J.R. Guzzo, Estadão - Os arbítrios da polícia eleitoral do STF faz de tudo para eleger Lula

O Supremo Tribunal Federal e a sua polícia eleitoral, o TSE, destruíram por completo a honestidade da eleição presidencial a ser decidida no dia 30 de outubro; estão favorecendo, agora de forma aberta, um dos candidatos, o ex-presidente Lula. Para isso, violaram as leis brasileiras, expropriaram o horário de propaganda eleitoral para entregar ao seu escolhido o tempo que cabe legalmente ao adversário e, pior do que tudo, deram a si próprios poderes de censor que são absolutamente proibidos pela Constituição Federal – a eles ou a qualquer autoridade do Brasil. É o ataque mais ruinoso à democracia que o País já sofreu desde a proclamação do AI-5, em 1968. Mais: a censura que impuseram à imprensa, e a todos os 215 milhões de cidadãos brasileiros, não tem precedentes, nem nos piores momentos da ditadura, em matéria de brutalidade, arrogância e estupidez.


O TSE, sem o mínimo fiapo de lei que lhe permita fazer isso, saiu de suas funções legais como fiscal das regras do horário eleitoral e passou a mandar em tudo – agora dá ordens, 24 horas por dia e a respeito de qualquer assunto, à imprensa, aos jornalistas e, no fim das contas, a qualquer brasileiro que queira abrir a boca para dizer alguma coisa contra Lula, nas redes sociais ou onde for. É proibido dizer, por exemplo, que ele foi condenado pela Justiça por corrupção passiva e lavagem de dinheiro – ou que nunca foi absolvido de nada. Pior ainda, os ministros criaram a censura prévia – uma violação rasteira do princípio segundo o qual só se pode punir um erro depois que ele foi cometido. O resultado é que se chegou neste fim de campanha à seguinte demência: os jornalistas estão proibidos de dizer o que ainda não disseram. É isso mesmo: “até o dia 31 de outubro”, há profissionais e órgãos de imprensa que não podem escrever ou falar. O TSE não está punindo uma “notícia falsa”, ou algum crime de calúnia, de difamação ou de injúria; ao suprimir previamente o direito de palavra, está punindo delitos que não foram praticados. Em que lugar da Constituição se permite uma coisa dessas?

A dupla STF-TSE não está ferindo direitos de jornalistas ou veículos; está eliminando o direito que a população tem de ser informada. Nem se importa, aliás, em esconder isso. Uma ministra declarou em voto aberto que qualquer censura é “inadmissível” – mas que, em caráter “excepcional”, ela estava se negando a cumprir a lei. “Excepcional?” O que pode haver de excepcional, ou de perigoso, numa eleição democrática que, segundo os próprios STF e TSE, tem sistemas de votação e de apuração perfeitos – a possibilidade de que o adversário ganhe? É isso que estão dizendo.

2 comentários:

  1. Ora, ora....é da natureza dos partidos de esquerda queixarem-se da censura mas, ao chegarem ao poder, farão de tudo para perpetuarem-se nele....seria enfadonha dissertar; tomem por exemplo a CUBA tão somente...leia O HOMEM QUE AMAVA OS CACHORROS....aliás, as páginas mais hilariantes, não fossem trágicas fala de Cuba...lastimável situação....outrora tão pujante na música etc.....

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  2. Li no inicio do governo Bolsonaro na Falha de SP : cão que ladra não morde. E foi o que aconteceu. Bolsonaro bradava mas esses que ai estão mandando cada vez mais iam, aos poucos dominando o governo. No caso do superintendente da PF se, Bolsonaro tivesse imposto sua vontade e não abrisse mão do direito QUE TEM pela Constituição o golpe não seria dado. Tudo bem, que fez uma boa parte na area economica graças a Paulo Guedes mas, chegaria para a reeleição com mais tranquilidade sem ter que enfrentar esses golpistas que de fato são.

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