Como fica o caso dos preços dos combustíveis

 O governo vai aguardar 30 dias para decidir se subsidiará os preços dos combustíveis com dinheiro do Tesouro, tudo para estabilizar os preços. Tudo dependerá do curso da guerra na Ucrânia e seus efeitos sobre a economia global.

A aprovação pelo Senado Federal do projeto de lei que corta temporariamente tributos sobre os combustíveis tem impacto para reduzir em até dois terços o reajuste do diesel nas bombas, disse, ontem, o ministro da Economia, Paulo Guedes. 

“Conseguimos atenuar em dois terços o impacto”, disse o ministro.

De acordo com Guedes, a redução do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) reduzirá o preço do litro do diesel em R$ 0,33. A redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) significará corte de R$ 0,27 no preço final, num total de R$ 0,60 de economia. Como a Petrobras anunciou hoje reajuste de R$ 0,90 no diesel, as medidas reduzem em dois terços o impacto do reajuste nas bombas.

Enviado à Câmara dos Deputados, o projeto de lei complementar aprovado pelos senadores zera o PIS/Cofins do diesel, do gás de cozinha e do querosene de aviação até o fim de 2022. O texto também determina que os estados e o Distrito Federal cobrem uma alíquota única de ICMS para cada tipo de combustível e mude o sistema de cobrança para um valor fixo por litro, em vez de um percentual sobre o preço final. As medidas sobre o ICMS valem para gasolina, etanol, diesel, biodiesel, gás de cozinha e querosene de aviação.

Também hoje, o Senado aprovou um projeto de lei que cria uma conta de estabilização para os preços dos combustíveis. Um fundo formado por dividendos pagos pela Petrobras à União, excesso de arrecadação e outros ativos financeiros seria usado para subsidiar temporariamente os preços dos combustíveis, em caso de altas expressivas

Nenhum comentário:

Postar um comentário