país.
A sua cela tornou-se um centro de comando, com a anuência das
autoridades públicas que deveriam ter exercido um controle sobre esta falta de
limites morais e jurídicos. Recebe partidários mascarados de advogados, com os
quais discute a estratégia partidária a ser seguida. De lá emanam ordens que
vão ser, depois, seguidas pelo partido. Ao contrário do PCC que guarda o
sigilo, Lula e o PT fazem isto à luz do dia.
Não deixa,
contudo, de causar espanto o fato de o PT prestar-se a tal serviço.
Historicamente, o partido apresentou-se, em um passado que parece agora remoto,
como o partido da ética na política. Dizia aceitar os valores da democracia
representativa e transmitia a imagem de uma nova vida partidária, encarregada
de regenerar o país. Muitos caíram nesse encantamento e chegaram, inclusive, a
ser considerados como parceiros socialdemocratas dos tucanos, apesar de
relutarem em aceitar tal denominação.
A queda foi
vertiginosa, tornando-se a corrupção e o desvio dos recursos públicos um meio
de governar e de fazer avançar um projeto próprio de Poder, à revelia dos
mesmos valores e princípios que outrora dissera defender. A questão, aliás, que
deveria ser colocada por aqueles que permanecem aderindo a esses valores e
princípios reside em como obedecer ordens de uma organização partidária que
segue o modelo do crime. Ou o PT enfrenta seriamente esta questão ou estará
programaticamente e moralmente perdido.
Ocorre que a
corrente majoritária no partido adotou o modelo de atuação do PCC. Ordens de
comando de dentro da carceragem são transmitidas para fora e obedecidas. A
narrativa ainda mantém o ranço das posições socialistas/comunistas em sua nova
roupagem do “nós” contra “eles”, dos “ricos” contra os “pobres”, dos
“progressistas” contra os “conservadores”. Só uma academia cega ideologicamente
consegue aceitar e propagar tais disparates, além dos propriamente incultos por
falta de informação e formação.
A narrativa
politicamente correta é a que ampara as ações internacionais desta organização.
Criminosos comuns fazem isto pelo contrabando, pela violência e pela completa
ilegalidade. Essa esquerda o faz via uma transmissão ideológica amparada por
uma suposta defesa dos direitos humanos, sustentada por acadêmicos que comungam
da mesma confissão e fanatismo. O artifício não deixa de ser eficaz, embora não
perca a sua perfídia.
A operação
internacional foi feita a partir de uma atuação junto a uma “Comissão de
Direitos Humanos”, cujas recomendações não são vinculantes e, sobretudo, não se
sobrepõem ao ordenamento jurídico do país. Ora, utilizando-se de seus contatos
ideológicos, o PT conseguiu que dois ditos peritos desta “Comissão” de 18
membros, declarassem Lula como usufruindo de direitos políticos para disputar
eleições, quando isto está expressamente vedado pela Lei da Ficha Limpa pelo
mesmo Lula promulgada quando presidente. Seria hilário, não fosse
dramaticamente real.
Imaginem se a
moda pega nesta “Comissão” e no “Conselho dos Direitos Humanos” da mesma ONU.
Aliás, este último é constituído por países que são costumeiros na violação dos
verdadeiros direitos humanos, como integridade física das pessoas, violência
generalizada, desigualdade entre homens e mulheres, ausência de liberdade de
imprensa e de expressão e assim por diante. Junta-se assim uma maioria de
países que não comunga de nenhum valor de liberdade e de democracia, que
imporia ao Brasil uma “decisão” tomada por um grupo de esquerdistas deste
naipe, alguns francamente religiosos.
Compartilhando das posições de um editorial deste mesmo
jornal, de boa hora o General Villas Boas, Comandante do Exército, insurgiu-se
contra tal postura, afirmando que a soberania nacional não é negociável, nem
pode estar subordinada a nenhuma organização externa, muito menos a de um grupo
de esquerdistas que procura minar internamente o Estado Democrático de Direito.
Cumpriu com sua missão constitucional, expondo com clareza os perigos que
assolam nosso país. Mais vale um alerta lúcido do que as consequências nefastas
de uma renúncia à soberania
A identidade entre partidos esquerdistas e o crime organizado, incluindo esses espėcimes exemplificado, não se limita a coincidências fortuitas no MO. São carnais, regulares e prevista na teoria leninista.
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