Mateus Bandeira_
O hino gaúcho traz uma lição clara: povo que não tem virtude acaba por ser escravo. Porém, esta terra de gente pioneira e altiva acabou se tornando vítima do atraso e da submissão. Da segurança às finanças, atravessamos uma crise sem precedentes. Temos hoje um Estado que não protege a população do crime e mal paga seus servidores.
As contas públicas foram corroídas por anos de ideologia de esquerda e de políticos fisiológicos no poder. Um descaso com o dinheiro dos pagadores de impostos completamente previsível. Falhamos nós, como sociedade, em dar poder a quem não sabe cuidar da coisa pública. Portanto, a culpa também é nossa.
Precisamos compreender de uma vez por todas: o Estado não gera riquezas. Quem faz isso é o povo. O papel do governo é gastar o dinheiro dos nossos impostos de forma eficiente, priorizar serviços essenciais e garantir oportunidades a quem mais precisa. Infelizmente, nada disso aconteceu. E esse é o motivo de o Estado estar quebrado, inseguro e incapaz de promover avanços na educação dos jovens. Os que empreendem e trabalham perderam espaço para aqueles que fazem leis e distribuem privilégios.
O caminho para retomar a prosperidade passa por desburocratizar, simplificar e modernizar – e, assim, atrair investimentos para expandir a economia. Prioridades absolutas para qualquer gestor com consciência, a superação da pobreza e a inclusão social são consequências diretas do crescimento econômico. E nunca existiu melhor programa social que emprego e renda promovidos pela iniciativa privada.
Não podemos abandonar os valores do trabalho e do mérito para viver sob políticas paternalistas e populistas, que tornam os indivíduos fracos. Precisamos resgatar a autoestima e os valores gaúchos na gestão pública, com a força de quem enfrentou o governo central na Revolução Farroupilha e ofereceu nomes de peso ao país na política, na economia, na diplomacia, nas artes e nos esportes. Nós somos precursores da liberdade, prezamos pela independência e atuamos com altivez. É hora de retomar as origens.
- Consultor de empresas, ex-CEO da FALCONI, ex-presidente do Banrisul e ex-secretário de Planejamento do RS.
Excelente!!!!!
ResponderExcluirDetalhou exatamente a situação do estado ex modelo a toda terra.
E maais um dos bons caNDIDATOS dos gauchos. Não lembro de termos postulantes tão sérios e qualificados como na atual corrida eleitoral. Eduardo Leite, Heinze, Bandeira, Sartori, qualquer destes estaremos muito bem servido .
ResponderExcluirNão consigo entender como o povo gaúcho conseguiu se identificar com a esquerda radical e elegeu, ao longo dos últimos anos, tantos representantes da esquerda radical, que realizaram a proeza de deteriorar tanto a qualidade de vida do seu povo. Talvez agora o povo deva ter entendido que ideologia, é apenas uma forma sofisticada de se manipular consciências, conferindo aos adeptos um ar de intelectualidade. Talvez agora o gaúcho tenha entendido que o conteúdo dos líderes de esquerda é apenas o de alcançar o poder, custe o que custar, e se encastelar nele, nem que o povo que os elegeu passe por miséria. Tomara que assim seja.
ResponderExcluirExcelente artigo do Mateus Bandeira.
ResponderExcluirPorém, vou mais além no que diz respeito ao papel do Estado: além de gerir com competência os impostos deve promover um ambiente amigável ao empreendedorismo, incentivando e apoiando fortemente a atividade econômica capaz de produzir trabalho e riquezas para a sociedade. A falta de virtude e estratégia administrativa tem se repetido nos últimos governos de forma impressionante. Não há sinais de inteligência neste sentido no Estado, nem na sociedade como um todo. Infelizmente.