Operação Fantasos

 A Polícia Federal desfechou,l ontem, a Operação Fantasos, contra um esquema internacional de pirâmide financeira com lavagem de dinheiro por meio de Bitcoins. A Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores de R$ 1,6 bilhão — montante arrecadado em cerca de 2 anos. Agentes saíram para cumprir 11 mandados de busca e apreensão nas cidades de Petrópolis, na Região Serrana, e Angra dos Reis, na Região dos Lagos, com o objetivo de recuperar bens. Embarcações, carros de luxo, ⁠relógios, ⁠joias e ⁠dinheiro em espécie foram apreendidos. A PF diz que Douver arrecadou com as fraudes pelo menos US$ 295 milhões (R$ 1,6 bilhão) entre dezembro de 2016 e maio de 2018, “lesando milhares de investidores ao redor do mundo”.

A TV Globo apurou que o articulador do golpe, Douver Torres Braga, de 48 anos, foi preso em fevereiro na Suíça pela Interpol e extraditado para os Estados Unidos. Segundo autoridades norte-americanas, o Trade Coin Club lesou 100 mil investidores em todo o mundo ao prometer rendimentos de 11% ao mês com um “robô de microtransações massivas” — mas tudo era um ardil.

As investigações contaram com o apoio das agências estadunidenses FBI (Federal Bureau of Investigation), HSI (Homeland Security Investigations) e IRS-CI (Internal Revenue Service Criminal Investigation).

Como é o caso

Em novembro de 2022, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) anunciou acusações contra Douver e outras 3 pessoas por um esquema Ponzi de criptomoedas que arrecadou mais de 82 mil bitcoins, avaliados em US$ 295 milhões na época, de mais de 100 mil investidores em todo o mundo.

O Trade Coin Club operava como um esquema Ponzi, onde os saques dos investidores eram feitos inteiramente a partir dos depósitos de novos investidores, sem qualquer atividade de negociação de criptoativos. Douver teria recebido pessoalmente pelo menos 8.396 bitcoins dos valores investidos.

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