Denis Lerrer Rosenfield
A
histeria anti-Bolsonaro, conduzida pela esquerda e por setores da classe média
politicamente correta, está chegando ao paroxismo. Aumenta na proporção em que
o candidato avança nas pesquisas, sendo um sério pretendente a ocupar a cadeira
de presidente da República. Quem apostava que a bolha iria estourar, está
alarmado com o seu tamanho e resistência. Os nostálgicos da polarização PT
versus PSDB literalmente não sabem o que fazer. É toda uma maneira de pensar e
agir que está sendo questionada.
A
qualificação de extrema-direita está sendo de grande comodidade para todos os
que continuam presos a seus velhos esquemas de pensamento. É como se Bolsonaro
fosse uma espécie de personificação do mal que deveria ser extinta graças às
boas intenções dos que se apresentam como “democratas”, seja lá o que esta
expressão signifique para boa parte deles. Alguns, açodados, já pensam em uma
aliança entre PSDB e PT para conjurar este perigo. Ou seja, entre os
socialdemocratas e os que levaram o Brasil ao fundo do poço, graças a um
assalto aos cofres públicos. As pautas socialdemocrata e social estão sendo
usurpadas por aqueles que se caracterizaram por atividades criminosas, com a
anuência de tucanos de boa consciência.
Há
uma manobra diversionista em curso. O problema do Brasil seria Bolsonaro e não
o PT, com seu legado de PIB negativo, inflação em alta, juros estratosféricos,
desemprego exorbitante, apropriação “privada-partidária” de empresas estatais e
corrupção generalizada. Seriam esses, então, os “democratas” que procuram
evitar a volta da “extrema-direita”! “Democratas”, aliás, que não cessam de
defender o “socialismo do século XXI”, o de Chávez/Maduro, que conduziu aquele
país a uma crise sem precedentes, caracterizada por sua essência criminosa e
liberticida. São eles que se colocam na posição de darem lições aos demais.
Santa paciência com tanta impostura!
Acrescente-se
que são eles mesmos que atacaram e atacam o processo reformista conduzido pelo
presidente Temer, como se estivessem lutando contra a “herança maldita” do
atual governo, quando esse nada mais fez do que resgatar o país da verdadeira
herança maldita petista. De um lado, seria o governo Temer, de outro a
candidatura Bolsonaro, como se eles fossem no presente e em uma espécie de
futuro antecipado, os culpados da crise atual. Trata-se de uma evidente
transferência de responsabilidades, com o intento de encobrir o que foram os
governos petistas.
Bolsonaro
tem sido criticado por desconhecer de economia. Seja dito a seu favor que ele
reconhece este fato, antecipando a sua escolha do futuro ministro da Fazenda, o
respeitado economista liberal Paulo Guedes, em um eventual governo seu. É
honesto em reconhecer a sua limitação. Desonestos são os que dizem conhecer
economia. Haddad/Lula e Ciro Gomes não cessam de defender as patranhas
econômicas que levaram o país ao desastre. Pretendem simplesmente repetir uma
experiência fracassada. Aliás, Dilma é economista!
O
mais bem sucedido programa econômico da história recente do país é o Plano
Real. Foi concebido e implementado pelo ex-presidente Itamar Franco, que
desconhecia de economia. Escolheu um ministro da Fazenda, Fernando Henrique,
que tampouco conhecia economia. Teve, no entanto, o bom senso de escolher uma
equipe econômica competente. Quando tornou-se presidente, teve de abandonar
suas convicções de esquerda ao escolher um Ministro da Fazenda liberal, Pedro
Malan, e depois de várias hesitações na política monetária, terminou por optar
por um economista liberal da mais alta reputação, Armínio Fraga, para o Banco
Central. O desconhecimento de economia produziu belos resultados econômicos!
A
questão dos valores também tem entrado em pauta na disputa eleitoral.
Novamente, a qualificação de extrema-direita imputada a Bolsonaro procura tomar
o lugar de uma discussão séria. Assinale-se, preliminarmente, que o candidato é
produto do politicamente correto, contra o qual ele e boa parte da sociedade
brasileira se insurgem. Não teria ele se tornado o fenômeno que é não tivesse a
esquerda procurado impor goela baixo suas concepções.
Tome-se
o caso do direito de legítima defesa. Os pregadores – sim no sentido religioso
- do Estatuto do Desarmamento são eles os autoritários. Em consulta popular, a
sociedade brasileira posicionou-se a favor do direito de autodefesa via posse
de armas. O que foi feito depois? Implementou-se por medidas administrativas
uma política que contrariou frontalmente a vontade popular. Quem é, então,
autoritário?
A
população brasileira está indefesa. Os defensores do desarmamento continuam
triturando as estatísticas, pois o seu fracasso é evidente. Pedem mais do
mesmo, quando não há nenhum resultado. A situação brasileira só piora no que
diz respeito à segurança dos seus cidadãos. E o Estado não é capaz de defender
os seus membros, sendo um direito desses defenderem a sua própria vida, os seus
e o seu patrimônio. Bandidos não precisam de armas compradas em loja e não
seguem o tal do “Estatuto”! Aliás, são os seus aliados!
O
politicamente correto desconhece limites. Nega ao cidadão um direito básico!
Imaginem um produtor rural ou uma pessoa qualquer na zona rural. O que faz ao
ser assaltado? Telefona para a Polícia Militar?
Qual seria a provável resposta? “O senhor ou senhora mora
muito longe, é perigoso nos irmos aí pela noite, além de levar muito tempo!
Amanhã tomaremos providências assim que tivermos uma equipe para
deslocamento!”. A pessoa e a sua família estariam completamente abandonadas.
Claro que muitos que defendem o dito desarmamento vivem em condomínios urbanos,
com câmeras de segurança, guardas e, mesmo, utilizam carros blindados!
Há questões de valores e princípios que estão sendo
desconsiderados nesta histérica cruzada contra a extrema-direita. Trata-se,
simplesmente, de uma manobra diversionista!
Bolsonaro é fraco e não tem sustentação política. Não é o melhor. Mas diante do que temos como candidatos, é o MENOS PIOR.
ResponderExcluir--- Perdido por perdido, truco !
Sustentação política é mesma coisa que corrupção,nenhum candidato se atreve em falar da família,da educação ou de segurança pública,porque seriam desmascarados pela má gestão ou descaso,que foi assumido com o passar dos anos. O único que teve coragem de tocar nesses assuntos foi justamente o Bolsonaro. Meu voto é Bolsonaro sem dúvida nenhuma!
ResponderExcluirAnálise plenamente lúcida, imparcial, que mostra as entranhas da demagogia, da mentira que está arraigada no status quo dos últimos governantes.
ResponderExcluirO Brasil precisa de PATRIOTAS, precisa livrar-se dos MERCENÁRIOS que se infiltraram em quantidade exponencial, vilipendiando os recursos da Nação.
Qual o ÚNICO nome capaz de assumir tal postura, dentre os candidatos ao cargo executivo da vindoura eleição?
Não resta dúvidas de que é BOLSONARO.
Só que não basta escolher apenas o seu nome no dia das eleições. O eleitor precisa, necessariamente, selecionar os candidatos do Legislativo que são partidários desse destemido capitão do Exército.