Declaração do presidente Michel Temer:
Nós estivemos hoje reunidos, uma boa parte da equipe,
como podem perceber, com a presença do presidente da Câmara dos Deputados. Eu
também comuniquei ao senador Eunício, mas ele está no Ceará e fora de
Fortaleza.
Mas nós debatemos hoje, durante umas três horas, mais ou
menos, a questão de Roraima, que está, na verdade, se agravando, de dois dias
para cá. E tentamos os mais variados meios, de maneira a que pudéssemos
fornecer recursos a Roraima, a fim de tentar inviabilizar esse movimento que lá
está ocorrendo.
Não encontramos nenhuma saída legal para tanto. E daí
porque eu, ainda há pouco tempo atrás, falei com a senhora governadora e disse
que a única hipótese para solucionar esta questão, especialmente aquela de
natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse, naturalmente, do
novo governador. Ou seja, até 31 de dezembro. E fiz com a senhora governadora
uma espécie de intervenção negociada. Ela acedeu a esta fórmula, concordou com
esta fórmula. Acha que, de fato, a situação está se complicando no estado de
Roraima e que a melhor solução seria precisamente essa.
Com isso nós queremos, na verdade, pacificar as questões
de Roraima. E vejam que, sem embargo de tratar-se de uma intervenção já agora,
no próprio estado, mas é de comum acordo com a senhora governadora. Foi pelo
menos o que nós falamos ao telefone com ela. Não apenas eu, mas a senhora advogada-geral
da União.
De modo que é esta comunicação que eu quero fazer, espero
que chegue a Roraima, na convicção de que com esta intervenção, e logo mais eu
consultarei, para nomear o interventor. Eu espero que com isto o movimento se
amaine, não é? Fique mais, digamos, compreensivo, porque, afinal, especialmente
as forças militares, agentes penitenciários e todos aqueles que se dedicam à
tarefa pública, têm que pensar precisamente na população de Roraima.
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