Os trechos a seguir foram destacados pela Infomoney, que entrevistou Zeina Latif, economista-chefe da XP Investimentos. "2017 será diferente de 2016", disse ela em entrevista por telefone. A economista-chefe da XP Investimentos mostra otimismo com
a economia, mas destaca que a atividade deve se recuperar só no segundo
semestre
Próximo ano será de transição, devemos ver
o encerramento do ciclo recessivo e, se as coisas caminharem bem, pode haver
inflexão da atividade econômica no 2º semestre.
Veja outros comentários:
- Digo 2º semestre porque é o tempo para a política
monetária começar a agir e ter efeitos mais palpáveis. Começaremos a ver os
brotos verdes, ainda que não uma materialização da tendência cíclica.
- Será quadro diferente de 2016. Agora, economia saiu da
UTI e está respirando sem aparelhos. - - --Vamos ter reforma da Previdência e outras
agendas do governo.
- Previsão para resultado do PIB de 2017 é entre zero e
+0,5%
- Medidas anunciadas na semana passada não são promotoras
de crescimento, são medidas emergenciais para evitar novas recaídas.
- Medidas do BNDES de crédito para empresas de menor porte
não são para investimentos e sim para rolar dívida, compensar o fato de que não
tem crédito na rede bancária
- Liberação do FGTS não deve ir para consumo, deve ir para
pagar dívida ou para poupança. Se for para consumo, atrapalha o caminho do BC.
- Grande instrumento para economia crescer é política
monetária e deve-se ajudar o BC a cortar o mais rápido possível a Selic.
- Taxa deve cair 0,50pp em janeiro. Essa é sinalização que
tem vindo dos discursos, RTI, ata. Não é uma retórica do tipo que evidencia que
a atividade veio muito fraca para um relaxamento mais contundente”
- Não houve erro na última decisão do BC e fazer -0,75pp
em janeiro seria dizer que crise foi subestimada.
- Selic pode ir a um dígito em 2018 se candidatos a
presidente derem sinal de continuidade do ajuste; juro real de equilíbrio é de
5% e não em torno de 9% como está agora
- Para eleição de 2018, risco de outsider é concreto. Mas
se for um com agenda bem definida, ministro da Fazenda e conselheiros
conhecidos, pode até ser um outsider que fará uma agenda responsável.
- Do ponto de vista das questões internas, há cada vez
mais dúvidas dos clientes sobre se Temer irá até o fim, mas não devemos ter ambiente
com motivo para grande deterioração da moeda doméstica.
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