A nossa Porto Alegre tem muito mais em comum com
Baltimore (EUA), Cidade do Cabo (África do Sul), Gênova (Itália) e Barcelona
(Espanha) do que se imagina. Respectivamente, as quatro exibem, com orgulho, os
portos revitalizados de Inner Harbor, Victoria & Alfred Waterfront, Porto
Antico di Genova e Marina Port Vell. Com algumas variações, oferecem
restaurantes, museus, centro de eventos, shopping e lojas, hotéis e marinas que
motivam milhares de pessoas a – mais do que admirarem a beleza do Rio Patapsco,
em Baltimore, ou a do Mar Mediterrâneo, em Gênova ou em Barcelona – fazerem
relacionamentos e negócios a partir de empreendimentos que também proporcionam
cultura, lazer e entretenimento. Ou seja, qualidade de vida. E por que não
oferecer essas possibilidades a partir do Guaíba?
A bela orla recém
revitalizada pela prefeitura municipal é um prenúncio do que deveremos alcançar
no Cais Mauá e nos seus mais de três quilômetros em que o Guaíba desenha o
contorno de 180 mil metros quadrados de área. Como tem acontecido nos últimos
20 anos, a reforma do cais parece consenso, mas alguns aspectos – cultura local
ou legislação complexa? – têm impossibilitado esse presente.
Faz poucos dias,
completaram-se 120 anos da apresentação do primeiro projeto de construção do
então porto de Porto Alegre. Inaugurado em 1921, só foi concluí – do 38 anos
depois. É a História lembrando que, desde o fim do século 19, diversas
entidades públicas e privadas sempre tentaram trabalhar pelo desenvolvimento.
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