- Professor e Escritor | Treinamento corporativo
Há alguns dias, a revista Época publicou uma edição que
viralizou nas redes sociais, especialmente por causa da capa criativa. Apesar
de terem feito um bom trabalho com a ilustração, o artigo em destaque não foi à
altura. Mas traz pontos interessantes, a partir dos quais é possível fazer
algumas reflexões:
Enquanto países desenvolvidos estão focados em ensinar
aos seus jovens inteligência artificial, machine learning, big data e outros
assuntos pertinentes, por aqui ainda estamos presos em discussões que não têm
relevância econômica alguma, como identidade de gênero ou saber se mulher
branca usar turbante é apropriação cultural. São discussões que, embora sejam
consideráveis, simplesmente não ajudam a desenvolver um país onde 70% da
população é analfabeta funcional.
O resultado é que, pela ignorância gerada, nossos jovens
crescem acreditando que salário é uma benevolência do empregador e não uma
função da produtividade e da sua disposição de assumir riscos.
Com isso, creem que o fato de não conseguirem comprar
coisas é porque as empresas não querem dar remunerações altas, quando a realidade
é que nossos jovens são menos capacitados que beagles de laboratório.
Basta ver os cursos universitários mais concorridos nos
EUA/Europa e aqui no Brasil. Por lá é business / management / tecnologia. Já
por aqui são cursos de humanas.
É claro, o adolescente que se formou no ensino médio sem
saber a tabuada nem conseguir interpretar um artigo acadêmico não tem outra
chance na vida a não ser fazer vestibular de Ciências Sociais na Uniskina ou
qualquer outra coisa do tipo.
Não que não sejam profissões dignas, mas não geram valor
econômico. Sobretudo por estarmos já saturados de profissionais desse mesmo
perfil que, como num magnífico esquema de pirâmide, vão trabalhar ensinando
mais jovens a entrarem nessas profissões e perpetuar o ciclo, de termos um país
que não produz tecnologia, mas repleto de sociólogos.
Mas não precisa nem ir tão longe para entender a
idiotização dessa geração. Basta ver o vídeo que viralizou entre esses
"ultrajovens" nessa semana
Intitulado "Quanto custa o outfit", o vídeo
entrevista jovens que falam sobre o valor das suas peças de vestuário. Entre
cintos feitos com fitas daquelas de cena de crime e relógios que valem mais que
um carro, adolescentes glorificam a ostentação, mesmo sem possuírem um capital
cultural compatível ou sequer um trabalho que sustente esse estilo de vida.
Paralelamente, estamos na rabeira mundial do ranking de
P&D, enquanto nossos melhores engenheiros, administradores e profissionais
de tecnologia estão se mandando para fora em ritmo acelerado. Todos os dias,
perdemos milhares dos nossos "cérebros".
Veja, é uma equação simples: o tempo de um aluno é
limitado. Quanto mais horas ele passa aprendendo sobre diversidade cultural,
menos horas ele passa aprendendo sobre matemática, literatura, física,
etc.
Como consequência, quando chegam no mercado de trabalho,
os jovens descobrem que o resto do mundo não importa os dois maiores produtos
brasileiros: textão no Facebook e vídeos motivacionais.
Ninguém lá fora está interessado em debater se devemos
usar "x" no final de palavras com dois gêneros, muito menos em
acampar no frio para apoiar criminosos condenados.
Lá no primeiro mundo, as pessoas só pensam em uma coisa:
produzir. Produção gera riqueza, gera igualdade, reduz a violência e, em última
instância, traz mais diversidade social do que de fato ensinar diversidade nas
escolas.
Já por aqui, a nova geração estará preocupada em tirar
selfies e engajar em lutas contra os canudinhos, enquanto espera que políticos
populistas a sustente por toda vida.
Quer aprender algo novo todo dia?
Conecte-se a mim nas minhas redes sociais abaixo para
receber conteúdos educativos diários e inscreva-se no newsletter
Argutia para receber toda 6ª feira informações relevantes e essenciais
sobre empreendedorismo, negócios e carreira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário