Engana-se quem pensa que a oposição será o PT. Talvez
seja apenas a oposição mais evidente, mais barulhenta, mais exposta com suas
ameaças. Nisso, o PT parece que vai estar acompanhado pela PSOL e seus
coadjuvantes do MST e MTST, e só. Pelo que se tem visto, o PDT, o PSB, o PC do
B, o PTB, querem ficar um pouco distantes, porque perceberam o quanto as urnas
revelaram de antipetismo – e não querem também ser alvo dessa onda. Pois bem; o
PT vai fazer oposição, mas certamente não será essa a resistência que mais vai
dar trabalho ao governo.
A mais forte oposição será silenciosa, sub-reptícia,
forte, eficiente, de todos os que não querem perder privilégios, mamatas,
garantias, direitos adquiridos mas não merecidos. É aquele pessoal convicto de
que conquistou a boquinha e já tem estabilidade nela. Gente que está tanto
dentro do estado como fora dele. São alguns poderosos, donos de parte do estado
brasileiro; são partidos, que têm seus cartórios dentro de ministérios e
estatais; são os milhares de comissionados que nunca prestaram concurso; são os
que estão de olho em suas estabilidades, aposentadorias integrais, auxílios de
todos os nomes. São os donos dos caminhos secretos do serviço público; são os
cafetões e leões-de-chácara que vendem os prostituídos do estado brasileiro.
Esses vão fingir que aplaudem o novo governo, pois é de sua essência aplaudir,
mas o que querem é assegurar o botim.
Bolsonaro e seus auxiliares vão ter muito trabalho com
essa oposição camuflada, blindada e bem armada. Paulo Guedes vai pegar uma
pedreira com os subsídios, os favores fiscais, os protecionismos dos
bem-aventurados protegidos do estado brasileiro. Sérgio Moro vai descobrir
sujeitos do direito por toda a parte e poucos dispostos a cumprir antes seus
deveres. Joaquim Levy vai ter que lidar com os apadrinhados do BNDES. Os
líderes do governo na Câmara e no Senado vão penar com os aliados que apoiam o
governo mas não apoiam as medidas necessárias que venham a ser propostas para
que todos sejam iguais perante a lei, sem foros privilegiados e sem proteção para
delinquir.
Quem vê o estado inchado, nos três poderes, voltado para
si mesmo, no pedestal fora do alcance dos brasileiros comuns, com muita, muita
gente, não tem como deixar de perguntar: produz o quê? Bons serviços públicos?
Boas leis? Boa justiça? Ou tem por finalidade manter seus privilégios, servindo
a si em lugar de servir ao povo brasileiro? Não estou inventando essas
perguntas. Elas tem sido feitas nas redes sociais e nas ruas há cinco anos, e
foram se tornando cada vez mais eloquentes, até que troaram nas urnas como um
terremoto. Há pouco, quando o Senado, mostrando como funciona essa oposição,
surpreendeu o país elevando o teto do Supremo e de todos no serviço público, os
protestos voltaram à Avenida Paulista. Os 41 senadores que criaram o novo teto,
não votaram contra Bolsonaro, que vai ter que pagar; votaram contra os
brasileiros, que realmente pagarão. Esses é que são o alvo dessa oposição que
quer manter o seu quinhão no Brasil que deveria ser de todos.
Grande jornalista, o Alexandre. Uma pérola, tolerada pela Globo somente por ter talento e credibilidade.
ResponderExcluirAcho que chegou a hora, que havendo honestidade no comando determinar o fechamento das torneiras da corrupção, mudando atos administrativos, para que o deputados e senadores, mantenham a linha do crecimcresc do país para os verdadeiros patrões, que é o povo de bem que trabalha e produz, revogar leis que beneficia os vagabundos, aprovando leis que beneficia o trabalhador, cortando regalias das milicias e ONGs, não produtivas com o bem, também colocando o STF, no seu verdadeiro lugar como guardiões da constituição, não como interpretador das leis, como cada um achar conveniente pra si proprio, não respeitando os protocolos, viajando o mundo, produzindo pouco, julgando so o que lhes interessa, nem as vestmvestim eles respeitam, atiram a toga por cima de qualquer jeito, tornando riculo a seção, daí melhora o respeito e a produção.
ResponderExcluirConcordo plenamente com Tudo
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