A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em julho, que a varíola dos macacos (vírus monkeypox) é considerada uma emergência de saúde pública global. Antecipando-se aos efeitos que a enfermidade pode causar e buscando agilizar a detecção da doença, o Hospital Moinhos de Vento é o primeiro do Rio Grande do Sul a oferecer o exame para a confirmação da doença.
Até o momento, o Laboratório de Biologia Molecular do Hospital Moinhos já realizou três testes para o diagnóstico de varíola dos macacos. Na primeira quinzena de julho, após um paciente procurar atendimento na emergência da instituição, uma coleta foi realizada e teve a positividade confirmada. Esse foi o primeiro caso diagnosticado por um laboratório gaúcho e confirmado pela Vigilância Epidemiológica do Estado.
O exame para detectar a varíola é realizado pela técnica de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) em tempo real, que o laboratório já realiza em outros protocolos, como o de COVID-19. Segundo a coordenadora médica do Laboratório de Patologia, Genética e Biologia Molecular, Francine Hehn de Oliveira, a instituição já possui a licença geral para realizar testes de biologia molecular, então precisou apenas comprar e validar o insumo para o novo exame oferecido. “Já imaginando que a doença poderia chegar no Brasil, nos adiantamos para termos o teste de varíola dos macacos disponível aqui o mais breve possível”, ressaltou.
O chefe do Serviço de Infectologia, Alexandre Zavascki, ressalta que além do exame de PCR positivo, pode-se fazer um sequenciamento genético do vírus monkeypox para um melhor detalhamento e notificação do caso junto à vigilância epidemiológica, segundo critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde (MS).
Laboratórios integrados
O Hospital Moinhos de Vento apostou em um modelo integrado de laboratório que permite agregar a patologia, a biologia molecular e a genética em apenas um ambiente. Para Francine, esse é um modelo de laboratório único que “agrega qualidade e valor à jornada de diagnóstico dos pacientes” e destaca que, na biologia molecular, são duas as principais frentes de atuação: doenças infecciosas e área de oncologia.
Na Oncologia, são oferecidos testes que auxiliam na definição de tratamentos com terapias de alvo molecular e imunoterapia, trazendo um diagnóstico mais personalizado e preciso para o paciente.
Os exames de doenças infecciosas começaram a ser realizados a partir da pandemia, sendo o de COVID-19 o primeiro a ser ofertado. Além da confirmação do SARS-CoV-2, o laboratório possui um painel que consegue detectar outros 24 patógenos que podem estar envolvidos em infecções respiratórias. Recentemente, também foi colocado em prática o painel de infecções sexualmente transmissíveis, que engloba a identificação de 11 agentes associados às doenças, além dos exames de genotipagem de HPV (papilomavírus humano) por PCR, detecção de tuberculose, influenza e vírus sincicial respiratório.
Para mais informações sobre o teste, entrar em contato pelo telefone (51) 3537-8663 ou pelo WhatsApp (51) 98039-7220.
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