Os acionistas da Eletrosul e da CGTEE aprovaram, em
Assembleias Gerais Extraordinárias (AGEs) realizadas nesta quinta-feira
(02/01), a unificação de operações das duas subsidiárias da Eletrobras na
região Sul, visando a obtenção de sinergia operacional, tributária,
econômico-financeira e societária. A empresa resultante é denominada CGT
Eletrosul (Companhia de Geração e Transmissão de Energia Elétrica do Sul do
Brasil), com sede administrativa em Florianópolis (SC) e atuação ampliada no
Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e, ainda, no Mato Grosso do Sul, além
das participações societárias nas hidrelétricas Jirau (20%), em Rondônia, e
Teles Pires (24,7%), situada entre Mato Grosso e Pará.
A aprovação da unificação pelos acionistas marca a
conclusão do projeto, iniciado em 2017 e previsto no Plano Diretor de Negócios
e Gestão (PDNG) da Eletrobras, documento que orienta para a busca por sinergia
societária entre controladas regionais. A iniciativa tem como objetivo
consolidar uma atuação única e integrada no Sul do Brasil, eficiência
operacional, melhoria de processos e otimização de resultados.
A CGT Eletrosul conta com uma força de trabalho composta
por cerca de 1.300 profissionais, entre técnicos e especialistas. Seu parque
gerador possui capacidade instalada superior a 2 mil MW, sendo formado por
empreendimentos de geração hidráulica, térmica, eólica e solar. No segmento de
transmissão, são 12 mil km de linhas, 46 subestações e 31 mil MVA de capacidade
de transformação. Com um portfólio diversificado e um aumento de receita, a CGT
Eletrosul prevê a retomada de investimentos em todas as áreas de negócio, bem
como ganhos de escala na comercialização de energia.
Para o presidente da CGT Eletrosul, Antonio Carlos
Nascimento Krieger, a decisão de unificação das empresas representa a expansão
das operações e a perspectiva de novos investimentos no Sul. “A partir de
agora, temos uma companhia ainda mais forte e consolidada na região, reunindo a
qualidade técnica e a tradição de mais de 50 anos da Eletrosul com a vasta
experiência da CGTEE em geração térmica. Vivenciamos um novo momento no setor
elétrico e essa medida contribuirá significativamente para o desenvolvimento
econômico e social do Brasil.”
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior,
destaca que a unificação de operações da Eletrosul e da CGTEE tem grande
relevância para o Grupo. “Essa é uma importante iniciativa presente em nosso
Plano Diretor de Negócios e Gestão, na perspectiva da diretriz estratégica
‘Excelência Operacional’. A medida, com foco na sinergia societária de
controladas regionais, proporcionará ganhos de eficiência e otimização de
resultados para as Empresas Eletrobras.”
Histórico
ado comunicado ao mercado informando sobre a revogação da limitar que
suspendia as AGEs das duas empresas, o que possibilitou a continuidade do
processo.
Desde 2017, as empresas vêm trabalhando para executar
todos os procedimentos necessários à unificação, nos âmbitos interno e externo,
perante órgãos governamentais, regulatórios, credores e demais agentes
envolvidos.
Um dos marcos do projeto de reestruturação societária foi
a ampla reforma e modernização da Usina Termelétrica Candiota III (Fase C), no
Rio Grande do Sul, o que garantiu maior eficiência e seu pleno retorno à
operação comercial. Com a conclusão do processo técnico de revisão geral, em
março de 2019, a termelétrica, que possui capacidade instalada de 350 MW,
voltou a gerar, oferecendo energia firme para atendimento do mercado nacional e
impactando positivamente a economia da Metade Sul do estado gaúcho, devido ao
aproveitamento de carvão mineral da região. Tudo isso tem sido acompanhado por
um elevado controle de emissões atmosféricas e pela continuidade de programas
socioambientais.
No contexto de unificação de operações, a Eletrobras
também capitalizou a dívida que a CGTEE detinha junto à holding até antes da
reforma da UTE Candiota III, no valor de R$ 4,7 bilhões.
Em consonância com o projeto de reestruturação
societária, foi finalizado o processo de implantação do Centro de Serviços
Compartilhados (CSC), em que as operações da Eletrobras na região integram a
Unidade Sul, além da adoção do sistema ERP SAP, possibilitando padronização e
automatização de atividades e informações, assim como a integração de áreas e
recursos. O resultado será a redução de custos e um ganho de produtividade.
Diretoria Executiva da CGT Eletrosul
Diretor-Presidente: Antonio Carlos Nascimento Krieger
Diretor Administrativo: Jorge da Silva Mendes
Diretor Financeiro: Tomé Aumary Gregório
Diretor de Engenharia: Marcos Romeu Benedetti
Diretor de Geração Térmica: Jorge Andriguetto Júnior
Diretor de Operação: Ildo Wilson Grüdtner
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