Sempre gostei dos filmes de faroeste. Tenho meus favoritos: “O Bom, o Mau, o Feio”, “Era uma vez no Oeste”, “O homem que matou o facínora”, “Da terra nascem os homens” e “Os brutos também amam”, entre muitos outros.
Neste último, “Os brutos também amam”, no original, Shane, há uma cena icônica na qual o pequeno e temperamental fazendeiro Stonewall Torrey (Elisha Cook Jr.) se defronta com o afamado pistoleiro Jack Wilson (Jack Palance). O pequeno Stonewall Torrey que sempre se mostrou muito falante e destemido, tremeu na frente de Wilson e o terror tomou conta de todo o seu ser. Sacou a sua pistola, mas não teve coragem nem de mirar, e muito menos, de atirar, e este foi o último ato de sua vida. Caiu fulminado por um certeiro tiro no coração.
Neste mesmo filme, na última cena, Shane (Alan Ladd) enfrenta o mesmo Jack Wilson. Shane sacou e atirou primeiro, liquidando o pistoleiro e todos os demais bandidos que o haviam contratado para expulsar os fazendeiros de suas terras.
Os filmes de faroeste nos dão uma grande lição: Se sacar, atire para matar.
Nesta semana dois fatos me trouxeram à mente os bons e velhos filmes do velho oeste: A declaração do general Luiz Eduardo Rocha Paiva, presidente do Clube Militar, e a última live do presidente Jair Bolsonaro. Os dois disseram praticamente a mesma coisa: tanto Bolsonaro como as forças armadas aguardam um chamamento da sociedade para que possam tomar ações efetivas contra os desmandos que assolam o país por parte de ministros do supremo, governadores e prefeitos açulados pela malta esquerdista raivosa e apoiados por praticamente toda a grande mídia.
Como em outro grande filme de faroeste, “Rápida e Mortal”, com Sharon Stone, Leonardo di Caprio, Gene Hackman e Russell Crowe, o relógio da torre está prestes a sinalizar que é chegada a hora e que os contendores terão que sacar e atirar.
Como se portarão Bolsonaro e os generais? Sacarão e atirarão como Shane ou tremerão como Stonewall Torrey?
Estamos numa encruzilhada na qual temos apenas dois caminhos a seguir. Ou vamos em direção a um Brasil de primeiro mundo, ou nos tornaremos um puxadinho da Venezuela.
Os pistoleiros estão frente a frente. Nos próximos dias deverão soar as badalados do relógio da torre.
Lembrando outro épico do faroeste, “Minha vontade é a lei”, o pistoleiro Clay Baisedell (Henry Fonda) é contratado como xerife da cidade de Warlock para livrá-la de outro bandido pior que ele, Abe McQuown (Tom Drake). Para realizar esta sua tarefa, levou consigo outro pistoleiro, Tom Morgan (Antony Quinn), o qual, quando Clay saia para duelar, ia caminhando atrás dele, de costas, para protegê-lo de outros atiradores que sempre ficavam de tocaia nos prédios vizinhos. Morgan nunca deixava que alguém atirasse pelas costas de Clay.
Bolsonaro já caminha como Clay Baisedell em direção aos facínoras que o querem liquidar. Quem será o seu Tom Morgan? Será o povo? Serão os generais?
Tudo isto descobrirem nas cenas seguintes.
Mas que vai haver tiroteio, disto não tenho a menor dúvida.
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