“A indústria fecha o ano com boas notícias. A alta da
confiança em dezembro é reflexo principalmente da melhora na percepção dos
empresários a sobre os negócios e do aumento do otimismo em relação aos
próximos meses. Para 2020, a continuidade da evolução favorável da confiança
dependerá tanto de uma efetiva recuperação da demanda interna quanto da redução
dos níveis de incerteza”, comenta Renata de Mello Franco, economista da
FGV/IBRE.
A confiança subiu em 14 dos 19 segmentos industriais
pesquisados em dezembro. O resultado favorável decorre da melhora da percepção
tanto sobre a situação atual quanto sobre as expectativas. O Índice de Situação
Atual (ISA) subiu 4,0 pontos, para 99,8 pontos, o maior valor desde maio de
2018 (100,2 pontos). Por sua vez, o Índice de Expectativas (IE) variou 2,4
pontos, alcançando 99,2 pontos, segunda alta consecutiva.
Neste mês, todos os indicadores que compõem o índice
avançaram. Em relação ao ISA, o indicador que mede a satisfação com a situação
atual dos negócios foi o que exerceu maior influência pelo segundo mês
consecutivo, aumentando 5,7 pontos para 100,9 pontos, o maior valor desde
outubro de 2013 (102,2 pontos). O percentual de empresas que avaliam a situação
atual dos negócios como boa passou de 14,8% para 17,6% do total, enquanto a
parcela das que a avaliam como fraca caiu de 20,5% para 14,6%.
Sobre o IE, o indicador que mede as expectativas do setor
em relação ao volume de pessoal ocupado nos próximos três meses foi o que mais
contribuiu para a alta do índice, ao passar de 93,8 pontos para 97,2 pontos.
Houve elevação do percentual das empresas prevendo aumento do pessoal ocupado,
de 14,0% para 15,4%, e redução da parcela dos que programam diminuição, de
13.8% para 13,5%.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI)
recuou 0,2 ponto percentual (p.p.), para 75,1%. Apesar desta ser a segunda
queda consecutiva, o NUCI encerra 2019 0,8 p.p. acima do nível de janeiro desse
ano (74,3%).
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