O editor soube, hoje, que o servidor suspeito tentou incriminar o colega que o denunciou, enfiando drogas no carro dele, mas foi flagrado por câmeras. Na Câmara, a percepção é de que a fraude é muito maior.
O Departamento de Polícia Legislativa da Câmara e o Ministério Público Federal investigam um servidor da Câmara suspeito de ter desviado pelo menos R$ 5 milhões da Previdência dos deputados. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, Leandro Cezar Vicentim foi afastado da função após as suspeitas e antigos colegas dizem que ele deixou o País.
O esquema, segundo a investigação, funcionava por meio de uma empresa aberta pelo funcionário com o mesmo nome do Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). O servidor recolhia a contribuição dos parlamentares, que eram pagas em boleto bancário, mas o destino era uma conta da empresa, em vez de recolhido para o fundo previdenciário.
Os primeiros indícios de irregularidade surgiram em dezembro, quando o servidor estava em férias. Um funcionário abriu um envelope endereçado a Vicentim acreditando se tratar de algum assunto relacionado ao plano dos parlamentares. Ao abrir o documento, porém, se deparou com recibos no nome da empresa particular de nome PSSC.
Em 2 de fevereiro, Vicentim foi afastado e foi aberto um processo administrativo disciplinar, além de um inquérito policial, contra o funcionário. Na mesma época, a Secretaria de Controle Interno iniciou auditoria nas contas do plano parlamentar e suspeita que o rombo pode ser maior do que o previsto inicialmente.
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