Escola sem máscara Por Mônica Leal*

Nossas crianças representam a faixa etária com maior vigor para combater o vírus da Covid19 e menos complicações da doença, porém têm sido muito prejudicadas por situações decorrentes da pandemia. O que me refiro é o prejuízo vindo de restrições que fazem mal para a vida da criança no aspecto social e cognitivo. As máscaras no ambiente escolar são um exemplo. Crianças querem sorrir livres, se expressar, e isto não pode estar escondido. Ora, nossas crianças não são robôs. Não devem se habituar a ter camuflada sua expressão facial, e assim sua alegria ou sua tristeza. Elas precisam de liberdade para estar com seus rostinhos descobertos, o que facilita a comunicação e, por conseguinte, a compreensão e o aprendizado.A vivência da infância não voltará. O que aprendem nesta fase é a base do ser humano e não podemos errar nas escolhas. Caso contrário, teríamos consequências mais à frente, com uma geração prejudicada pela falta de sorrisos aparentes e falta de comunicação clara.


A questão trouxe polêmica desde o início e houve esforços para acabar com essa exigência descabida de máscaras no ambiente escolar, em especial nas salas de aula e também em ambientes abertos.


Não há como negar que a pandemia deixou um lastro de mortes e dor enorme no mundo, mas muito medo foi semeado pela mídia e redes sociais pelo exagero na forma de veicular informações. Já sabemos que não podemos compactuar com medidas que são desproporcionais aos objetivos desejados. Nosso País dependerá de nossas crianças amanhã, mas suas relações sociais e capacidade de aprendizado estão sendo desprezadas hoje. O futuro está nas mãos delas e aos gestores recai muita responsabilidade. Não se pode tratar deste assunto como se fosse periférico, ou de menor relevância e é preciso buscar padrões sensatos. Em Porto Alegre, o Prefeito Melo lançou decreto revestido de bom senso, que trouxe a exigência do uso apenas a partir dos 12 anos. Porém, regra estadual determinava que a medida incluísse crianças desde os 06 anos. Felizmente essa exigência foi retirada do Decreto no último dia 26. A infância agradece.

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