O Brasil é ponto focal dos Estados Unidos na América do Sul. Desde sempre. Um momento explícito foi quando o então presidente Richard Nixon disse que para onde pendesse o Brasil penderia a América Latina. É razoável portanto partir da premissa: a preocupação americana pelo que se passa aqui sobreviveria bastante bem à troca de guarda ali.
Amizades e inimizades pessoais jogam um papel, mas seria um erro superestimar. A chave decisiva para a análise é outra: de que maneira as relações entre ambas as nações ajudam ou atrapalham o projeto de poder dos segmentos líderes em cada um dos dois países. E projetos de poder invariavelmente vêm conectados a projetos nacionais.
Nos tempos da primeira Guerra Fria, a relação de troca sempre foi cristalina: os Estados Unidos ajudavam por aqui a manter uma arquitetura social e política enquanto o Brasil somava forças com o Ocidente no trabalho de contenção da influência da União Soviética. As exceções, quando essa lógica deixava de prevalecer em termos absolutos, apenas confirmavam a regra.
Uma exceção foi no governo Ernesto Geisel. O rápido reconhecimento da Angola soberana e o acordo nuclear Brasil-Alemanha, no âmbito da ideia de “Brasil potência”, são fatos da história. Assim como o rompimento do acordo militar com os EUA em represália, segundo Geisel, às pressões do então presidente Jimmy Carter em torno do tema dos direitos humanos.
O momento hoje parece bem distinto daquele interregno geiselista. Não se nota nas elites brasileiras, lato sensu, maior desconforto com o alinhamento aos Estados Unidos. A divisão é outra: uns preferem acoplar-se a Trump e suas políticas, outros gostariam de engatar-se a Biden e à agenda do Partido Democrata, gostariam que a hegemonia norte-americana se desse apoiando outros atores e contemplando uma pauta mais antenada.
Não se nota por aqui hoje em dia maior ambição de protagonismo independente. Que implicaria jogar um jogo mais inteligente diante da “nova Guerra Fria”, entre os Estados Unidos e uma China em ascensão. Só o que se vê, no máximo, são lamentos diante da possibilidade de o alinhamento com o trumpismo atrapalhar os negócios do agronegócio.
E neste ponto é preciso admitir que se o Brasil precisa da China a China também se beneficia das boas relações com Brasil. Não à toa o atual momento comercial entre os dois países é o mais expressivo desde sempre. Nunca a China teve tanta participação nas exportações brasileiras. Manter as coisas pelo menos como estão interessa muito a Brasília mas também a Beijing.
Mas até quando?
O alarido diante dos factoides não deve enganar: há muito tempo não se via no Brasil tanta disponibilidade para uma acomodação ao jogo que é jogado pela Casa Branca. Pouca razão haveria para um possível presidente Biden arrumar encrenca com o Brasil por causa de Bolsonaro. Ainda mais se o horizonte para 2022 continuar como está.
MIDIAS CANHOTAS NÃO PODERIAM DAR TRUMP COMO REELEITO ,JAMAIS!
ResponderExcluirLEMBREM ULTIMA ELEIÇÃO TODA INFORMAÇÃO DA MIDIA DEFORMADA ESQUERDISTA DAVA DERROTA DE TRUMP ATÉ DEPOIS DE ELEITO,RIDICULAMRNTE.
NÃO SEI PORQUE SERIA DIFERENTE, TEM FATOS NOVOS, MAS OS AMERICANOS APROVAM AUMENTO DE EMPREGOS E EM ÉPOCAS DE TEMPESTADES NÃO SE TROCA DE CAPITÃO BOM NAVEGADOR.
CORRE MUITA AGUA ATE LÁ, MAS APOSTO TRANQUILAMENTE EM TRUMP.
Também acho que os americanos vão cravar trump novamente.. O mundo está em tempestade com a China co ando agressivamente as unhas de for a. Trump tem.pulso de líder e fazia um bom governo quando a pandemia se instalou. Vai passar e trump continua líder. Ele tem estofo paramilitar a ditadura chinesa. A defesa da liberdade e da cultura ocidental será defendida pela.maioria dos americanos.
ResponderExcluirSerá que os Democratas conseguirão vencer as eleições, com propostas que exatamente destroem tudo que o EUA construiu, ao longo de 500 anos e desde a sua independência?
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