A grande arma contra o
coronavírus é a higiene das mãos e a etiqueta respiratória
São dezenas de mortos e centenas de pessoas infectadas
com o coronavírus. Mais de mil casos considerados suspeitos investigados.
Diversos países adotaram medidas em fronteiras e aeroportos, com a criação de
áreas exclusivas para passageiros oriundos da China. Outros utilizam câmaras
térmicas para identificar temperatura corporal. Avaliando esse cenário, pode-se
pensar que uma propagação global seja provável. No entanto, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) considerou prematuro declarar situação de emergência
internacional.
Até agora, nenhum caso do 2019-nCoV foi confirmado no
Brasil. Segundo o Ministério da Saúde (MS), a incidência dos casos notificados
como suspeitos e descartados é baixa, nível 1 de alerta. O MS anunciou a
instalação do Centro de Operações de Emergência, que vai monitorar o
coronavírus e atuar junto aos serviços de emergência para que estejam
preparados se a situação se agravar. Considerando a evolução e a gravidade da
doença, o novo coronavírus é uma situação de emergência. A possibilidade de
transporte da doença para outros lugares do mundo é uma realidade, haja vista o
avanço tecnológico no transporte por vias aéreas e marítimas.
O Brasil é um país continental, com milhares de
quilômetros de fronteira seca, portos e aeroportos, e aberto para o mundo. Ao
mesmo tempo, não tem estrutura adequada de atendimento em saúde nem
investimento em prevenção e pesquisa e, muitas vezes, mostra descaso com a
população. Precisamos adotar uma postura proativa, aderindo práticas
apropriadas de prevenção e controle de infecções e, consequentemente, evitar a
entrada do coronavírus e de outras doenças no país e proteger as pessoas. O objetivo
não é gerar pânico desnecessário na população. É estar alerta e preparado para
a potencial evolução do 2019-nCoV e de outras doenças, inclusive, aquelas que
já são um problema de saúde pública e outras que pensávamos não mais existir no
Brasil.
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