Deputado estadual/PSL
O fim do ano chega permeado pela pandemia. De meses de restrições, aberturas e recuos, de fake news e do surgimento instantâneo de “especialistas”. Depois de uma longa e tenebrosa noite de medo, muitos estarão com a família, irão à praia, viajarão em busca de novos ares.
Nosso cotidiano foi alterado impondo adaptações, imposições de uma ameaça que deveria despertar a solidariedade, mas que no Brasil aumentou o fosso da radicalização. 2022, ano eleitoral, aporta carregado de desafios que fazem prever conflitos ainda mais ferrenhos.
Como deputado sinto na pele a frustração de quem anseia pela nossa capacidade de promover a “multiplicação dos pães” ou de “transformar água em vinho”. Os recursos são escassos, as carências só aumentam, as dificuldades se agravam e somos cobrados “ao vivo e a cores” todos os dias como incapazes.
A demonização da política carrega a injustiça da generalização. Sempre teremos aqueles “do bem” e aqueles “do mal”. Convivemos com gente comprometida com melhorias ao lado de oportunistas e maquiavélicos que tramam artifícios para faturar prestígio, privilégios e ganhos financeiros fruto da falta de empatia.
No terceiro ano de vida pública tenho a satisfação de um aprendizado fruto de experiências humanas antes inimagináveis. Neófito em política, experimento sensações que oscilam do entusiasmo dos eleitores diante de projetos transformados em lei à revolta pela impossibilidade de gerar empregos, aumentar salários ou garantir assistência e um leito para o familiar adoentado.
Como deputado aprendi a construir projetos inspirados na sensibilidade de parceiros de diversos segmentos. Nas divergências de quem pensa diferente descobri a riqueza do pensamento plural. Em tempos de crise trata-se de um exercício de aliança em busca de soluções. Neste final do ano, de balanços e projeções, resiliência é a palavra-chave. Não apenas para sobreviver, mas para forjar a “cumplicidade do bem” para fortalecer e estimular a solidariedade, remédio para todos os males.
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