Artigo, Marcus Vinicius Gravina - Picanha e o teto de gasto

O candidato eleito presidente, ainda não diplomado, para ser empossado  em janeiro, sempre soube que teria que romper o teto de gasto público, para poder pagar suas promessas eleitoreiras, com o dinheiro do povo.  

Está preparando uma PEC/armadilha para o Centrão aprovar, ou seja, àquela facção mercenária de parlamentares do Congresso  Nacional, que se vende para lutar em qualquer trincheira, desde que seus integrantes sejam bem pagos.  A diferença desta gente para o que vai à guerra real é não usar armas letais, mas o poder do seu voto. 

Daí a picanha na mesa para ilustrar este artigo.  O anúncio do então candidato produziu o efeito desejado para lhe garantir maioria de votos. O relinchar do jegue retumbou em todo o Brasil. Foi, proporcionalmente, mais forte que o mugido de um rebanho de vacas produtoras, dos pagos sulistas.  Imaginem na próxima eleição quando o eleitorado estiver tratado à picanha e cervejinha.   Aceitarão voltar a trabalhar para o senhor feudal, pela comida e entregar as suas filhas nubentes à primeira noite ao todo poderoso senhor do castelo, conforme o costume da época do “droit de cuissage”. 

Como sempre aconteceu, não haverá contrapartida da economia de gastos 

Anunciaram-se a criação de mais ministérios, secretarias e a reversão de empresas privatizadas.  Não acontecerá a redução de gastos com voos nacionais e internacionais e uso de cartão corporativo, venda de suntuosos prédios de embaixadas pelo mundo, diminuição da frota de veículos a serviço particular de boçais e incompetentes, diferentemente de outros países em que os agentes públicos ou autoridades utilizam ônibus, bonde, metro e inclusive bicicleta. 

O aumento do Teto de Gasto  servirá para armar o MST e criar uma nova Guarda Nacional,  igual as que protegem tiranos em todos os continentes.  

Um pai com filhos na Universidade sabe o significado de Teto de Gasto. Se não praticá-lo ficará endividado, bloqueado pelo SPC e com sua saúde abalada por tamanha depressão.  Com o gasto público nada acontece e é justificado pelo questionado Tribunal de – bedeis - de Contas da União, aprovado e transferido seus encargos para as próximas gerações de contribuintes.  Nem poderíamos esperar coisa diferente.  Veja-se, o absurdo que está nos acontecendo. Um ex-presidente condenado em três instâncias judiciais é retirado da cadeia para ser candidato a presidente da República e,  é para quem entregaremos a chave do cofre.

Não pára aí a nossa preocupação. Estão somatizando um “Estado de Emergência” para assaltar, novamente, nossas poupanças bancárias e outros bens. Reservas acumuladas com sacrifícios por idosos para enfrentamento da velhice e pagar as faculdades dos filhos estão sob ameaça de um Estado de Emergência, leia-se de meliantes.  O direito de propriedade já foi atingindo por decisão monocrática recente do ministro do STF, Luis Roberto Barroso.  

Padoxalmente, está para acontecer agora, quando a nossa economia, neste momento, está em alta e com baixa da inflação. Mais, o emprego voltou a crescer - depois da epidemia - e a arrecadação do Tesouro, também. Recorde de exportações. Qual estado de emergência querem criar?  Só se for Estado de Compensação da Abstinência à Fraude e ao Roubo, que deve ter sido angustiante à esquerda durante o governo Bolsonaro. Querem recuperar o butim que tiveram que devolver, nos primeiros dias da nova administração, é isso?

Acabei de escrever às 16h30min deste 13 de novembro, este artigo de olho  em mensagens recebidas por whattsapp, dando conta do número espantosos divulgado de mortos que votaram no presidente, descondenado. Suponho  que teriam sido as vítimas de um genocida denunciado por ele, agora ressuscitados para votar nesta eleição. 

Acreditem, apatifaram a política brasileira!

Caxias do Sul, 13.11.2022

   


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