Mesmo após o acordo entre poderes e órgãos para o congelamento de gastos em 2021, o tema da PEC do Duodécimo continua avançando na Assembleia. Como o governador Eduardo Leite não sinalizou concretamente que irá encaminhar uma proposta para tornar os repasses mais justos de forma definitiva, a Frente Parlamentar de Combate aos Privilégios deliberou ontem que o Legislativo é quem vai prosseguir na pauta.
Deputados que compõem a Frente definiram em reunião que um grupo de assessores irá se debruçar na construção da parte técnica da Proposta de Emenda Constitucional. Nos próximos dias, os parlamentares vão voltar a debater o assunto.
O deputado Fábio Ostermann, líder da Bancada do Novo, pondera que o duodécimo não tem o poder de aumentar as receitas para compensar a crise, “mas pode repartir seu peso de forma mais justa, trazendo os demais poderes para a dura realidade do resto do Estado”.
Por sua vez, o deputado Giuseppe Riesgo (Novo) pontua que, com a confirmação da queda abrupta da arrecadação projetada em R$ 900 milhões de perda para o mês de maio, “a grave situação fiscal do Rio Grande do Sul continuará num processo rápido de agravamento.”
Para o deputado Elton Weber (PSB), "a modificação da distribuição da arrecadação deveria ter ocorrido já no governo Sartori e se tornou ainda mais urgente com agravamento da crise das finanças do Estado e após a pandemia".
“A crise fiscal se agrava com a queda na arrecadação diante da pandemia. Esse é um problema que diz respeito a todos os poderes”, destaca a deputada Any Ortiz, do Cidadania.
Já deputada Franciane Bayer destaca a importância do Legislativo dar prosseguimento na pauta. "Não podemos ficar de braços cruzados esperando uma definição. A PEC do Duodécimo se torna ainda mais emergencial diante do agravamento das finanças do Estado em decorrência da pandemia."
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