Artigo, Marcelo Aiquel - Um país à deriva

UM PAÍS À DERIVA

                Lamentavelmente, sou forçado a reconhecer que a “vaca foi pro brejo (com corda e tudo)” e o Brasil não tem mais conserto, solução, ou mesmo, um remendo decente.
                As instituições estão falidas. E exalam um odor fétido!
                O STF, outrora respeitado como o guardião da justiça, está dividido entre os que julgam com razão e aqueles que julgam conforme a cor dos interesses ideológicos e/ou de amizade.
                Querem um exemplo real? O Eike e o Zé Dirceu foram soltos, mas o Eduardo Cunha (em situação idêntica) não!
                De outra banda, há a falência completa da Previdência, que passa – necessariamente – pela solução da aposentadoria dos funcionários ligados ao setor público (principalmente legislativo e judiciário), aqueles que engordam de maneira absurda o fantástico déficit da previdência.
                Além disso, houve a “farra” das bolsas esmolas do PT, o que sangrou ainda mais os cofres da República.
                Mas, esperar que o corporativismo e os interesses próprios destes poderes faça algum movimento no sentido de “cortar os seus privilégios” significa o mesmo que acreditar em Papai Noel.
                O legislativo, todo o setor público, e o judiciário, se protegem!
                Por isto tudo, só me resta lamentar e dizer que o poder e o dinheiro venceram a batalha contra a moral.
                E como numa nau desgovernada, onde a culpa é do piloto/comandante, temos aqui um povo acomodado que só se rebela quando “a pua” lhe atinge diretamente.
                Se não, age como os vizinhos dos judeus perseguidos no início do nazismo. Ou seja: “eles” só estão prendendo e levando os que moram na rua de trás... enquanto não baterem na minha porta, continuarei acomodado...
                O problema é que, mais cedo ou mais tarde, vai chegar a sua vez.

                E aí, você vai chamar os militares, como em 1964?

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