O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, negou nesta segunda-feira que o MP-RJ (Ministério Público do Rio) tenha quebrado o sigilo financeiro e bancário do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) durante as investigações das movimentações atípicas de seu ex-assessor Fabrício Queiroz.
Mas quebrou, sim, como fica evidente na sua própria entrevista.
E ainda vaza tudo para a Rede Globo.
E sem qualquer autorização judicial.
Ele disse, ontem: "Se alguém cometeu alguma quebra de sigilo não foi o Ministério Público e sim o Conselho de Controle de Atividades Financeiras, que encaminhou essa documentação ao MP espontaneamente, de ofício, um relatório produzido no âmbito da Operação Furna da Onça”.
O procurador disse que o MP-RJ não recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para destravar a investigação sobre Flávio Bolsonaro, suspensa pelo ministro Luiz Fux na 5ª feira (17.jan).
Segundo ele, 27 deputados da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) são investigados por causa do relatório produzido pelo Coaf.
No entanto, não disse se algum deles é investigado na área criminal.
“O Coaf encaminhou espontaneamente, tem 422 páginas, centenas de pessoas citadas e cabe a nós analisar cada elemento contido aqui dentro”, afirmou.
Foram abertos 22 procedimentos e 4 deputados estaduais já estiveram no MP-RJ para explicar as movimentações financeiras consideradas suspeitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário