A próxima safra de grãos deve mostrar, novamente, a competência e a superação dos produtores rurais brasileiros. A estimativa da produção nacional prevê um novo recorde com 312,4 milhões de toneladas no ciclo 2022/2023, volume que supera em 41,5 milhões de toneladas a colheita da última safra, finalizada recentemente com 270,9 milhões de toneladas de grãos.
O território destinado ao plantio deve aumentar apenas 2,9%, demonstrando que no campo não falta profissionalismo, nem tampouco investimento em tecnologia, para garantir mais produtividade em uma mesma área e a preservação do meio ambiente.
Para os agricultores gaúchos que sofreram com a estiagem no último verão, os números são ainda mais animadores: a colheita deve alcançar a marca de 21,6 milhões de toneladas, alta de 137%. Com a recuperação, o Rio Grande do Sul deve se tornar o segundo maior produtor de grãos no país em 2023, atrás somente do Mato Grosso.
Os dados do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmam que parar nunca foi uma opção para o setor.
Responsável por alimentar cerca de 800 milhões de pessoas no mundo, o agronegócio brasileiro representa 25,5% do PIB nacional e deve ajudar a ampliar o saldo positivo da balança comercial neste ano.
O Valor Bruto da Produção (VBP), que pode ser traduzido como o faturamento da “porteira pra dentro”, alcançou R$ 1,20 trilhão em 2021 e a estimativa, elaborada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), prevê um crescimento de 4,2% para 2022.
Os números, ainda que preliminares, representam uma conquista diante do cenário de incertezas que rondam o desempenho de grandes potências mundiais no próximo ano, como Estados Unidos, China e Europa.
O campo não se abala com as dificuldades e tem resiliência para enfrentar, safra após safra, as intercorrências que afetam o potencial do cultivo e a elevação dos custos de produção. Esse é o agro de verdade. Superando desafios, garantindo segurança alimentar e gerando riquezas para o país.
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