Zucco e Sanderson pedem que TCU investigue suposto boicote do governo federal na liberação da pista do Salgado Filho

Aeroporto estaria 100% pronto para reabrir, mas entraves burocráticos estariam sendo criados de forma premeditada para prejudicar governador Eduardo Leite


A Revista Oeste trouxe uma grave denúncia em sua última edição, segundo a qual o governo Lula estaria criando obstáculos burocráticos de forma proposital para atrasar a reinauguração do Aeroporto Internacional Salgado Filho. Diante da revelação, os deputados federais Luciano Zucco (PL-RS) e Sanderson (PL-RS) solicitaram nesta terça-feira (27), ao Tribunal de Contas da União (TCU), a instauração de procedimento para investigar a informação trazida pelo veículo de comunicação. 


De acordo com a reportagem, "o CEO de uma companhia aérea, que preferiu manter o anonimato, diz que o aeroporto da capital gaúcha estaria 100% pronto para reabrir as portas normalmente, mas o Executivo [federal] está criando empecilhos para prejudicar o governador Eduardo Leite." A Fraport, empresa que administra o terminal, também teria confirmado que a estrutura já está apta para a retomada dos voos. 


Na avaliação de Zucco, o suposto boicote deliberado é algo gravíssimo, já que prejudica intencionalmente milhares de gaúchos e a economia como um todo. “Os órgãos de investigação precisam entrar em ação para sabermos o que de fato está acontecendo. E o governador Eduardo Leite não pode aceitar essa situação de forma passiva. Estamos diante de um ato de prevaricação, quando um funcionário público retarda, deixa de praticar ou pratica indevidamente um ato para satisfazer interesse pessoal”, alertou Zucco. 


Na representação ao TCU, Zucco e Sanderson alegam que, além de prejudicar os usuários do sistema aéreo, um possível atraso deliberado na liberação da pista acarreta graves prejuízos econômicos ao estado. Segundo os parlamentares, estaria configurado um possível desvio de finalidade do ato administrativo, abuso de poder político e improbidade administrativa. Por fim, os deputados pedem ao TCE, em caráter limitar, a liberação da pista para pousos e decolagens diante da confirmação da administradora de que o terminal está totalmente operacional. 


Estudo realizado pelo governo gaúcho mostrou que a paralisação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, pode gerar um prejuízo de até R$ 3,2 bilhões na economia gaúcha. De janeiro a abril, por exemplo, o Salgado Filho registrou fluxo de 2,2 milhões de pessoas em voos. Diariamente, o complexo vinha tendo, antes do fechamento, 140 a 150 ligações aéreas, em média. Hoje, a Base Aérea de Canoas, localizada na cidade ao lado da capital gaúcha, que é a pista alternativa mais direta ao aeroporto porto-alegrense, tem ficado muito distante da frequência e capacidade de operação do terminal que é “hub” da malha da aviação nacional

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