Espécie de termômetro da economia, o Índice de Atividade
Econômica do Banco Central (IBC-Br) avançou 0,3% no Rio Grande do Sul em maio
na comparação com o mês anterior, na série com o ajuste sazonal (compensasão em
razão das diferenças de cada período do ano). O registro positivo ocorre depois
de dois meses consecutivos de retração desse indicador no Estado.
Embora o índice gaúcho tenha sido menor do que a média
nacional, que ficou em 0,5% na mesma comparação, no acumulado de 2019 o RS
segue com o maior avanço entre os 13 Estados pesquisados pelo Banco Central. A
economia gaúcha cresceu 4% considerando o período de janeiro a maio deste ano
em relação à igual intervalo do ano anterior. Na média nacional, a alta chegou
a 0,94%.
“Os números nos dão entusiasmo em relação ao futuro do
Estado”, avaliou nesta quarta-feira (17/7) o governador Eduardo Leite. “Nos
deixam confiantes de que temos um potencial econômico para gerar empregos e
crescimento e, com as reformas que estão sendo feitas, no âmbito nacional, com
a da Previdência, e localmente com as privatizações, concessões e demais
medidas que encaminharemos no segundo semestre. Temos confiança de que
produzirão mais entusiasmo para melhorar esses índices e gerar mais emprego e
renda para o RS”, apontou Leite.
Conforme o economista Martinho Lazzari, pesquisador do
Departamento de Economia e Estatística (DEE), ligado à Secretaria de
Planejamento, Orçamento e Gestão, os índices positivos no Estado são puxados,
principalmente, pelos dados positivos da indústria (crescimento de 8,9% nos
cinco primeiros meses do ano) e do varejo (aumento de 4,4% no mesmo período),
além da recuperação da produção agropecuária, principalmente da soja, conforme
os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Termômetro da economia
O IBC-Br é uma forma de avaliar, mensalmente, a evolução
da atividade econômica brasileira e ajuda o Banco Central a tomar decisões
sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o
nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços
e agropecuária, além do volume de impostos.
O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por
aproximação, a evolução da atividade econômica, já que o indicador oficial, o
Produto Interno Produto (PIB), calculado pelo IBGE, é divulgado
trimestralmente.
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